| Capitulo 8 |

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Aquário
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Bella Leblanc:
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– Então, filha, podemos conversar antes de você ir pra escola? – Meu pai pergunta cauteloso.

– Claro, tenho tempo. – Dou uma mordida no meu pão com geleia e bebo o suco ruim de laranja que ele fez. Mas ele fez com carinho, então estou encarando.

– Eu…er… – Mave engole o seco. – Não quero que fique chateada nem ache que as coisas irão mudar, tudo bem?

– Fala de uma vez, pai. – Suspiro de tédio. Não gosto de suspense.

– Eu conheci uma moça. Uma moça legal e que gosta de mim. Então pensei que seria legal vocês conhecerem ela hoje a noite, é uma prima do George, pensei em sairmos pra jantar todos juntos a noite. – Ele termina falando baixinho temendo minha reação.

– Isso é ótimo, pai. Já estava na hora. – Pego-o de surpresa. Ele se recupera do choque e sorri. – O Bill já sabe?

– Sim sim. Tá bom então, esteja pronta às oito. O seu amigo Apolo, ele também vai. – Conta. – Inclusive acho que ele acabou de estacionar aqui na frente. – Meu pai encara a janela e sorri, sugestivo.

– Tchau, pai. – Reviro os olhos, me levanto e grito Bill, que desce as escadas correndo.

– Tô amando isso. Carona todos os dias… não se afastem, por favor. – Suplica Bill enquanto nos aproximamos do carro.

– Você é terrível. – Julgo, entrando no carro.

– Bom dia, Bella. – O olhar brilhante do Apolo recai sobre mim e meu nome brinca em seu sorriso. Ruborizo, mas insisto em ignorar o fato.

– Já pulamos a fase do apelido? – Sondo, após responder seu bom dia e esperar ele e Bill se cumprimentarem.

– Não, mas seu nome tem uma ótima entonação, gosto dele também, embora chereteira combine muito com você. – Justifica.

– Idiota… – Resmungo baixo, tentando conter o sorriso que ameaça se formar em meus lábios.

– Então, Bill… – Os meninos começam a falar de basquete. Torcem para um time em comum e embora os dois não joguem, se interessam muito no assunto.

Coloco os fones de ouvido e fico brincando com meus dedos alheia ao assunto, às vezes, involuntariamente, meus olhos pousam no Apolo, que não para de tagarelar e sorrir, sem desfocar da estrada – ele nem presta atenção na marcha ao trocá-la.

Hoje está vestindo uma calça cáqui e uma blusa longa que tem Rick e Morty estampados na frente, uma meia branca da Nike e um airforce branco.

Como já tinha em mente que não entraremos na escola, resolvi não sair tão largada. Vesti uma calça jeans justa com um rasgo em cada um dos joelhos, calcei um airforce igual o do Apolo e vesti uma blusa curta, porém folgada, preta.

Contudo, me dei conta de que foi uma escolha burra considerando o meu machucado no joelho que estou ignorando o ardor sempre que o jeans roça o mesmo.

Infelizmente meu cabelo não tem milagre que funcione para arrumar, então fiz o melhor que pude ao pentear um rabo de cavalo.

– Como assim vocês não vão entrar? – Só me dei conta de que estávamos na frente da escola quando a voz estridente do Bill se sobressaiu além da música em meus fones.

– Quero levar a Bella em um lugar. E ela precisa de um tempo depois do que rolou ontem, não acha? – Apolo convence e Bill cerra os olhos pra mim.

– É Bill, eu preciso de um tempo. – Sorri sem mostrar os dentes.

Como eu era chata antes de você  Onde histórias criam vida. Descubra agora