| Capítulo 18 |

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Suspensão
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Bella Leblanc:
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    99% do fim de semana foi perfeito. A percentagem seria 100% se excluísse algumas certas pessoas do passeio, porém infelizmente, determinada certa pessoa era o dono da casa.

    Na terça feira — como voltamos na segunda e não deu tempo de ir para a escola — acordei radiante, e nem mesmo ser obrigada a ir para aquele inferno juvenil estragou a minha felicidade.

    Vesti uma calça jeans justa e um moletom curto para ir hoje, e nos pés um vans. Fiz um rabo de cavalo alto no cabelo e já estava arrumada o suficiente.

— Crianças, Apolo já está aqui! — Meu pai gritou no andar de baixo. Eu e Bill saímos do quarto ao mesmo tempo e descemos para encontrar meu pai na cozinha. — Já que vão sair atrasados e sem comer, bebam isso aqui — ele nos deu duas garrafinhas térmicas.

— O que é? — Perguntou Bill.

— Vitamina de frutas — meu pai respondeu com um sorriso orgulhoso de si próprio.

— Frutas, no plural? — Ressaltei para ter certeza.

— Sim, está uma delícia — afirmou ele, convicto.

    Todavia, pela cara que o Bill fez ao experimentar, não tenho tanta certeza disso.

— Obrigada, pai — puxei Bill antes que meu pai percebesse sua cara feia e saímos.

— Sua vagabundaaa — Bill colocou a mão na boca, rindo e com os olhos arregalados.

— O que foi? — Franzi as sobrancelhas.

— Esse chupão no seu pescoço… Bella se você aparecer grávida eu juro que…

— Para de falar merda, idiota — dei um soco no seu braço. — E cala a boca! — Ele riu, massageando o lugar que bati.

    Apolo estava nos esperando na frente do carro com cara de sono e braços cruzados, dando a entender que o seu humor não está um dos melhores hoje.

— Bom dia mano — ele e Bill se cumprimentaram. — Bom dia chereteira… — seu sorriso de canto se abriu para mim e ele enfiou as mãos no bolso.

    Bill murmurou que somos muito frescos e entrou no banco de trás do carro.

— Julguei que estava de mal humor — cruzei os braços passeando rapidamente os olhos por sua roupa.

— Pra você? Nunca — ele piscou o olho. — Estou com umas coisas na cabeça… mas você é meu alucinógeno, me faz esquecer dos problemas… — falou com sinceridade e os olhos se acenderam. — Te beijaria agora se o seu pai não tivesse nos encarando pela janela… Bom dia tio Mave! — Ele falou alto para o meu pai e acenou com um sorriso inocente.

— Você é muito sonso, já te falaram isso? — Julguei enquanto fazia a volta para entrar no banco do passageiro.
    Ele entrou logo em seguida.

— Já. Eu discordo, mas sou suspeito pra isso — estalou a língua com deboche.

    Balancei a cabeça negativamente escondendo o riso e Apolo começou a conversar com Bill sobre um show que vai ter de uma banda que, pelo que percebi, nós três gostamos.

    O ingresso é muito caro. Eles já vieram aqui duas vezes, mas nenhuma das duas pude ir. Decidi ficar calada quanto a isso, pois obviamente o Apolo se ofereceria para comprar.

Como eu era chata antes de você  Onde histórias criam vida. Descubra agora