| Capítulo 33 |

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Capítulo 33 | Calmante
Bella Leblanc:
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    Quando Apolo tocou a campainha — avisei que podia vir pela porta da frente, pois hoje o plantão do meu pai é a noite — fui correndo atender. Quando abri a porta, arregalei os olhos e fiquei estática. A boca do Apolo está cortada, um olho inchado e roxo e umas marcas no nariz.

    — O que aconteceu com você? — levantei a mão, mas fiquei com medo de tocá-lo e machucar mais.

    — Posso?... — ele gesticulou para dentro de casa e eu confirmei rápido, abrindo espaço para ele. Apolo enfiou as mãos no bolso e entrou.

    — Apolo, o seu pai… — comecei a insinuar o óbvio, mas ele me interrompeu.

    — Por favor, eu não quero falar disso — Apolo contorceu os lábios e fez uma expressão de dor. — Eu só quero… você. Por favor, só você pode amenizar esse furacão que está dentro de mim agora.

    — Tudo bem. — Fechei a porta e fui rápido até ele, abraçando a sua cintura. Apolo suspirou circulando os braços no meu ombro, me abraçando de volta. — Eu tô aqui. — Sussurrei.

    — Eu sei que está. — Ele afastou um pouco e levantou o meu rosto com a ponta dos dedos. — Mas não precisa se preocupar, eu estou bem. Só preciso de você. Preciso mesmo de você. — Seus olhos fizeram um triângulo invertido em meu rosto. Meus olhos, depois minha boca, ponderando nela.

    Então Apolo se aproximou devagar, tocando os meus lábios. Hesitei em retribuir o seu beijo com medo de machucá-lo ainda mais, no entanto, ele não pareceu se importar com isso. Seus lábios tomaram os meus com uma ternura palpável, fiquei na ponta dos pés e coloquei uma das mãos na sua nuca. Ele suspirou de novo e senti algo molhar a minha bochecha. Vi que ele estava chorando, pensei em parar de beijá-lo, mas antes que eu fizesse, Apolo agarrou minha cintura e me puxou para mais perto.

    Senti o calor do seu corpo e seus músculos rígidos. Ele arfou nos meus lábios como se estivesse segurando um soluço e agarrou os meus cabelos, me beijando com mais intensidade a cada segundo. Recuei para trás, ainda na ponta dos pés, até chegar na escada. Apolo me pegou no colo sem se importar com meu peso e eu abracei o seu pescoço e cruzei as pernas em seu quadril. Ele segurou minha cintura com uma das mãos e com a outra, o corrimão da escada para guiá-lo.

    Se Bill nos ouviu, não se deu o trabalho de sair do quarto. Ele abriu a porta do meu e seguiu até a minha cama diretamente, me deitando em cima dela e vindo para cima de mim sem parar de me beijar. Senti a necessidade que ele estava sentindo a cada encontro entre nossas línguas, a cada duelo, a cada arfada. Suas mãos desceram por minha cintura nua, subindo ainda mais o pequeno tecido da blusa de pijama. Seu pau está duro embaixo da calça moletom, tocando o tecido fino do meu short. Apolo segurou uma das minhas mãos em cima da cabeça e parou de me beijar, sem me encarar, descendo até o meu pescoço.

    Senti sua língua deslizar no local, acompanhada de beijos estalados até os meus ombros. Ele puxou a alça da minha blusa com o dente e a desceu até expor o meu seio. Quando sua língua tocou o meu mamilo, toda a minha pele se arrepiou e eu entrelacei meus dedos nos dele e apertei sua mão. Apolo chupou o bico do meu peito com força e depois o colocou quase todo na boca. Senti as reações por todo o meu corpo e exclusivamente no meu ventre.

    Seus toques estavam em uma linha tênue entre agressividade e solenidade ao mesmo tempo, e ainda que eu estivesse preocupada com o seu estado emocional e físico com tantos machucados, as coisas que ele me faz sentir estava me distraindo. Se a sua intenção era não me ter tocando no assunto, essa era uma tática infalível.

Como eu era chata antes de você  Onde histórias criam vida. Descubra agora