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Capítulo 32 | Pesadelo
Apolo Foster:
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— Mãe? — chamei quando a chamada foi atendida. Minha mãe está evitando minhas ligações a dois dias e finalmente atendeu, mas hesitou em responder.— Oi, Apolo querido — ela respondeu baixo com a voz estranha, como se estivesse fraca.
— Mãe, você está bem? Por que não estava atendendo minhas ligações? — sondei rápido, já me sentando na cama.
— Ah, querido — ela tossiu um pouco. — Eu sou estou um pouco… gripada… o dinheiro que seu pai me deu, eu… fiz alguns exames… estava sem tempo, desculpa.
— Doente? Doente como, mãe? — me afobei ainda mais, preocupado ao extremo.
— Nada grave, querido, eu juro — ela não soou tão convincente. — Amanhã eu começo no trabalho que a sua prima conseguiu para mim. Vou trabalhar na cozinha do restaurante. — Contou, desconversando.
— Que bom, mãe — passei as mãos no cabelo. — Você está bem mesmo? Me promete? Sabe que se pedir, se precisar, eu volto pra ir sem pensar duas vezes…
— Eu estou bem, querido… — ouvi ela engolir o seco quando fez uma pausa. — Já está tarde. Vá dormir, amanhã tem aula. Amo você. — Agregou depois de um tempo.
— Tudo bem, mãe. Também amo você. Atende minhas ligações, por favor. — Esfreguei a nuca inquieto e nos despedimos.
Demorei para dormir, com a sensação de que tem algo de errado que a minha mãe deixou de me contar.
[...]
Meu pai abriu um sorriso viperino vindo com a Julia vestida de noiva em minha direção. Minha mãe, vestida de garçonete no canto da igreja, tenta sorrir, mas mal consegue. A Julia tem os olhos vermelhos com lágrimas que não são de felicidade. Meus olhos são atraídos para a porta atrás deles, onde de longe vejo ela, com os olhos tristes, roupas esfarrapadas de noiva e um buquê de flores mortas na mão.
— Eu queria que as coisas fossem diferentes. — Li os sussurros de seus lábios de longe, e foi como se eu tivesse recebido uma facada no meio do peito para a Bella ser arrancada de lá.
Acordei suado, ofegante e, além de tudo, com raiva do meu pai. Peguei o celular na mesa de cabeceira e vi que já são 06:ooh. Abri o WhatsApp e liguei para a Júlia, que não demorou para atender, bocejando.
— Não dá pra continuar com essa merda. Se a gente não parar com isso agora, eles vão controlar nossas vidas pra sempre! — Disparei antes que ela falasse qualquer coisa.
— Apolo… — ela falou com a voz sonolenta e bocejou outra vez. — O que houve? — Sondou.
— Hoje, Júlia, hoje vamos enfrentar eles. — Avisei.
— O que? — ela se sobressaltou. — Você tem certeza? Sabe a loucura que isso vai causar? — questionou.
— Sim, Júlia, está decidido. — Esfreguei o rosto.
— Ok… — ela concordou incerta. — A gente se vê na escola, tchau…
[...]
— Apolo… — Bella perguntou enquanto eu segurava sua cintura, ajudando-a a andar no skate. — Você está bem?
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Como eu era chata antes de você
Roman d'amourBella não gostava de muitas coisas. Bella não gostava de coisas novas ou pessoas novas em sua vida. Bella tinha uma vida chata, sem aventuras... Uma vida monótona, a mesma rotina sem graça todos os dias. Até ele aparecer. Até o Apolo aparecer - não...