Quando tudo começou?

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Ian:

King!Rei!Majestade!Soberano!Rei malvado!Perfeccionista louco!Todos esses nomes representavam minha imagem perante os meus funcionários, e as demais pessoas a minha volta

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King!
Rei!
Majestade!
Soberano!
Rei malvado!
Perfeccionista louco!
Todos esses nomes representavam minha imagem perante os meus funcionários, e as demais pessoas a minha volta.
A imprensa amava "o rei da fragrância, o gênio da essência, o magnata do aroma", esses eram alguns dos nomes pelos quais eu era conhecido no mundo dos negócios e pela mídia.
Também me chamavam de conquistador, por ter vários romances de curta duração.
Mas em algum momento da minha vida, alguém, inconscientemente, começou a ocupar um espaço muito grande em minha vida.
E eu não sabia quando tudo isso começou.
Ela era eficiente, educada e gentil, e a maior de suas qualidades, era extremamente inocente.
As vezes era até difícil acreditar que alguém como ela existisse de verdade.
Meus funcionários na empresa gostavam dela, meu empregados na mansão a amavam e até meu cachorro que não gostava de ninguém além de mim, gostou dela desde a primeira vez.
Eu tinha as mulheres mais belas a minha volta.
Mas a que mais me atraía, estava atrás de mim, sendo eficiente como sempre.
Cinco anos trabalhando juntos, a entendendo e a moldando a forma de funcionária perfeita que eu queria.
Aos poucos, Maya Lopez foi tomando para si cantinho por cantinho dos meus pensamentos, e quando dei por mim, ela já estava em tudo.
Tantos anos a beira da fogueira, que acabei por me queimar.
Era a única a quem eu fazia concessões e abria excessões, e sempre que eu a via cansada demais, eu tirava para mim férias de alguns dias em lugares bonitos e relaxantes, como minha secretária pessoal ela devia ir junto, era uma mera desculpa minha, para que ela pudesse descansar também.
Tudo começou com o cuidado e preocupação, por ela ser ainda tão novinha, eu me importava e me sentia responsável por ela, mas em algum momento este cuidado e responsabilidade se tornou um sentimento doce, puro e ingênuo.
Mas ela era uma flor para ser admirada a distância, se eu a tocasse ela poderia murchar e perder a beleza e o perfume.
Ela, sem saber se tornou minha inspiração para novos perfumes, novas essências.
Ela era doce e gentil, a inspiração perfeita para meu perfume que mais vendeu dentre todos os outros.
"Angel", esse era o nome do perfume que ela me inspirou a fazer.
Era doce como ela, leve e inocente, e ficava perfeito em sua pele.
Ela sempre usava os perfumes da minha casa de perfumaria, eu sabia que ela usava como forma de gratidão, mesmo sabendo que eram ótimos perfumes, mas seu motivo era me agradecer por esses anos.
Eu fingia não notar que ela os usava, mas me sentia jovem, vivo e extremamente feliz quando ela usava "Angel".
Maya se concentrava ao máximo no trabalho, minha agenda era impecável, não haviam erros nunca em nada de seu trabalho, mesmo sabendo que ela seria a única de quem eu jamais poderia me livrar, aquela a quem eu perdoaria 100 erros, não errava nunca.
Sua vida pessoal era solitária apesar de tudo, ela tinha poucas amigas, e não relacionava com ninguém, não que eu quisesse isso também, eu tinha plena noção de como aquela mulher de 23 anos era atraente, lógico que vários caras tentaram se aproximar, mas ela só se dedicava ao trabalho, o que para mim era perfeito, já que eu odiava ver caras a sua volta.
Um rei malvado fadado a ficar sozinho, apaixonado por um anjo.
Parecia até piada.
Olhei para ela sentada a poltrona de frente para a minha.
Saltos, terninhos de bom gosto, seu estilo havia melhorado, por fora tão diferente daquela menina de jeans surrado e tênis que eu quase atropelei 5 anos no passado, mas por dentro ela ainda era a mesma menina inocente.
Estávamos retornando da Espanha, ela estava concentrada no Tablet e mal olhava para mim.
—O quê achou sobre mim na reunião?—questionei.
Ela levantou os olhos para mim e sorriu.
—Impecável senhor!—ela disse—Como sempre, brilhante e inspirador!
A admiração dela pertencia a mim há muito tempo, e eu ficava feliz por isso.
—Qual a minha agenda para hoje a tarde?—perguntei.
—Tem uma entrevista para a revista " Magnatas"!—ela disse—A respeito do novo perfume que é recorde de vendas!
—Como estão as vendas do Serena?—perguntei.
—Ontem a noite as vendas quase se igualaram ao Angel no primeiro mês, com apenas 3 semanas de lançamento!—ela disse.
—Certo!—sorri vitorioso—Tudo tem que ser perfeito para a entrevista!
—E eu garantirei isso, senhor!—ela disse.
—Para amanhã a noite, marque um jantar com a Mônica!—falei desviando o olhar para a janela do avião!
—Sim, senhor!—ela disse voltando a se concentrar no tablet.
Sorri internamente da cara que ela fez quando citei Mônica.
Mônica era bonita, inteligente, adorava causas sociais, mas exalava prepotência e era extremamente mimada, suas palavras quase sempre eram falsas, apesar de ajudar tanto pessoas necessitadas, tanto Maya quanto eu sabíamos que ela o fazia apenas para a publicidade.
Mas tudo bem, não iria durar mesmo.
Aterrissamos no aeroporto de Seatle por volta das hrs 14:00 da tarde, do aeroporto seguimos direto para o local onde seria a entrevista.
—Quais são os possíveis assuntos da entrevista?—questionei quando entrávamos no local.
—O sucesso das suas novas fragrâncias!—ela disse—Sua escalada até o poder e a fortuna, seus relacionamentos de curta duração, seus planos para o futuro e o fato de ser um playboy, são os assuntos mais comentados!
—Acha que sou um playboy?—perguntei parando.
Ela parou em seguida e olhou para mim de forma sincera.
—Não senhor!—ela disse—Acredito que teve que lutar muito para chegar onde está agora, usufruir dos lucros de toda essa caminhada até o sucesso não o torna um playboy!
Sorri e voltei a caminhar ouvindo o som de seus saltos em contato com o piso.
—Senhor King!—Sarah Cooper a repórter me recebeu na porta da sala—É um prazer vê-lo novamente.
—O prazer é todo meu!—sorri apertando sua mão.
Era uma revista famosa, tanto impressa quanto digital, no site da revista eram exibidos em vídeo trechos das melhores entrevistas.
—Por aqui!—ela me levou até as poltronas.
A câmera foi ligada e Maya se posicionou atrás do câmera man.
—Podemos começar?—Sarah perguntou.
—Quando quiser!—sorri.
—Senhor King é um honra entrevistá-lo hoje!—ela disse com um sorriso no rosto—Soube que acabou de chegar da Espanha!
—Sim!—respondi—Tinha uma reunião importante com os revendedores da minha marca!
—Ontem estava em Londres e de lá foi direto para a Espanha, certo?—ela disse—É um homem muito ocupado, devo agradecê-lo por ceder um pouco do seu tempo a nós!
—Imagina, é um prazer!—sorri.
—Conseguiu chegar onde muitos gostariam de estar!—ela disse—Atribui seu sucesso a sorte?
—Não!—neguei—Quem me conhece bem sabe que eu lutei muito para chegar onde cheguei.
—Muitos o chamam de gênio, outros o chamam de playboy!—ela disse—Você se considera um playboy?
—Não!—sorri—Apenas usufruo do que consegui as custas do meu próprio suor!
Olhei para Maya e ela tinha um sorriso no rosto de quem pensava " eu sabia que diria isso!".
—Seus romances com mulheres lindas, jovens e inteligentes são invejáveis!—ela falou—Mas todos comentam sobre sua curta duração.
—Romances não devem chegar ao ponto em que os casais não suportam mais olhar na cara um do outro!—falai—Devem durar tempo suficiente para que não tenha más recordações.
—Seus perfumes quebraram recordes  como os mais vendidos do país no último ano, principalmente "Angel e Serena"  !—ela disse—Deve se sentir orgulhoso!
—Sim!—sorri—Eu crio fragrâncias inspiradas nas emoções das pessoas, e fico feliz que elas gostem dos meus perfumes, espero que elas continuem gostandono futuro!
—Isso significa que já está desenvolvendo um perfume novo?—ela questionou.
—Quase isso!—sorri.
—Uma coisa que todos gostariam de saber, há uma musa inspiradora por trás de tantas fragrâncias inesquecíveis?—ela questionou.
—Sim, há!—falei.
Olhei para Maya e ela olhou a sua volta para ver se havia mais alguém perto dela.
—Planeja se casar, ter uma família no futuro?—ele questionou.
—Claro!—respondi—Pretendo me casar e ter filhos, assim que eu encontrar a mulher certa!
—É por isso então que tem tantos romances de curta duração?—ela especulou.
—Talvez!—sorri.

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