Um sogro do inferno pt.2

433 38 5
                                    

Ian:

—Inocente?—ele sorriu—E agora ela está dormindo com o próprio chefe, quanta inocência a dela, uma vagabunda maldita e ingrata, isso é o que ela é de verdade!
Eu estava ouvindo bem?
Ele chamou a minha mulher de vagabunda? Na minha frente?
Ele ousava?
Cretino desgraçado.
Eu estava faíscando de ódio.
Me levantei da cadeira e o segurei pelo colarinho.
—Não passa de uma vadia!—ele disse.
—Desgraçado!—o sacudi—O quê disse sobre ela?
—Ian!—Elliot segurou em meu braço—Acalme-se por favor!
—Esse maldito cretino!—falei—Você ousa falar assim dela na minha frente?
—Controle-se!—Elliot pediu—Ele só está tentando te provocar!
Soltei seu colarinho e o empurrei para longe de mim!
—Isso!—ele bateu em meu ombro—Esse verme não vale a pena!
—Eu devia te matar agora mesmo!—falei furioso.
—Vá em frente!—ele disse ajeitando a roupa—Mate o pai da sua namoradinha, vai ser uma bela reportagem, não acha?
Olhei para ele possesso e contei mentalmente até dez.
—Bilionário do ramo dos perfumes mata o pai de sua secretária a sangue frio!—ele procou—Vai vender igual água!
—Se eu quiser matar você, eu posso!—falei—Desovarei seu corpo tão bem que quando notarem sua ausência, já terá virado comida de peixe, ninguém vai sentir sua falta mesmo, estarei fazendo um favor a humanidade!
—Você é bem engraçado!—ele disse sorrindo—Se eu disser que meu futuro genro é...
—Não me venha com gracinhas, nem eu quero que seja meu sogro, nem Maya o quer mais como pai!—falei—Portanto, pense bem antes de dizer bobagens e me diga de uma vez, por que está cercando a casa de Maya?
—Não é obvio?—ele sorriu—Ela tem uma boa casa, um bom emprego e ainda dorme com o chefe, eu não a procuraria se ela não tivesse se dado tão bem na vida!
—Dinheiro!—falei—É isso o que você quer?
—Claro!—seu sorriso se alargou—Tudo gira em torno de dinheiro, isso é tudo o que eu preciso, e tudo que aquela cretina pode fazer por mim, já que é tão ingrata!
—Pessoas cretinas como você são bem previsíveis!—falei—Só vêem e se importam com chances de conseguir dinheiro de forma fácil, conheço bem o seu tipo.
Era o tipo que pessoa que mais me enojada, exatamente como aquela mulher que eu havia enterrado em Portland.
Fiz sinal para César e  ele entregou um envelope para o homem.
Ele abriu o envelope, conferiu o conteúdo e deu um sorriso.
—Não ouse ir até ela pedir dinheiro!—falei—Se eu ao menos sonhar que se aproximou dela, eu não vou ter piedade de você!
—Ok!—ele disse despreocupado —Mas antes, me diga, está dormindo com a minha filha apenas para passar o tempo ou gosta dela?
Ele deu um sorriso sínico.
—Isso não é na sua conta!—falei—Esqueça que a Maya existe!
—Uau!—ele sorriu batendo palmas—Que incrível, aquela vadia conseguiu mesmo seduzir um ricasso!
—Meça suas palavras na minha frente!—falei furioso—Ou eu não terei pena de dar um fim definitivo em você!
—Tudo bem!—ele ergueu as mãos em rendição—Eu posso ir agora?
—Vai!—respondi—Espero que nossos caminhos não voltem a se cruzar novamente!
—Digo o mesmo!—ele sorriu e sacudiu o envelope.
Com um sorriso triunfante ele deixou o galpão.
—Cretino asqueroso!—reclamei.
—Agora eu entendo porque a Maya foi embora de casa tão jovem!—Elliot disse—Com um pai desses, ninguém precisa de inimigo!
—E o que fazemos agora senhor?—César questionou—Deixamos ele ir livremente?
—Não!—neguei—Algo me diz que ele não vai parar por aí!
—Acha que ele vai tentar algo contra você ou a Maya?—Elliot questionou.
—Não sei!—falei—Mas não viu o tom   irônico dele? Ele nem sequer ficou com medo das minhas ameaças. Pessoas assim, só se importam com o dinheiro!
—O quê quer que façamos, senhor?—César perguntou.
—Fiquem de olho nele, por enquanto!—falei—E não deixem ele chegar perto da Maya!
—Certo!—ele concordou.

Maya:

Ian estava estranho.
Primeiro, tirou dois dias de folga do trabalho, o que ele nunca faz, mesmo estando doente.
Segundo, voltou correndo por causa de um imprevisto no trabalho.
Imprevisto esse que eu desconhecia.
Ian poderia estar me escondendo alguma coisa.
E eu estava curiosa para saber o que era.
Desde as hrs 14:30, quando ele me deixou em casa e saiu para resolver o tal problema, que eu não tinha notícias dele.
Que diabos ele estava fazendo?

Já eram quase hrs 21:30 da noite e ele ainda não havia me ligado ou mandado mensagem alguma, eu já estava preocupada.
Peguei o celular sobre a mesa de centro e disque o número dele, mas ouvi a campainha tocar.
Me levantei ainda com o celular no ouvido para atender a porta.
—Já vai!—falei girando a massaneta e abrindo a porta—Ian?
—Estava me ligando?—ele disse com o celular na mão—Pode me dizer pessoalmente.
Ian sorriu e após desligar a ligação ele entrou na minha casa.
—Resolveu o problema da empresa?—perguntei desconfiada fechando a porta.
—Acho que sim!—ele respondeu se sentando no sofá—Venha aqui!—ele pediu batendo no colo.
—Não está cansado?—questionei.
—Sim, estou exausto!—ele respondeu.
—Vou preparar um banho para você!—falei.
—Maya, eu não preciso de um banho!—ele se negou.
—Precisa aliviar a tensão!—falei indo para o quarto—Já volto!
Entrei no banheiro do quarto e após colocar sais de banho, enchi a banheira .
Retornei a sala e o trouxe pela mão.
—Vai me despir também?—ele perguntou.
—Se for preciso!—falei.
Ele apenas abriu os braços e sorriu.
Me aproximei dele e comecei a tirar sua roupa.
—Está ficando mal acostumado!—reclamei.
—A culpa é toda sua!—ele disse.
Após despí-lo por completo, Ian entrou na banheira e se sentou de forma relaxada.
Me virei de frente para ele e tirei o roupão.
Ele sorriu de forma safada ao ver o tecido amontoado no chão.
Entrei também na banheira e após dar um beijo rápido nele, peguei a esponja e comecei a esfregar sua pele.
Ian se aconchegou a banheira e fechou os olhos.
—Você bem que poderia ir morar comigo!—ele sugeriu.
Apenas sorri de sua sugestão.

Meu chefe irresistível Onde histórias criam vida. Descubra agora