Meu chefe perfeito

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Maya:

—Como foi?—ele questionou assim que entramos em sua mansão

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—Como foi?—ele questionou assim que entramos em sua mansão.
—Perfeito senhor!—respondi—Como sempre!
Ele parou, respirou fundo e se virou de frente para mim.
—Só sabe dar respostas Como um robô?—ele questionou.
—Como disse?—perguntei confusa.
—Isso!—ele disse sério—Essa sua forma de me responder sempre com perfeito, impecável, brilhante, parecem palavras programadas!
"Mas eu fui sincera" pensei " eu realmente o achava brilhante, me orgulhava de ter um chefe tão perfeito como ele, que apesar de algumas pessoas falarem mal, eu sabia que ele era bom e caridoso".
—Como gostaria que eu falasse então, senhor?—perguntei.
—Seja sincera, e real da forma como só você sabe ser!—ele pediu—Como eu fui?
—Sinceramente?—perguntei.
—Sim!—ele disse tirando a gravata.
—Dizer que tem uma musa inspiradora não foi muito bom!—opinei.
—E por que?—ele perguntou.
—Com o perdão da palavra, o senhor é considerado um Dom Juan por namorar várias garotas!—falei—Dizer que tem uma musa inspiradora enquanto namora a senhorita Mônica Jenkins vai causar a impressão de que ela é sua musa inspiradora e que finalmente pensa em se casar, ou na pior das hipóteses que tem outra mulher!
—Mônica minha musa inspiradora?—ele questionou—O quê acha sobre isso?
—Acho que ela não combina com as fragrâncias que criou, são doces e puras, tem uma inocência!—falei—Não é nada parecido com ela!
—Então acredita que podem achar que Mônica é minha musa inspiradora?—ele questionou.
—Sim, senhor!—respondi.
Ele sorriu de lado e caminhou até perto de mim, analisou meu rosto alguns segundos e então sorriu novamente, então se curvou a minha frente e disse no meu ouvido:
—Mas não é ela!—ele voltou a sorrir.
Senti os pelos do meu braço se eriçarem ao sentir seu hálito morno e sua respiração em contato com meu pescoço.
Ele se afastou novamente de mim e tirou o paletó.
—Tenho mais algum compromisso para hoje?—ele perguntou.
—Não, senhor!—respondi.
—Ótimo, vou dormir!—ele disse—Estou muito cansado.
Sem dizer mais nada ele subiu os degraus da escada em direção ao quarto.
Soltei a respiração que eu nem sabia que havia prendido, e pus a mão no peito.
—Por quê meu coração está batendo tão rápido?—me questionei.
Ele só se aproximou de mim, que loucura toda era aquela.
Peguei a gravata e o paletó que ele havia largado sobre a cadeira, subi os degraus da escada e peguei o restante das roupas que ele havia tirado e jogado no chão do quarto, ele estava no banho, desci novamente a escada e fui até a área dos fundos e pus as roupas no cesto de roupa suja.
Só então fui embora para minha casa.
Tirei os sapatos de saltos e deixei no chão da sala mesmo.
Após tomar um banho comi qualquer coisa que achei na geladeira e então me joguei na cama.
—O que ele queria dizer com " não é ela"?—questionei—Quem é a musa inspiradora dele?
Eu conhecia todas as mulheres com quem Ian King tinha contato, e definitivamente não era nenhuma delas.
Seria um segredo?
Seria a designer de frascos da perfumaria, ou a que reproduzia as fragrâncias?
Não, elas era ótimas pessoas, mas definitivamente  as essências doces e ingênuas não combinavam com ela.
Talvez fosse apenas um blefe de um gênio para atrair publicidade.
Devia ser isso.
Pensando sobre isso acabei caindo no sono.

Acordei as hrs 04:30 da manhã com meu alarme tocando feito um louco.
Parecia gritar " acorda, acorda!"
Abri os olhos preguiçosamente, me levantei, tomei banho, escovei os dentes, me vesti, me maquiei, calcei meus sapatos e então deixei minha casa.
Ian King não admitia que sua secretária ou qualquer outro funcionário dele andasse mal vestido ou desarrumado.
Peguei um táxi e dei o endereço da casa dele.
Cerca de dez minutos depois o taxista parou em frente à casa do meu chefe.
Paguei a corrida, desci e a campainha.
—Bom dia Maya!—Penny disse sorrindo ao abrir a porta—Pontual como sempre!
—Bom dia Penny!—sorri para ela e entrei—O chefe ainda está dormindo?
—Sim!—ela respondeu ao fechar a porta.
—Ele ficou trabalhando até tarde novamente não é?—perguntei
—Não tenho certeza, mas parece que ele está desenvolvendo um novo perfume!—ela contou—Ele se trancou no laboratório e ficou até tarde da noite lá!
—Ele deve achar que é uma máquina!—falei.
Subi os degraus da escada, entrei no quarto, fui até as janelas abri as curtinas, em seguida me aproximei da cama.
Ele ainda dormia tranquilamente, dava até pena de acordá-lo, dormindo ele não parecia tão feroz, apenas um homem comum e vulnerável.
—Senhor King!—chamei—Acorde!
—Hum!—ele se revirou na cama—Que horas são?
—São seis da manhã!—respondi—Sua agenda começa às hrs 07:30!
—Ok!—ele disse abrindo os olhos.
Ainda sonolento Ian King se levantou da cama e se espreguiçou antes de ir para o banheiro.
Eu fazia isso quase todos os dias há cinco anos e ainda não havia me acostumado em vê-lo sem camisa todas as manhãs.
Já havia cuidado dele enquanto estava febril e bêbado, e a imagem dele sem camisa ainda era perturbadora para mim.
Abri o closet, peguei um terno, uma camisa, meias, sapato, gravata e o relógio deixei tudo pronto sobre a cama.
Quando terminei de arrumar tudo ele já deixava o banheiro enrolado em uma toalha, saí do quarto e esperei na sala.
Demorou cerca de meia hora até ele terminar de se arrumar, então ele desceu e eu amarrei o nó da sua gravata.
Após ele tomar o café da manhã entramos no carro e o motorista deu partida rumo a casa de perfumaria.
Sua agenda do dia foi bastante cheia, primeiro uma reunião com os investidores de sua marca, em seguida uma reunião com a equipe de marketing e os designers, e por último a tarde visitamos os campos de flores e os estoques de materiais.
A noite, fui dispensada mais cedo, pois as hrs 20:00 era o jantar com Mônica Jenkins, seu romance atual.
Então eu pude descansar direito a noite toda.
Mas, mal o dia amanheceu a campainha tocou.
Quando desci para atender um entregador me entregou duas caixas grandes, porém leves.
Em uma delas era um par de sapatos de salto caríssimos, na outra era um vestido de um estilista famoso.
Não havia bilhete, cartão ou qualquer outra coisa que revelasse de quem era o presente.
Então meu celular tocou.
Olhei no visor, e ali estava o dono daquele presente, que na verdade significava mais trabalho para mim.
Ian King!

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