enquanto corro, me desfaço
joelhos, supliquei
minhas rezas eram três por hora
montei meu santuáriomas você, sem milagres
sem brilhos
sem mim, sem querer
e, por querer, foi se distanciandosó
eu lhe fiz castelos, montei nossa casa
só
acreditei em ti, confiei
só
você se foiapontava o dedo em meu rosto
e fez o que repulsava
ironicamente, distanciou-sesei do caos que você habita
sei que em você habita caos
tentei te dar a mão
tentei te guiar pelo sobriodepois de lhe tratar, você mordeu minha mão
e fugiu, foge, talvez para sempre fugirádoei muito de mim
não quero continuar correr
não quero me arrastar por ti
não quero me desfazer enquanto você nos demolecansei
deixe-me irame-a
e deixe-me irManu
07/05/2022
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Tudo: um grande nada
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