Ponto omisquo

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Era noite, estava frio. Meus pais estavam em reunião então pediram para eu voltar sozinha. Estava acostumada a pegar ônibus, sempre a mesma monotonia... Mas  aquele dia fora diferente.
São Jorge não vinha, enquanto aguardava, observei uma mãe se aproximando com duas filhas, uma delas tomando um guaravita fazendo barulho. Como se não bastasse a forma com qual conversavam em alto tom.
Depois de um tempo, ouço o som de algo estourando, "o guaravita", pensei, fui confirmar e ela estava arrastando aquela embalagem para trás, com o pé.
Como se não bastasse eu ter acordado às 6, ter tido aula até 13:00, dor de dente por ter apertado o aparelho a tarde, ter sido esquecida no curso de inglês, esperar o ônibus em um frio de congelar as espinhas, ainda presencio uma cena destas.
Me levanto do banco, pego aquela embalagem estourada e a ponho na lixeira, simples assim.
As três me observaram, falaram algo que não pude e não quis ouvir.
A do meio pegou o canudo e levou para a lixeira.
Eu sorri e subi pro meu ônibus

20/03/2017

Tudo: um grande nadaOnde histórias criam vida. Descubra agora