Lágrimas de cevada

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Lágrimas de cevada
Era noite, estava frio. Mais uma vez estava eu esperando no ponto de ônibus. Já estava acostumada, sempre a mesma monotonia... Mas naquela noite fora diferente.
Um bêbado se aproximou do ponto, cambaleando, soluçando, bêbado. Ele parecia ser bem jovem e tinha uma lata na mão.
No meio daquele frio, um jovem e bêbado, cambaleava entre as frias ruas e pelo olhos de pessoas vazias, que o olhavam com desprezo
Com dificuldade abriu a lata, antes que pudesse dar um gole daquela cerveja, ela cai no chão, o homem se abaixa e pega a lata.
Percebo que o homem chora
Um bêbado triste
Agora as lágrimas rolavam e se misturavam com a bebida espalhada pelo chão
Pobre homem, triste, sozinho, abandonado e ainda desprezado [e com parte de sua bebida jogada pelo chão]
Meu ônibus chega
O bêbado cai
E fica sozinho, triste e abandonado naquele chão gelado e sujo de Brahma
O motorista está rindo da cena com um passageiro, e falando dele como se fosse bicho
Mal sabem os homens que aquele bicho já foi um dos motoristas daquela companhia
31/03/17

Tudo: um grande nadaOnde histórias criam vida. Descubra agora