Medo

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Meus pés pisam no vazio
Eu ando e nada sinto
Meu objetivo me consome

Olheiras e ossos, me vejo
Caminho tristemente nas tristezas do mundo
Matam a violência com violência
Tanto sangue me incomoda

Sentem, amigos
Sentem e discutam dos problemas
Fechados em egos estão
Já fui egoísta, é bom estar com a razão

Razão, com uma certeza minha eu lhe digo
Cuidado ao voar
Quanto mais alto é seu ego, maior é seu buraco

E eu era feliz até te ver, menina
Hoje, és o material que jogo meu ódio
És o diabo de minhas crenças
És quem eu queria ser
E a inveja, que tanto enojo, tanto tenho
Enojo-me a mim por estar sendo quem eu sou

Ei, homem
Tu que expandes seu orgulho em seu peito
O que vai sobrar quando ele se for?
Vazio?

É, homem
O vazio nos caminha
Beiro o burnout
Sonhos? O que são?
Sou uma máquina de minha agenda

Buscando a felicidade dos próximos
Perdi a felicidade
Maquino-me
Maquino-me até cair em desuso

-obsolescência programada

02/06/2020

Tudo: um grande nadaOnde histórias criam vida. Descubra agora