Neela Dragomir é uma sobrevivente do grupo de Atlanta, uma garota cheia de vida, que protege os seus sem olhar para trás, que não tem medo de lutar e enfrentar o pior dos inimigos... Até que conhece Negan, o homem que matou a sua irmã e a quem ela j...
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- Isso não é justo! - Gritou Judith. Sorri. - É sim! A menina me sorriu. - Não, eu estou acostumada a lutar com uma katana. Assenti, abaixando e ficando ao nivel dela. - E se tirarem de você? - Toquei no seu queixo. - É importante saber lutar. - Bati no seu ombro, devagar, e levantei, fazendo sinal com os dedos. - Vem. Ela me atacou de novo e eu sorri. - Deixa eu mostrar uma coisa para você. Quando seu inimigo faz esse movimento que você fez, sabe? Você pode fazer isso. - Abaixei, estiquei a perna e rodei. Claro que não joguei ela no chão, mas Jude entendeu. - Viu? Percebeu a ideia? Ele irá cair. Judith assentiu, atenta. - E quando estiver no chão... - Você faz o que quiser. Ela sorriu. - Obrigada por me ensinar essas coisas, você é a melhor. Minha mãe nunca me ensinaria isso. Coloquei as mãos na cintura e balancei a cabeça. - Nesse mundo, eu acho que é bom saber. Judith olhou para um ponto atrás de mim e depois sorriu e ergueu o dedo. - Estamos sendo observadas. Olhei para trás, estreitando os olhos por causa do sol, e vi Negan nos olhando pela janela. Olhei Judith de novo e dei de ombros. - Tou nem aí. - Ele é legal. - Disse a menina. Olhei ela. - Jude, aquele homem matou minha irmã, ameaçou nossa familia, tentou matar a Maggie e o Glenn... Ele não é legal. Judith assentiu. - Eu sei, e não estou falando que ele deveria ser solto, só estou dizendo que ele escuta o que eu digo. Ele é legal. Suspirei e abaixei junto dela, segurando suas mãos, como minha irmã tantas vezes fazia comigo. - Você é uma guerreira, Jude, eu escuto você também. Eu me importo e todo mundo aqui se importa. Desde que você nasceu. Ela sorriu. - Eu sei que você ficava comigo algumas vezes, quando eu não deixava ninguém dormir na prisão. Sorri e assenti. - Rick quase enlouqueceu. - Toquei no seu nariz. - Não confia no Negan, ele continua sendo o vilão. - Ele mudou, Neela. - Pessoas como ele não mudam, apenas se adaptam. Promete que vai ter cuidado. Ela assentiu. - Dragomir! Olhei para trás e vi Daryl me chamando, erguendo a mão. Beijei a cabeça da Jude e me afastei. - Juízo. Me aproximei dele e logo Rick se aproxima também, junto com Abraham. Franzi o cenho, todos eles tinham expressões sinistras. - Temos um problema. - Disse Rick. Cruzei os braços sobre o peito. Ele indicou Rosita, do outro lado. - Rosita e Eugene deram de caras com um grupo de zumbis, mas eles eram diferentes. Falavam. Ergui as mãos. - Falavam? Impossível. Estão mortos. - Também não deveriam andar. - Disse Abraham. Rick assentiu. - E tem mais. Tinham facas. Olhei Daryl, mas ele olhava o xerife com atenção. Depois olhei Rick e entendi. - Não são zumbis. Ele negou. - Provavelmente não. - E você quer que a gente dê uma olhada? - Perguntou Daryl, até então calado. Rick assentiu. - Vocês sabem rastrear, sabem andar pela floresta sem fazer barulho. Eu ficarei na torre, com o Abe, talvez a gente veja algo. - É bom que não. - Falei. - Partimos quando? Rick deu de ombros. - Já. Assenti e toquei no ombro de Daryl. - Vou pegar minhas coisas. Ele assentiu e eu me afastei, em direção da casa. Passei pela janela da cave e escutei Negan me chamando. Parei de andar, fechando os olhos e depois girei, olhando ele e abaixando. - O que está acontecendo? Parece grave. Sorri. - Se nossas suspeitas forem verdade, eu te mostro o que está acontecendo. Talvez assim você morra. De vez. Levantei e me afastei.
Andei com o Daryl pela floresta durante horas, atentos a cada som, a cada movimento. Daryl ergueu a mão que não segurava a besta, indicando o caminho na frente. - Rosita disse que eles seguiam naquela direção. Assenti e continuámos andando. - Acha que pode mesmo ser verdade? - Perguntei. - Tipo, eu sei que é impossível, porque eles estão mortos e os mortos não evoluem, mas... Daryl assentiu, pensativo. - Eu continua achando que o que você falou em Alexandria, é a verdade: são pessoas. Mas de você pensar bem, os mortos que a gente enfrentou em Atlanta, eram mais rápidos e mais inteligentes, também. Assenti, lembrando de quando a gente ficara preso na loja de recordações, no dia que perdemos o Dixon mais velho. Um dos zumbis pegara uma pedra e tentara quebrar o vidro da porta. - É, mas daí até falarem de novo... - Neguei com a cabeça. - Você ouviu o Jenner. Você viu o cérebro. Não há atividade, a não ser aquela que permite que eles andem e se alimentem. - Não sei mais nada. - Disse Daryl. Enquanto andava, do lado do caipira, escutei algo vindo mais da frente, do meio de umas árvores, e ergui o braço, colocando na frente do peito do Dixon, fazendo ele parar. - Escutou? - Perguntei. Ele assentiu e tirou a besta do ombro, erguendo ela. Retirei a arma do cinto e ergui, destravando. De trás de uma das árvores, saiu Jesus, sorrindo e de mãos no ar. - Abaixem isso, venho em paz. Revirei os olhos, abaixando e travando a arma, colocando ela de volta no cinto, enquanto Daryl abaixava a besta. - Rick falou com a Tara, pelo rádio. - Disse Jesus. - Pessoas que parecem zumbis, hãm? Daryl assentiu. - Assim parece. Pelo menos acharam uma forma de sobreviver. - É, mas Rosita disse que eles falavam em matar ela e o Eugene, e isso não é legal. Zumbis não é uma forma legal de morrer. - Falei. Andámos mais alguns metros e depois parámos, abaixando junto de umas árvores. Na nossa frente, deveria ter uns trinta zumbis, andando em círculos, sem se afastarem. Franzi o cenho, nunca vira nada igual. - O que eles estão fazendo? - Perguntou Jesus. - Andarilhos não andam daquele jeito. Os garotos me olharam e depois o grupo de novo. - Tem de ter pessoas ali, controlando eles. - Disse Jesus. - Como você vai controlar um bando de mortos? - Perguntou Daryl. Fiquei observando eles e depois dei de ombros. - Talvez se você não fizer barulho e se parecer com um deles, eles sigam você. Jesus me olhou, fez uma careta, concordando e depois olhou em frente. - Seja o que for, é mau. - Falou. - Se eles vierem em direção das comunidades, como vamos pará-los? Daryl colocou a besta no ombro. - Como paramos sempre. Matamos.