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Terminei de verificar a arma e a munição

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Terminei de verificar a arma e a munição. Calculei mentalmente a munição que tinha na mochila, a quantidade de facas, a comida para os primeiros dias...
Olhei para o lado, vendo Rick e Daryl trazendo um Negan meio confuso para fora da cave, na minha direção.
Olhei o céu, respirando fundo e depois olhei na direção deles, deixando que se aproximassem.
Negan me olhou, mas eu fingi que ele não estava ali.
- Já falámos com o Negan. - Disse Rick. - Ele sabe um pouco sobre o que está acontecendo.
Assenti, dando de ombros. Depois indiquei ele. - Se ele tentar alguma coisinha que seja, quero que saiba que eu vou matá-lo.
- Neela..
- Só para esclarecer. - Ergui as mãos.
Rick assentiu e se afastou, indo na direção do portão, preparando tudo.
Daryl me abraçou e depois olhou Negan.
- Se acontecer alguma coisa com ela..
- Eu não vou... - Interrompeu Negan, mas Daryl continuou falando.
- Se acontecer alguma coisa com ela, se ela for pega por um zumbi, se ela for morta, se ela for atingida por um relâmpago, eu te encontro e eu te mato.
Negan assentiu. - Eu não vou magoar sua namoradinha.
Daryl avançou e segurou ele pela camiseta. - Ela é como uma irmã!
Rick correu até nós. - Daryl! Daryl, solta ele!
Daryl soltou e Rick me olhou. - Não ia fazer nada?
Dei de ombros. - Nem vi. Do que você está falando?
Peguei uma das mochilas e coloquei no ombro, me afastando, mas depois olhei para o Negan. - Quando estiver pronto, traz essa mochila, não sou sua empregada. - Dei as costas e segui até o carro.
Joguei a mochila no banco de trás e abri a porta da frente, me apoiando nela.
- Não invejo você. - Disse Abraham.
Sorri. - Sabe qual a melhor parte? Posso matar ele e dizer que ele me atacou. - Dei de ombros. - Não tem ninguém para saber se é verdade.
Abraham riu. - Você é das minhas.
Rick, que falava com Negan, parou junto do carro.
Revirei os olhos e entrei.
Negan colocou a mochila dele no banco de trás e depois sentou do meu lado, fechando a porta.
Rick surgiu na minha janela. - Não faz besteira.
- Não prometo nada.
- Neela...
- Queria que eu fosse uma babá, certo? Aqui estou. Agora, não peça mais do que isso!
Dei a partida, acenei para Daryl, ergui dois dedos para o Abe e saí de Alexandria, plenamente ciente da presença de Negan do meu lado, no mesmo carro que eu.
Apertei o guiador, me impedindo de matar ele.
Depois de um tempo, percebi Negan me olhando.
- Desculpa, Roménia, eu entendo que isso...
- Escuta só, eu não preciso que fale comigo, tá? Eu não preciso de desculpas, eu só quero que você morra! E pára de me chamar de Roménia! Meu nome é Neela, Neela Dragomir! - Respirei fundo, balançando a cabeça. - Por favor, não me faz terminar essa missão antes mesmo de ela começar!
- Sou uma missão?
- Por mais que eu odeie, é. Você é sim. Minha missão.
Negan sorriu, mas depois seu sorriso se apagou.
Dirigi pela estrada, ignorando o facto de ele estar ali.
- Neela. - Negan me chamou depois de uma hora.
Não olhei ele. - Não falei para não falar comigo?
- Mas eu preciso que pare o carro.
Franzi o cenho. - Porquê?
- Preciso fazer uma coisa.
Revirei os olhos. - Não tem nada para fazer.
- Quer que eu faça aqui? Por mim tudo bem, mas teremos de seguir a pé.
Parei o carro, fazendo ele levantar uma poeira atrás de nós, e olhei Negan.
- Se for uma forma de...
- Não é.
- Um minuto.
- Quê?
- Anda!
Negan suspirou e saiu do carro, mas parou quando me escutou gritar.
- Hey! Onde pensa que vai?
Negan me olhou. - Vai querer que eu faça aqui?! Isso não é uma forma de ver meu material, é? Porque eu preciso colocar ele para fora.
Revirei os olhos. - Já vi coisas piores, anda logo. Aí.
Olhei em frente, a única coisa que eu queria ver daquele homem, eram suas entranhas rolando pelo chão.
Escutei ele se mexendo e depois reclamar. - Coisas piores... Fala sério.
Assim que terminou, Negan entrou no carro, batendo a porta e erguendo as mãos. - Pronto.
Dei a partida. - Pensei que teria de esperar pelo resto da eternidade.
Após algumas horas, o carro parou e eu olhei o guiador e depois para a rua.
- Ah, qual é? - Reclamei. - Não faz isso comigo, não aqui, no meio do nada.
- Eu sabia que ele ia parar, faz tempo.
Olhei Negan. - E não avisou?!
Ele deu de ombros. - Você me proibiu de falar.
Tirei a arma do cinto e mirei a cabeça dele. Negan suspirou e assentiu.
- Vai mesmo fazer isso? - Perguntou.
- Acha que não? Acha que me importo com uma ordenzinha de merda que o Rick me deu? Eu quero você morto.
Negan suspirou e eu estiquei a mão, pegando a mochila dele e jogando no seu colo.
- Sai!
Ele franziu o cenho. - O quê?
- Sai! - Gritei.
Negan abriu a porta do carro e saiu, levando a mochila e me esperando do outro lado.
Saí, sempre de arma erguida, mirando sua cabeça. Peguei a minha mochila e bati com a porta, colocando ela no ombro e fazendo sinal com a arma para que ele andasse na minha frente.
- Vamos.
Negan começou a andar, me deixando seguir atrás dele.
- Porque não atira logo? - Perguntou.
Tranquei a arma e coloquei no cinto.
- Isso seria fácil de mais. Agora cala a boca! Não quero falar com você.
Alguns minutos depois, ou horas, perdi a noção do tempo, olhei o céu. Ele começava a escurecer no horizonte. Tinhamos de achar um lugar para passar a noite.
Olhei em volta, mas ainda não estávamos nos subúrbios da cidade e eu não sabia o quanto os esquisitos imitadores de zumbis se espalhavam. Se eles estivessem por ali, poderiam nos pegar e eu tenho certeza de que Negan trocaria qualquer coisa para poder derrubar o Rick.
- Se achar algum lugar para a gente ficar, me avisa. - Falei para as costas do Negan.
- Agora já posso falar?
- Não. Só nessas condições.

Heart By HeartOnde histórias criam vida. Descubra agora