Neela Dragomir é uma sobrevivente do grupo de Atlanta, uma garota cheia de vida, que protege os seus sem olhar para trás, que não tem medo de lutar e enfrentar o pior dos inimigos... Até que conhece Negan, o homem que matou a sua irmã e a quem ela j...
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Assim que chegámos perto do portão de Alexandria, escutei uma voz forte vinda de um ponto mais acima. - Vejam só quem resolveu aparecer. Um selvagem e uma romena metida a policial. Olhámos para cima e eu ergui dois dedos para Abraham, sorrindo. - Oi Sargento Ford. Abraham ergueu o queixo. - Sua sorte é que eu gosto de você. - E desapareceu, descendo para trás dos muros. Daryl revirou os olhos e eu ri. O portão abriu e Abraham surgiu do outro lado. Daryl apertou a mão dele e avançou para dentro da comunidade. Bati no ombro dele e Abraham tentou socar o meu e ficámos ali, desviando e acertando, até que ele me pegou e puxou para um abraço apertado. - Tá, ja chega, ruivo. Estou sufocando. Ele me soltou. - Você é idiota. Sorri e segui Daryl, junto com ele. - O que vieram fazer? - Onde está o Rick? - Perguntou Daryl. Abraham ficou calado e nós dois olhámos ele. Daryl franziu o cenho. - Abe. - É... Houve um problema com o Rick. Daryl se aproximou. - Que problema? - Ele... desapareceu. Michonne saiu para procurá-lo e ainda não regressou. - O quê? Como assim? E porque não falaram nada?! - Vocês já estão com problemas enormes em Hilltop, ninguém queria juntar mais. - Mais?! - Daryl estava aos gritos. - É o Rick! - Daryl. - Toquei no seu braço. Ele me olhou. - Eu poderia ter procurado ele, eu... Puxei Daryl e abracei ele, sentindo ele encostar seu rosto no meu ombro. Olhei Abraham por cima do ombro de Daryl e mandei se afastar. - Vamos dar um jeito. - Falei. Só nesse momento, percebi que ele estava chorando. Aquilo era novidade. Eu só vira ele chorar uma vez. - Vem, vamos na sua casa. Puxei um Daryl de cabeça baixa até casa e entrámos, fechei a porta e Daryl deixou a besta no chão, sentando nas escadas que iam para os quartos. Sentei do seu lado. - Não podemos perder o Rick. Assenti. - Eu sei. Mas você ouviu o Abe, Michonne está lá fora. Daryl me olhou. - Eu poderia ter ido. Poderia ter rastreado ele. Toquei na sua mão. - Daryl... E se não achasse? - E se achasse? Agora temos uma guerra e um líder a menos. Merda! Rick saberia o que fazer! Segurei o rosto dele e encarei. - Você também sabe! Você está ajudando a liderar Hilltop desde que Maggie foi embora com o Glenn! Você sabe o que tem de ser feito! Daryl olhou o chão e depois de novo para mim. - Sempre perdemos os melhores. Assenti. - Mas a gente está aqui. Ele assentiu. Depois ergueu a cabeça e limpou as lágrimas e me sorriu fraco. - Obrigado. Assenti, sorrindo e toquei no ombro dele. - Vem. - Levantei. - Temos uma guerra para travar e comunidades para salvar. Faremos pelo Rick. Daryl levantoue pegou a besta, assentindo. - Você tem razão. Já perdemos gente suficiente. Saímos para a rua e descemos a avenida, indo no ponto onde Abraham já reunira o Conselho. Ficou claro que Alexandria tinha de ficar vazia, porque quando Beta chegasse, mataria tudo o que encontrasse pelo caminho. - Mas onde iremos colocar tanta gente? Olhei Gabriel e depois para os outros. - Tem um velho hospital não muito longe de Hilltop. Todos me olharam. Dei de ombros. - Tem portas e janelas e as paredes se mantêm de pé. Daryl assentiu. - Estivemos lá, é seguro. Poderemos levar as crianças para lá, junto com os que não lutarem. Mas alguém terá de protegê-los. Rosita assentiu. - Posso fazer isso. - Eu também. - Disse Gabriel. - Posso ficar com eles. Assenti. - Acharemos mais pessoas. Assim, quando tudo terminar, saberemos onde achar vocês e traremos todo mundo de volta. - Vão as de Alexandria e Hilltop. - Disse Daryl. - Lutaremos, matamos eles e depois encontramos vocês. Aaron cruzou os braços. - Eu fico aqui até esse Beta aparecer. Alguém tem de verificar se algo acontece que mude nossos planos. Alden assentiu. - Fico com você. - Não deixem que ele vos veja. - Disse Daryl. Aaron assentiu. - Pode deixar. Gabriel se aproximou de Daryl. - Sabemos que seu filho está em Hilltop. Irei protegê-lo com a minha vida. Daryl assentiu e depois tocou no ombro dele. - Valeu.
Deixámos Alexandria na manhã seguinte. Eles iriam preparar o pessoal e nós tínhamos de preparar o nosso. Respirei fundo, olhando em frente, e depois escutei algo. Daryl tirou a besta do ombro, mas eu segurei o seu braço. - O que foi? - Perguntou. - Não é zumbi. - Como sabe? - Espera. Ficámos parados no meio do caminho e de repente, um pássaro começou a cantar ao fundo, longe dos nossos olhos. Sorri e olhei ele. - É só o Negan. Daryl negou com a cabeça, enquanto colocava a besta de novo no ombro e recomeçava a andar. - A forma como vocês conhecem o som que cada um faz, até mesmo andando, é sinistra. Eu ri. - Quem mandou me obrigarem a passar tempo com ele? Daryl respirou fundo e eu lembrei que quem dera essa ordem fora Rick. - Desculpa. - Tudo bem. Vou sentir a falta dele. Assenti. - Eu também. Mas ele pode estar vivo. Daryl assentiu e depois me olhou. - Não inventa de morrer naquela guerra. Não aguento se perder você também. Sorri. - Vou fazer os possíveis. - E também não foge com o Negan. A gente não pode perder mais ninguém. Eu ri. - Pode deixar. Não vou sair do seu lado, até porque quero ir no casamento. Daryl franziu o cenho. - Que casamento? - Ora... Você e a Connie... - Deixa de ser besta! Que ideia mais ridícula! - Porque você não aceita que as pessoas gostam de você? Que pode sim, haver alguém que ame você como algo mais do que um amigo ou um irmão? Daryl deu de ombros. - Porque isso é impossível. - Você pensa que é impossível porque seu pai e o Merle sempre disseram isso para você. Mas não é verdade. Você é um cabeça dura, sim, mas é bastante legal. - Pffff, só você pensa isso, porque é louca. - Eu e todos os outros. - Cala a boca, você é irritante. As pessoas na Romênia sempre são assim? Empurrei ele e Daryl riu. Depois me olhou e sorriu. - Obrigado, Neela. Se você não estivesse em Alexandria naquele momento, eu acho que teria saído para procurar o Rick. Respirei fundo. - Eu sei, eu faria a mesma coisa, mas temos uma guerra nas mãos, não podemos abandonar nosso pessoal. Não podemos abandonar o Tyler e a Lydia. Daryl assentiu. - Ainda bem que eu não dei uma flechada na sua cabeça naquele dia, em Atlanta. Eu ri alto e segurei a mão dele. - Claro, você ficou admirando minha beleza e achou boa ideia me manter viva. - Misericórdia. - Disse ele. - Mas ainda bem, Dixon. Ganhei um irmão novo e isso foi a melhor coisa do apocalipse. Daryl soltou a minha mão e colocou o braço em cima dos meus ombros. - Foi, foi sim.