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Negan:

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Negan:

Um mês. Negan estava com Neela á exatamente um mês.
Apesar de ela ter todas as razões do mundo para odiá-lo, Negan não conseguia deixar de pensar que ela tinha toda a razão. Ele fora um imbecil, ele matara a irmã dela e ele gostara. Ele sorriu enquanto Laiane virava e depois, quando obrigou Neela a matar ela com a sua própria arma, de vez. Ele mandara seus homens baterem nela, uma e outra vez, ele não alimentara a garota por três dias...
Apesar de tudo isso, ela enfrentara seus demônios e estava ali, mantendo ele longe dos caras das peles, protegendo ele, mesmo contra sua vontade e começara a confiar nele o suficiente para devolver a Lucille. Isso o deixara surpreso.
Neela era uma pessoa diferente. Todo mundo ficara diferente naquele apocalipse, o fim do mundo tinha revelado o que de pior existia nas pessoas, ele era a prova viva disso. Mas Neela era cheia de vida, cheia de alegria, abaixava a cabeça, mas logo depois erguia e lutava pelo que queria. Ela fazia piada das coisas, cantava, dançava... Era como ver uma criança... só que ela era uma criança que deveria ser levada a sério, porque Neela sabia ser mortifera e Negan achava que Rick ainda não tinha uma noção muito exata disso. Achava que subestimavam ela. E bastante.
Neela era, secretamente, a sua luz no fundo do túnel.
Negan estava um farrapo depois dos seis anos, mas no dia que Neela começara a ir na cave, ele começou a observar ela pela janela. A forma como ela brincava com a Jude, mas também ensinava a menina coisas que mais ninguém ensinava, a forma como ela se relacionava com o Dixon... Depois que Rick ordenara a ela que o protege-se, Negan foi saíndo da escuridão em que mergulhara. A romena tinha o estranho dom de melhorar tudo.
E era engraçado como ela reagia ao apelido que ele dera a ela. Dizia que odiava, mas sempre escutava quando ele chamava ela dessa forma.
Negan sentia que tinha de proteger ela, porque a garota já sofrera mais do que alma no inferno por sua causa.
Nesse momento, Neela entrou em casa, vinda da rua, de melhorar a proteção do portão e olhou ele, sentado no sofá.
Ergueu um pouco o queixo e Negan sorriu.
- Vai passar o dia aí sentado?
Ele deu de ombros. - Que mais tenho para fazer?
Ela sentou do lado dele. - Achar um jeito de matar os das peles. Quero ir para casa.
- Nossa, assim você me ofende.
Neela riu, o melhor som do mundo e levantou. - Tá.
- Onde você vai?
- Espera.
Neela foi na cozinha e regressou com uma caixa cheia de garrafas e sentou de novo, tirando uma e entregando a ele e pegando uma para si.
Inclinou a garrafa na sua direção.
- Vamos acabar com isso.
Negan assentiu e bateu com a garrafa na dela. - Vamos sim.
Os dois beberam e depois ele ficou olhando ela. Seus olhos claros, o cabelo loiro...
- Quer uma foto? - Perguntou Neela.
Ele sorriu. - Não.
- Tá olhando o quê? Imaginando como vai me matar?
Negan suspirou. - Pára com isso. Tive um mês, um mês para matar você e nunca levantei sequer a voz.
Neela riu. - Levantou sim! No dia que tirou meu ipod!
Negan riu. - Você não estava escutando.
Ela assentiu. - Verdade, eu estava me divertindo para caramba e você estragou tudo. - Depois ela olhou ele e Negan viu seus olhos brilhando. - Sabe o que deveríamos fazer amanhã?
- Misericórdia.
- Calma. Escuta. Deveríamos caçar.
Negan franziu o cenho. - Eu não sei caçar.
- Não se preocupa, eu sei, o Daryl me ensinou.
Negan deu de ombros e depois assentiu.
- É... é uma ideia. Mas é seguro ir caçar? E os das peles?
Neela deu de ombros. - Matamos todos.
Negan sorriu e ergueu a garrafa.
- Matamos todos.
Ela brindou com ele e bebeu um gole.
Horas depois, já quase todas as garrafas estavam vazias e Neela falava sem parar, rindo imenso e chorando também, mas maioritariamente rindo.
Negan ficara olhando ela, escutando cada palavra. Ela estava realmente feliz.
- Porquê uma borboleta? - Perguntou.
- Minha mãe... ela gostava de borboletas.
Negan assentiu. - E... ela morreu no início?
Neela assentiu. - Tentando proteger a mim e Laiane. Uns... mortos, pegaram ela. Meu... pai... tentou impedir... Acabou mordido.
- Lamento.
Ela riu. - Eu também. Depois disso, conheci o Dixon. - Ela sorriu e indicou a própria cabeça. - Ele ergueu aquela besta dele e mirou minha cabeça.
- Foi ele quem achou você.
Neela assentiu. - Foi. Foi sim. E agradeço até hoje. Eu.... eu adoro ele. É... meu irmão... de outra... mãe.
Negan riu e esticou os braços, retirando a caixa de perto dela e as garrafas.
- Chega de cerveja por hoje, né? Já bebeu demais.
Neel segurou a sua garrafa. - Não. Qual é Negan? Deixa eu beber. Que mais tem para fazer nesse mundo?
Negan olhou ela. - Dormir e sobreviver, por exemplo.
Ela riu. - Para quê? Para achar um cara e ele roubar tudo de você? Eu que deveria ter morrido.
Negan sentiu um arrepio e sentou de novo. - Deveria ter matado ele.
Neela assentiu e ergueu a mão. - Deveria mesmo, mas o Grimes... O Grimes trocou meus planos, sabe? - Ela riu. - Eu sempre tenho de fazer o que os outros querem que eu faça. Eu sempre tenho de arriscar minha vida, eu sempre tenho de ficar quieta, ou seguir na frente... sempre seguindo ordens.
Negan tirou a garrafa das suas mãos, contra seus protestos e depois ajudou ela a levantar.
Claro que Neela não tinha suas forças normais e Negan teve de segurar ela para que não caísse.
Ela ficou olhando ele e Negan podia ver todos os tons da cor dos seus olhos.
- Tá olhando o quê? - Ele perguntou.
Neela sorriu. - Eu sei que eu estou bêbeda, mas... Você é mais ou menos bonito.
Negan riu. - E você tem, mais ou menos, de ir dormir.
Neela fechou os olhos e Negan segurou ela pelos braços.
- Hey, Romênia! Acorda! Puta merda.
Negan colocou Neela sobre o ombro e ergueu ela, subindo as escadas.
Entrou no quarto dela e deitou a garota na cama.
Ela rolou, mas continuou dormindo.
Negan ficou ali, observando ela.
Neela não podia morrer, nada podia acontecer com ela.
Ele não sabia o que pensar, só sabia que tinha de protegê-la, seu corpo dizia isso a cada dia, a cada instante, de cada vez que olhava ela. Nada podia chegar nela.

Heart By HeartOnde histórias criam vida. Descubra agora