Atualmente.
Aalya Carter, herdeira do caos.
Eu tinha 15 anos quando aceitei a porra da proposta de Eron, o Rei de Hybern. Assim que eu aceitei sua proposta totalmente deturpada, o mais velho me levou para um quarto no castelo.Fui medicada, alimentada e pude tomar um banho. Ele me deu uma semana de descanso, me lembro vagamente.
Logo depois disso foi treinamento atrás de treinamento. Pela manhã eu treinava meus poderes, pela tarde me ensinava a combater e ao anoitecer era me ensinado sobre meus escudos mentais.
Pouco a pouco a arma que eles criaram estava crescendo. Cada missão em campo eu saia vitoriosa, com um banho de sangue nas costas. Minhas mãos eram sujas. As sujei ao comando do rei.
Minha primeira missão foi capturar a família de um espião de Eron, a missão era para obter os dados.
Peguei sua família e os levei até o rei, não sabia que era apenas a primeira parte da missão. Não sabia que teria que torturar e assassinar. Não na frente do espião.
Meu primeiro foi essa missão, assim que a acabou, fui até o banheiro e me esfreguei até que meus braços foram até o vermelho vivo. Eu tinha 15 anos, foi mesmo ano.
Não podia falhar em missão, se falhasse, era castigada pior.
Logo veio a guerra contra os Grão-Senhores, não participei. Eron me disse que eu não estava pronta, que ainda não estava no meu potencial. Ele foi e não retornou mais, agradeci à Mãe e ao Caldeirão.
Minha alegria não durou por muito tempo, logo depois Phillip assumiu o trono. O primogênito de Eron, tão cruel e tão perverso quanto o pai, se não for mais. Que a Mãe proteja quem o desrespeitar.
Pouco a pouco fui conquistando a confiança de Phillip, logo sentava à mesa de jantar com ele. Logo me tornei seu braço direito e sabia de todos os seus planos.
– Aconteceu algo, Aalya? Mal encostou na comida, não está do seu agrado? – Phillip me pergunta me tirando dos meus devaneios.
– Não, meu senhor. Está ótimo, apenas estou cansado do treinamento de hoje. – Respondi inexpressiva, não tem o rosto que nenhuma emoção, se chegasse isso seria usado contra mim.
– Entendo, bom, queria conversar algo com você.
Que a Mãe me proteja.
– Ocorreu algo, meu senhor? Algum problema?
Odiava chamá-lo de tal forma.
- Não não. Estava observando algumas coisas ultimamente. Não tenho mulheres qualificadas o suficiente para se unir a mim e me dar um herdeiro qualificado e poderoso o suficiente. – Ele fez uma pausa ao tomar um gole do vinho em sua taça – Estava analisando as opções em potencial e pensei em você.
Prendi a respiração.
– Meu senhor, não estou entendendo aonde quer chegar.
– Vamos, Aalya. Não banque a inocente. Eu quero que se case e que tenha um herdeiro comigo. Não restam opções, apenas aceitas. Pense comigo, viraria rainha e teria uma vida melhor do que já tem, você é o ser mais poderoso que pisou neste mundo. Sou poderoso o suficiente para ser digno ao seu poder, nosso herdeiro seria invencível!
Ele ficou maluco? Nunca que eu vou me casar com esse lunático. Irei fugir daqui, já queria antes mesmo. Parto hoje à noite.
Devo ter esperado demais para lhe dar sua resposta.
– O que me diz, Aalya?
Eu sei que se negasse seria muito pior, então dou a ele o que ele quer.
– E-eu aceito, meu senhor. Será uma honra me casar com você. – O sorriso que recebo em retribuição me dá arrepios.
– Nos casamos depois de amanhã! – Sorrio para ele com uma falsa alegria, mas não deixo ela chegar aos meus olhos.
Só nos seus sonhos, seu doente!
– Posso retirar? Tenho que estar disposta para resolver as coisas do casamento amanhã.
Ele sorri e concorda e eu saio da mesa me controlando para não correr para os meus aposentos.
Assim que entro no quarto eu protejo o mesmo com uma barreira para que não escutem e nem entrem.
Pego uma bolsa mediana e coloco o essencial. Coloco roupas, adagas menores, alguns produtos de higiene e alguns livros.
Pego minha espada e coloco em minhas costas. Espero dar o horário da minha troca de guardas e preparo a fuga.
Quando eu estou perto de sair, batem em minha porta. Escondo rapidamente a mochila em meu armário e desfaço o feitiço. Logo a porta do meu quarto é aberta por Phillip. Mas tinha algo diferente em seu olhar, algo mais sombrio que o normal.
- Vim ver se estava tudo bem com você, não te vi desde que saiu da mesa. Estranho sua preocupação, ele nunca ligou se eu estava bem ou não e posso contar quantas foram as vezes que ele veio ao meu quarto para falar comigo.
- Eu estou bem, meu senhor. Estou pensando em algumas coisas sobre o casamento. - Coisas como fugir daqui - Como será depois de amanhã, tenho pouco tempo parar organizar tudo.
- Não se preocupe. meu amor. Tudo está sendo resolvido pela Nadine. Não vim falar sobre o casamento com você, bom, em parte, sim. Vim firmar isso com você, é uma tradição hyberniana.
Minha espinha fica gélida e eu me recordo qual é essa tradição. Não quero, isso não pode acontecer!
- A tradição de deixar a fêmea com o cheiro do macho antes do casamento... - Sussurro mais para mim do que para ele - Meu senhor não estou me sentindo muito bem para isso no momento.
Me levanto e vou até a janela de meu quarto e vejo que a troca de guardas já aconteceu, seguro o gemido de frustração. Quando menos espero, Phillip está em minhas costas afastando meu cabelo de meu pescoço e distribuindo beijos pelo local.
- Será rápido, meu amor. Você não irá sentir nada!
Logo após ouvir isso, sinto uma picada em minha coluna. Me viro rapidamente e a última coisa que vejo é o rei me segurar em seu colo e me deitar na cama com um sorriso perverso.
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Oii, gentee!! Tudo bem??E aí, o que acharam do capítulo de hoje??
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Corte de Caos e Sangue - Azriel
FantasyAnos se passaram após a guerra e todos vivem sua vida feliz em Prythian, todos com seus parceiros, todos em paz. Todos menos Azriel. Sua cabeça vem sendo sua maior inimiga constante, todos os dias pede por alguém que possa o salvar desse martírio di...