Capítulo 19.

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Atualmente.
Azriel, mestre espião da Corte Noturna.
Aalya estava com um sorriso presunçoso em seus lábios, o sorriso de uma predadora que havia conseguido sua presa.

– Ah, vamos, Elain! Fale na minha frente que sou um monstro ou que sou perigosa! Ande, peça para Azriel se afastar de você porque sou uma assassina e machuquei seu lindo e delicado pescoço! – A fêmea se aproximou. – Escute bem, você pode ser irmã de uma Grã-Senhora, mas isto não significa porra nenhuma para mim! Portando, sua cobrinha, fique longe do meu caminho ou lhe darei reais motivos para me chamar de monstro!

Elain parecia não ter mais sangue em seu rosto, havia ficado completamente branca. Aalya sorriu com o cheiro do medo da feérica e se direcionou a mim:

– Vamos, encantador? – Seu tom de voz foi sensual e provocativo.

Assenti e saí de perto de Elain, seguindo para porta. Mas não antes de ver Aisha e Lucien no andar de cima rindo da cara de Elain.

Neguei com a cabeça soltando um sorriso de lado e acompanhei Aalya até a beira da escada.

– Vamos voando? – Ela indagou arqueando uma sobrancelha.

– A menos que a senhorita queira descer dez mil degraus, sim. – Respondi dando de ombros.

Ela riu e se aproximou colando nossos corpos:

– Não me deixe cair, encantador. – Ela levou seu olhar para minha boca.

Me aproximo ainda mais e olho na imensidão dos seus olhos e sussurro:

– Nunca.

Ela dá um pequeno sorriso e eu a surpreendo pegando-a no colo e alçando vôo.

Seu grito é abafado pelo som do vento e eu paro um pouco acima da cidade, ela abre a boca e solta um pequeno suspiro.

– Você é completamente maluco! – Eu sorrio e ela também. – Mas aqui em cima é indescritível, Azriel. Obrigada pela vista que você me proporcionou! Agora, aonde vai me levar?

– Bom, é uma surpresa, mas espero que goste de música. – Seu sorriso iluminou seus olhos e ela ficou radiante.

{...}

Não demorou muito para chegarmos ao teatro que eu havia planejado levá-la.

Assim que pousei no chão, Aalya ficou admirada com a estrutura do local. Sua estrutura era antiga, luzes amarelas iluminavam as paredes em forma de espirais, o tapete vermelho para a entrada do salão dava um charme a mais.

Aalya estava admirada, podia perceber isso no brilho de seus olhos, os olhos que pareciam esmeraldas.

Os olhos que haviam me enfeitiçado.

Nos dirigimos ao caixa e paguei pelos ingressos, fiz questão de pegar os melhores assentos do teatro.

– Então quer dizer que a ruivinha luta muito bem? – Ela riu pelo apelido.

– Agradeça a Hybern por isso. Digamos que eu não tive muito descanso desde que cheguei lá. – Ela disse dando uma risada triste. – Mas e você? Como se tornou um dos maiores guerreiros illyrianos? – Disse dando ênfase no final da frase.

Eu ri e nos sentamos em nossos devidos lugares.

– Bom, quando conheci Rhys e Cass, eles já se conheciam e sabiam voar. Eu era novato no acampamento illyriano. Assim que cheguei, apanhei dos dois e depois eles viram que eu não me defendia de modo algum, eles também viram que eu não sabia usar as minhas asas. Então, me ensinaram tudo, a mãe de Rhysand foi minha segunda mãe. Ela me acolheu quando ninguém mais quis. – Sorri fraco lembrando de nossos momentos. – Éramos um quarteto incrível.

Corte de Caos e Sangue - AzrielOnde histórias criam vida. Descubra agora