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Atualmente.
Aalya Carter, herdeira do caos.
Meu sangue esquentou em minha batalha com Cassian. Foi uma luta boa, porém curta.Admito que fiquei um pouco surpresa com Nestha me desafiando, achei que a feérica fosse um pouco mais inteligente. Nem sempre é uma boa escolha querer ser superior.
Quando Nestha tentou me atingir com seu punho envolto do seu poder, posso ter ficado um pouco surpresa, porém não deixo transparecer. Ela realmente ainda é forte, mesmo depois de ter perdido parte de seus poderes.
Puxo-a para mais perto e sussurro em seu ouvido:
- Pelo visto Cassian não está tão satisfeito, ele anda muito ranzinza, Ness. Se quiser, posso montá-lo para ver se isso resolve.
Vi o seu rosto empalidecer e logo o ódio tomar conta de seu rosto. Nestha não me deu tempo para pensar e acertou um soco em minha boca. O gosto metálico invadiu.
Passei a mão no canto do lábio e neguei sorrindo.
- Cometeu um erro, Archeron. Vai aprender que não sou como seu parceiro treinando.
Ela se afastou e sorriu ironicamente e disse:
- O que foi, Aalya? Não aguenta o soco de uma criança?
Apenas neguei e não a dei tempo o suficiente para armar a posição de defesa. Um soco foi desferido em seu rosto, um soco que deslocaria o rosto de um humano facilmente.
Nestha não perdeu tempo e colocou sua arma contra a minha. Sua espada me empurrou para longe e ficamos dando voltas. Éramos duas predadoras. Uma tentando fazer com que a outra se tornasse uma presa, mas nenhuma estava disposta à ceder.
O olhar de chamas prateadas, o olhar cujo os illyrianos se curvavam. O olhar da morte encarnada. Fico impressionada com o clima no local. A morte pairava no ar.
Eu e ela seríamos boas amigas, se dependesse dela.
- Impressionada, Carter? Não posso dizer o mesmo, esperava mais da tão temida dona do caos. - Senti o tom irônico em sua voz.
- Não posso dizer impressionada, Archeron. Você impressiona aos fracos. Para o seu azar, não me impressiono facilmente. É a dona da morte? Acha que me impressiona? Sinto muito, esse show não funciona comigo.
Parti para cima sem nem ouvir uma de suas respostas completamente cheias de veneno. Quando a vi lutar, percebi que Nestha possuía uma fraqueza em sua perna esquerda.
Me aproveitei da oportunidade e chutei sua perna fazendo a mesma reclamar da dor, quando ela caiu com o chute, dei uma cotovelada em seu nariz. Instantaneamente vi o sangue escorrer pelo mesmo.
Nestha colocou a mão em seu nariz e viu o sangue nele, ela olhou para mim e negou.
Eu sorri e disse:
- Esperava mais da Senhora da Morte, Nestha. Creio que precise de mais aulas.
A feérica ciciou um xingamento e saltou em minha direção e pulou por cima de mim, quando Nestha pousou no chão, não tive tempo de me virar e ela acertou um chute em minha coluna.
Grunhi de dor e logo me levantei e larguei a espada de lado. Nestha partiu em minha direção e só tive tempo de bloquear seu soco. Ela me derrubou e montou em cima de mim me dando socos.
Estava começando a me irritar.
- Pelo visto Hybern não foi tudo isso, Aalya. Tem certeza que sofreu lá?
Já chega.
Comecei a notar o ritmo de seus socos e ver que ela estava ficando lenta. Estava cansada, ótimo. Quando ela tentou acertar mais um soco, segurei seu punho e torci para direção contrária. Ouvi Nestha gemer pela dor do quase deslocamento de seu pulso.
Ela se ajoelhou e eu me levantei. Nestha tentou pegar sua espada e eu dei um chute em sua mão e ouvi um osso se romper. Passei seu punho pelas costas da mesma e a ajoelhei fazendo com que sua cabeça encostasse no chão, de costas para mim.
Ouvi seu rosnado de reprovação e me aproximei de seu rosto:
- Espero que nunca mais ouse abrir sua boca para questionar o inferno que passei em Hyber, Archeron. Não aguentaria um dia lá! Você não é absolutamente ninguém para questionar meu sofrimento. Não tem o mínimo direito de me julgar quando vive as custas de sua irmã, quando foi tão covarde ao ponto de ficar em casa tendo uma vida de madame quando sua irmã de 14 anos caçava na floresta. Saiba que não quebrei todos os seus ossos hoje pela sua família. Pelo seu parceiro, ele é bom demais. Deveria aprender um pouco com ele! - Soltei a mesma e saí do ringue com todos me encarando.
Fui em direção ao saco de areia e comecei uma sequencia de socos e chutes sem parar. Cada soco que eu dava era uma lembrança. Cada chute era uma tortura.
"- Você deve matar a família deste homem. Quero que torture seu filho na frente dele, Aalya. - Eron exigiu de mim. - Não aceitarei erros. Se errar, você sofrerá as punições!"
Um soco foi desferido no saco.
" - Eu e você vamos nos divertir muito nas suas punições, Aaly! - Um sorriso sádico apareceu no rosto de Christian enquanto ele enfiava uma faca em minha perna."
Um chute.
"Dias dentro de uma cela sem poder me mover. Estou há dias sendo drogada e espancada."
Não existiam mais proteções em minha mão. Estava tudo em carne viva.
"- Poxa, Aalya. Achei que tivesse sido bem claro quando disse que não iria permitir que fugisse de mim! Agora terá o que merece por ter sido uma criança mal criada. Christian vai cuidar de você!"
Paro de acertar o saco quando vejo que tem uma mão no meu ombro. Paro de acertar o saco quando sinto meu rosto ser molhado pelas lágrimas. Paro quando vejo que destruí o saco de areia que estava a minha frente.
Me viro e encontro Aisha com um olhar compreensivo. Eu abro a boca para pedir para ela ir embora quando ela me abraça forte.
Fico em choque pela ação, mas não demoro muito e retribuo o abraço. Eu não fazia ideia do quanto precisava disso. Choro com todas as minhas forças, os soluços me impossibilitam de falar. Apenas fico no abraço de Aisha e sinto ela afagar meus cabelos e dizer:
- Está tudo bem, Aaly. Você não está mais sozinha, eu estou com você agora. Vai ficar tudo bem. - Não a respondo, ela sabe que eu entendi.
{...}
Aisha me trouxe para o meu quarto junto com Drogon e me deu um banho. Ela não fugiu quando eu estava no meu caos. Ela se importou.
Agora estou deixando que ela penteie meus cabelos enquanto eu conto para ela o que aconteceu com Azriel na cozinha. Drogon está com a cabeça em minha perna enquanto eu faço carinho.
- Então você simplesmente deixou um macho daquele na vontade, Aalya? - Ela perguntou demonstrando sua indignação. - Pela Mãe, você é maluca!
Eu apenas ri e confirmei.
Quando ela ia dizer mais algo, alguém bateu em minha porta nos fazendo tomar um susto. Quando permito que a pessoa entre, Azriel se revela na porta.
Faço uma cara de surpresa e Aisha também. Ele não espera muito e diz:
- Até aonde eu sei, você me deve um encontro. - Azriel disse isso me deixando completamente sem estruturas.
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Oii, gentee!! Tudo bem??
Aí tá o capítulo que não postei ontem. Espero que gostem! Não esqueçam de bater a meta, só poderei postar quando ela for batida!Beijos,
Autora.
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Corte de Caos e Sangue - Azriel
FantasyAnos se passaram após a guerra e todos vivem sua vida feliz em Prythian, todos com seus parceiros, todos em paz. Todos menos Azriel. Sua cabeça vem sendo sua maior inimiga constante, todos os dias pede por alguém que possa o salvar desse martírio di...