Corte de Caos e Sangue - Azriel

Capítulo 38.

Atualmente.
Azriel, mestre espião da Corte Noturna.

Me engasgo com a saliva no segundo seguinte após a revelação de Aalya.

Como ela sabia?

– Vamos, encantador. Estou esperando uma resposta, e espero que seja convincente.

Respiro fundo e tento me acalmar, tento evitar pensar nas diversas possibilidades de dar tudo errado com uma única palavra errada.

– Descobri que você era minha parceira no primeiro segundo que te vi naquela floresta. Estava totalmente estagnado, não conseguia pensar em outra coisa que não fosse ter encontrado minha parceira, mas aí tivemos todos os nossos problemas. A guerra eminente de Hybern, seus conflitos com Elain e alguns com Nestha, tudo isso foi me fazendo guardar isso para mim. – respiro fundo e olho em seus olhos – Mas o maior dos motivos foi o medo de uma possível rejeição, o medo de você me recusar por ser quem sou.

Ela me interrompe e pergunta:

– E quem você é?

– Um torturador, alguém desprezível e que ninguém gostaria de estar amarrado pela eternidade. Alguém que você sentiria nojo. Quer dizer, olhe para mim, sou uma pessoa de dar repulsa, Aalya. Você não vai querer alguém assim!

– E quem é você para decidir isso por mim? – meu coração errou uma batida – Azriel, sabe o que eu vejo em você? Vejo um macho disposto a fazer de tudo por aqueles que ama, vejo um macho altruísta, um macho bom. Um macho que sofreu demais, um macho que foi enganado por uma fêmea e por isso acha que não é o suficiente, mas me escute bem, você é! – minhas mãos tremem inquietamente – E é uma honra ser sua parceira, não posso dizer que estou apaixonada por você e que estou aceitando o laço, mas gostaria de tentar. Quero te conhecer e quero que me conheça, mas só se você estiver disposto a tentar também.

Não espero minha parceira falar mais nada, somente avanço e tomo seus doces lábios para mim.

O beijo se encaixa por completo, tenho a sensação de estar voltando para casa depois de anos. Anos de luta, rejeição e de pensamentos que eu não era o suficiente, pensamentos que eu não seria bom o suficiente.

Mas eu serei o melhor para ela, serei o melhor parceiro que ela possa imaginar.

Nossas línguas dançam em uma lenta música, em uma calma melodia. Um beijo lento e carinhoso, seguro em seu pescoço com delicadeza e aos poucos me desfaço do beijo por causa da falta de ar.

Deixo beijos curtos em seus lábios e vou espalhando por todo seu rosto. Escuto uma risada gostosa de minha parceira.

"Minha parceira."

"Minha igual."

Finalmente a encontrei.

– Az, embora eu queira me agarrar com você, nós temos que focar na missão agora. Temos que tomar cuidado com os guardas. Quando chegarmos em Velaris e fizermos o relatório, serei toda sua.

Sorrio maliciosamente e digo:

– Será minha por dias, não conseguirá andar depois que eu saciar a minha vontade.

A fêmea a minha frente se aproximou da minha boca e sugou meu lábio inferior, dando a entender que estaria disposta a fazer tudo o que eu quisesse.

{...}

Estávamos na árvore há algumas horas e nada havia acontecido. Nenhuma movimentação estranha, nenhuma mudança, absolutamente nada.

– Eles devem ter algum treino pela manhã, vamos descansar. Eu pego o primeiro turno para vigiar se algo acontecer. – eu disse para minha parceira – Se houver alguma mudança, te acordo.

Ela concordou com a cabeça e se aproximou da minha boca, deixando um leve selar em meus lábios.

– Boa noite, meu bem. Qualquer coisa me chame.

Eu sorrio contra os lábios da ruiva e respondo:

– Boa noite, minha deusa. Durma bem, estarei aqui se precisar.

Vi algo mudar em seu olhar, um sentimento diferente pairou dentro de minha parceira.

Quando ia perguntar o que havia acontecido, uma flecha atravessou a árvore que estávamos e atingiu perto do rosto de Aalya.

– Nos encontraram!

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Oii, gente! Tudo bem com vocês?

Espero que tenham gostado do capítulo, nosso casal tá evoluindo 🥹🥹🥹
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Beijos,

Autora.