Capítulo 21.

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Atualmente.
Aisha, curandeira da Corte Noturna.
Quando nos identificamos com alguém, quando a conexão bate, é algo indescritível, não é mesmo? Foi isso que aconteceu entre mim e Lucien.

Seu humor sarcástico e a fora como faz piadas com os sofrimentos de sua vida fez com que eu me identificasse e com que eu me interessasse pelo mesmo.

Tirando sua beleza, Lucien definitivamente é um macho encantador. Um "colírio" para os olhos. E, sinceramente, ver como Elain o trata me fez desgostar mais da fêmea. Lucien é incrível, pude perceber isto em poucos momentos com ele.

- Mas então, Aisha. Já falei tanto sobre minha vida, fale-me mais sobre você. O que a trouxe para a Corte Noturna? - Ele parou de sorrir e me encarou esperando uma resposta.

Respirei fundo e disse:

- Bom, digamos que você não seja o único com uma família problemática por aqui, Lucien. Meu pai é um senhor ganancioso, meu tio é um macho desprezível. Ele enviou uma carta dizendo precisar de ajuda em sua estalagem e disse que pagaria meu pai por isso. Meu pai me enviou e não havia trabalho algum para ser feito. Preencha as lacunas por si só!

Meus olhos lacrimejaram e eu abaixei a cabeça sentindo o peso de todas as memórias. Não evitei quando uma lágrima desceu.

- Seu tio e seu pai, se é que podem serem chamados de tal coisa, terão tudo o que merecem um dia, Aisha. Irei garantir isso por você! Te conheci hoje e há muito pouco tempo, porém pude enxergar o quanto é incrível, mas também pude ver o quanto está quebrada por dentro. Permita-me e irei ajudá-la e você fará o mesmo comigo. Não merecemos um final feliz?

Sorri e concordei com a cabeça, senti o mesmo se aproximar e vi em seu olhar um pedido de permissão. Um pedido para que eu não ficasse desconfortável.

Não esperei por mais nada e puxei o macho ruivo para um abraço apertado. Me permiti chorar e molhar a lapela do macho. Ele apenas fez carinho em meus cabelos e disse que tudo iria ficar bem. Disse que agora eu o tinha ao meu lado.

E isso bastou.

{...}

Os cabelos que eram ruivos agora estavam brancos. Literalmente.

Não consegui segurar e gargalhei alto o suficiente para toda casa ouvir.

Ele havia dado a ideia de fazermos panquecas, já que havia tempo que o mesmo não comia. Eu aceitei e fui trocar de roupa enquanto ele ficou na cozinha sozinho por míseros minutos. Quando eu voltei encontrei Lucien completamente besuntado de farinha e um olhar envergonhado com suas bochechas coradas, como se fosse uma criança que havia feito coisa errada.

Era uma cena completamente adorável de se ver.

- Não posso sair por alguns minutos que você faz a festa? Terei que mandar Drogon cuidar de você?

Seu olhar tomou um ar de indignação e ele apontou para o animal, que por sinal, também estava sentado ao lado de Lucien com o rabo entre as patas.

- Como ousa dizer isso? FOI ESSA BESTA QUE ME DERRUBOU! - Ele disse claramente chateado, porém com divertimento no tom.

- Não acho que Drogon faria isso, ele é sempre tão calmo...

Lucien pôs a mão em seu peito e disse:

- Está duvidando de mim, Aisha? Esse animal que me derrubou! Ele tem que ser mais delicado, esse brutamontes!

Drogon olhou para ele com uma cara engraçada, como se pudesse entender o que dizíamos e depois grunhiu algo em forma de protesto.

Eu ri e neguei com a cabeça.

- Os dois devem limpar esta bagunça e depois, somente depois, faremos as panquecas. E apenas se estiver bem feito!

Eles dois se olham e começam a limpar, fiquei sentada observando enquanto eles arrumavam tudo.

Era engraçado de se ver, as vezes eu via Luuien chutar Drogon e via Drogon empurrar o mesmo com seu traseiro.

- Acabamos, madame!

Eu ri e segui em direção a pia, aonde os ovos estavam apoiados. Lucien saiu de perto de mim, mas não saiu antes que eu escorregasse em um pouco de farinha. Não saiu antes que Drogon o empurrasse em minha direção para segurar-me.

Centímetros. Era isso o que nos distanciava. O olhar de Lucien saiu de meus olhos e seguiu até a meus lábios.

Fiz o mesmo, era inevitável não de interessar por ele.

- O que você pensa que está fazendo com o meu parceiro, sua vadia?!

Quase salto dos braços musculosos de Lucien. Ouvi Drogon rosnar de maneira brutal para Elain e o vi mudar para um tamanho maior de onça. O animal passou a língua entre os dentes afiados e rosnou novamente para a feérica, que por sua vez, empalideceu.

Fiz um sinal para Drogon e o mesmo veio para meu lado.

- Quem pensa que é para falar com Aisha desse jeito, Elain? Sou seu parceiro, mas não tenho nada com você! Aliás, você mesmo já deixou isso claro!

Ela sorriu e disse:

- Mas eu mudei de ideia! Quero você comigo, Lucien! Não com essa daí. - Olhou para mim com desdém e eu respirei fundo me controlando para não enfiar o soco em sua cara. - Ela e a outra aberração só chegaram para tirar a paz que estávamos tendo! Não vê como Aalya está com Azriel? E não vê como Aisha está com você em tão pouco tempo?!

Eu ia respondê-la, mas Aalya chegou e fez isso por mim.

- Já está indo para cima de Lucien, florzinha? Cuidado, quem muito quer, sem nada fica! Achei que seu foco fosse o encantador. - Elain se virou e encontrou Aalya escorada em uma pilastra da sala, o cheiro de Azriel em seu corpo infestou o local e pude ver o ódio crescer em Elain. - Achei que tivesse aprendido que não se deve falar mal dos outros pelas costas.

Aalya lançou uma rajada e Elain foi para o outro lado da sala.
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Oii, gentee!! Tudo bem??
Espero que tenham gostado! Esses dois merecem ficar juntinhos e tem todo o meu coração! Nosso Lulu vai ser feliz sim! Eles são endgame SIM!

Beijos,

Autora.

Corte de Caos e Sangue - AzrielOnde histórias criam vida. Descubra agora