Corte de Caos e Sangue - Azriel

Capítulo 35.

Atualmente.
Aalya Carter, herdeira do caos.
O abraço do encantador se desfez depois de um tempo entrelaçado em meu corpo. A sensação vazia preencheu o meu peito imediatamente.

Não queria soltar daquele abraço nunca.

O silêncio desconcertante invadiu o local e Azriel coçou sua nuca.

– Mas bom, você quer que eu te ensine a voar, certo?

Confirmo com minha cabeça e em seguida questiono:

– Como vamos fazer isso no local de treinamento? Achei que iríamos para algum planalto.

– Acha mesmo que vou fazer que nem fiz com Feyre? Precisamos fortalecer seus músculos antes, ruivinha. Primeiro de tudo, conjure suas asas.

Com meio pensamento consigo conjurar minhas asas. Azriel para por alguns instantes e admira minhas asas.

– São muito belas, estou encantado.

O elogio me desconcerta por alguns instantes e sinto minhas bochechas esquentarem levemente, mas logo me recomponho e me dirijo ao encantador:

– Você vai me ensinar a voar ou não? Vamos logo, quero sair voando!

O moreno a minha frente sorri e nega com a cabeça, em seguida murmura algumas palavras que não consigo compreender.

– Primeiro levante suas asas, quero ver a força que você possui em suas costas.

Com um esforço considerável eu consigo levantar minhas asas, porém as mesmas não ficam cinco segundos antes de cair novamente.

– Como você quer sair voando se nem consegue manter suas asas em pé? Vamos trabalhar seus músculos, vamos fortalecê-los e depois pensaremos em sair do chão, tudo bem?

Bufo e assinto contra gosto.

– Quero que deixe suas asas em pé o máximo de tempo que conseguir.

Afirmo e começo o exercício. Minhas costas doem com o esforço que faço e acabo soltando um gemido sôfrego em forma de reclamação.

– Não consigo por muito tempo, são pesadas demais.

Vi um sorriso irônico se formando nos lábios de Azriel.

– Então a temida herdeira do caos, dominadora de sangue e filha dos maiores guerreiros que já existiram não consegue ficar com as asinhas em pé? Devo assumir que esperava mais de você, Aalya Carter. – Ele nega com a cabeça.

Uso a provocação como estímulo e levanto minhas asas e, mesmo sem a ordem, começo a bater levemente. Logo consigo ficar poucos centímetros no ar, com esforço consigo subir mais um pouco e assim consigo ir voando.

Vejo um pequeno sorriso no rosto de Azriel, o feérico logo se junta a mim e começa a bater suas majestosas asas, me causando um pouco de inveja pela facilidade que ele tem.

– Quero treinar e conseguir voar com a mesma facilidade que você e Cassian tem. Fiquei com um pouco de inveja, tenho que assumir.

Azriel soltou uma gargalhada gostosa de ouvir e me respondeu:

– Só um pouco de treinamento, ruivinha. Só mais um pouco e você vai conseguir voar tão alto quanto a gente consegue.

Assinto e reduzo a velocidade das batidas de minha asa, e consigo pousar perfeitamente.

– Mais algum exercício ou alguma dica? – indago ao meu "professor".

– Continue treinando, tenha constância e assim vai evoluir. Sempre que eu puder, te ajudarei e darei algumas dicas, certo?

Assinto com a cabeça e logo faço minhas asas desaparecerem.

– Quer comer alguma coisa? Posso cozinhar algo para nós dois comermos.

Azriel se engasgou com sua própria saliva.

– Voc-você quer cozinhar pra mim?

Eu assenti com a cabeça e disse:

– Corrigindo, quero cozinhar pra nós dois. Deixe de ser guloso!

Ele riu novamente e disse:

– Vamos cozinhar então.

Quando entramos na casa, conseguimos ouvir a porta bater e eu fui abrir. Quando abri a porta, vi algo que jamais esperaria.

Minhas mãos suaram com a caixa em minhas mãos. Meu coração acelerou e minha visão embaçou.

– O que é isso, Aalya?

Senti a bile em minha garganta quando levantei o pedaço da corrente com meu sangue. A corrente em que fui presa e torturada.

– Phillip me encontrou.

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Olha quem voltou depois de meses?
Oii, gente! Tudo hem com vocês?

Me perdoem pelo tempo longe, passei por muitas coisas e não conseguia escrever, estou voltando aos poucos. Mas vou continuar aqui! Gostaram do capítulo de hoje?

Beijos,

Autora.