Atualmente.
Aalya Carter, herdeira do caos.
Não me recordo de muitas coisas que aconteceram. Apenas me lembro do Grão-Senhor ter aberto a porta, me recordo de ter visto Drogon feito no chão chorando e agoniando de dor. Me recordo de ter visto a irmã Archeron com uma adaga em sua mão.Lembre-me de ter analisado a cena, vi o sangue de Drogon no chão, uma poça. E então eu explodi em fúria, puro caos e dominação. O cunhado da feérica tenra me apagar novamente.
Para sua sorte, ou não, não me rendi ao mesmo truque duas vezes. Não mesmo, não quando sua doce e frágil cunhada machucou o meu animal. O afastei com meio pensamento e me envolvi em uma barreira invisível com Elain Archeron.
Ela deu um grito e tentou dar um tapa em meu rosto.
Ri com escárnio de sua atitude patética e rosnei.
- Patética.
Seus olhos se arregalaram quando viu que meus olhos se tornaram vermelho escarlate. Seu cheiro mudou para pavor puro. Ela estava aterrorizada, ótimo.
Me aproximei de seu rosto e grunhi:
- Da próxima vez que encostar em algo ou alguém que eu amo, Elain Archeron, é melhor que use suas patéticas pernas para correr o mais longe possível. Ou use toda essa sua gentileza para conseguir uma proteção miserável do seu Grão-Senhor, porque eu juro pela Mãe e pelo Caldeirão, vai implorar para nunca ter nascido.
Ela não responde nada, apenas emite alguns sons devido a falta de ar que está sentindo. Sua pele que era meio bronzeada, agora está quase azul. Permito que uma parte do meu poder flua em minhas mãos formando uma bola vermelha.
Escuto passos atrás de mim e logo atrás de todos os passos atrás de mim estão atrás de mim. Todos preocupados com uma ameaça a linda e frágil Elain Archeron.
Escuto sua irmã dizer:
- Acho bom soltar a minha irmã se não quiser morrer, sua vadia estúpida.
Ela acha que pode me matar? Que fofo!
Desfaço uma barreira invisível e me viro para uma fêmea, seus olhos de cabelos castanhos dourados estão completamente prateados e um ar de morte emparelhando pelo ambiente.
Prendo Elain na parede e digo:
- E quem vai me matar? Você?
Ela rosna e até mim, cruzo meus braços e faço uma cara de tédio quando Nesha tenta me atacar.
- Por favor, controlem sua fera. - Disse sem dar importância.
Apenas levanto um braço e faço um movimento com meu dedo e a fêmea é atirada para o outro lado do jardim.
Escuto o arfar de todos apresenta e o rosnado de seu parceiro, de sua irmã e do mestre espião. Todos se preparam para me atacar e correr até mim. Mas Drogon, independente de seus ferimentos, se levanta e rosna para eles de volta.
Eles não parecem ligar para o meu animal e avançar, mas não antes de Drogon se transformar em um majestoso e gigantesco dragão. Ele pousou ao meu lado e emitiu um rosnado que as paredes estremeceram.
Um rosnado poderoso que jurava morte a quem encostasse em mim.
- Puta merda! - O general disse.
Logo um vento de escuridão passou por todos nós. Rhysand.
- Parem com isso agora! - Era a voz do Grão-Senhor, a voz que todos os seus súditos obedeceriam, assim eles fizeram. Todos saíram da posição de ataque e se tranquilizaram e largaram suas armas. - Aalya, você já está com seu animal. Vamos atrás da sua amiga e depois iremos conversar como pessoas civilizadas e sem tentar matar uns aos outros. - Ele disse olhando para Nestha e para mim.
Dou de ombros e passo o meu olhar para Drogon, ele logo entende e volta a sua forma de pantera e permanece ao meu lado.
O olhar do mestre espião recai sobre mim e eu arqueio uma sobrancelha em questionamento. Ele parece perdido em seus pensamentos, mas logo volta ao normal quando Rhysand passa por ele e por seus amigos.
Sigo a deixa e vou atrás dele com Drogon ao meu encalço. Quando ele passa por Nestha e por Cassian ele solta um rosnado.
- Drogon, vamos. Sem rosnados. - Ele parece resmungar algo em resposta como se eu pudesse entendê-lo de alguma maneira. Escuto Cassian sussurrar algo como "Pela Mãe." e eu dou uma risada em meus pensamentos e sigo meu caminho.
Creio que os outros irão ficar para ajudar a florzinha caída no chão.
{...}
Com todos reunidos em uma sala que julgo ser de reunião, Rhysand me encara e eu arqueio as sobrancelhas querendo saber o que ele espera que eu faça. Ele bufa e revira os olhos e logo começa a dizer:
- Acho que todos começamos com o pé esquerdo nesta relação. Vamos nos desculpar uns com os outros e começar isso da maneira certa, por favor.
Junto as minhas sobrancelhas e rio debochadamente. Nestha fica surpresa com a fala de seu Grão-Senhor e diz:
- Se alguém nos deve desculpas, é essa garota. Ela chegou, agrediu ao meu parceiro e ao meu melhor amigo e depois agrediu minha irmã. Não fiz nada de errado para pedir desculpas! - Ela ergueu seu queixo e sua postura com um ar de superioridade.
- Olha só, eu cheguei aqui e puseram uma faca em meu pescoço sem eu ter feito nada. - Olhei para Azriel. - Vocês colocaram o meu animal para dormir e depois ele foi esfaqueado pela sua linda e doce irmã, o que eu fiz com ela foi pouco! Quem me deve um pedido de desculpas são vocês!
Drogon rosnou em concordância.
- ELA ESTAVA ASSUSTADA! - Nestha gritou.
- ELE ESTAVA APAGADO! VOCÊS CHUTAM CACHORRO MORTO AGORA? SUA IRMÃ TEM QUE COMEÇAR A SE RESPONSABILIZAR PELOS ATOS E NÃO CORRER PARA DEBAIXO DAS SUAS ASAS QUANDO ELA FIZER AS MERDAS DELA! - Todos pareceram chocados pelo meu modo de fala. Respiro fundo e falo mais calma. - Olha, me desculpa por ter atacado o seu mestre espião e ao seu general. Peço desculpas pelo ferimento que Drogon causou ao seu braço, Rhysand. Não vou pedir desculpas pelo o que fiz a Elain, não me arrependo. Se ela encostar em algo que me pertence novamente, eu a mato.
Nestha iria me retrucar, mas seu parceiro coçou as têmporas e disse:
- Ness, já deu. Vamos esquecer essa merda toda e focar no que importa, não quero mais saber o quanto você a odeia e deseja matá-la. Recomeçaremos de agora. - Ele levantou o olhar para mim, estendeu sua mão e disse - Eu sou Cassian, o mais bonito daqui, e seu animal é incrível. Posso ficar com ele para mim?
Eu solto uma risada alta e inclino a cabeça para trás. Aperto sua mão e digo:
- É um prazer conhecê-lo, Cassian. Infelizmente não poderei permitir que fique com Drogon, mas deixo você fazer carinho nele.
Passo a mão na cabeça de Drogon e aponto para Cassian, Drogon logo exibe todos os seus longos dentes e passa sua língua por eles. Posso jurar que vi o general empalidecer.
- Quero mais não, quem sabe outro dia! - Ele diz nervoso e todos dão risada.
- Quais são os seus poderes, Aalya? - Azriel pergunta diretamente e todos ficamos calados.
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Oii, gentee. Tudo bem??Espero que tenham gostado do capítulo, acho que ainda hoje posto mais um!
Beijos,
Autora.
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Corte de Caos e Sangue - Azriel
FantasyAnos se passaram após a guerra e todos vivem sua vida feliz em Prythian, todos com seus parceiros, todos em paz. Todos menos Azriel. Sua cabeça vem sendo sua maior inimiga constante, todos os dias pede por alguém que possa o salvar desse martírio di...