Atualmente.
Azriel, mestre espião da Corte Noturna.
Estou em uma cela que eu conheço muito bem só que desta vez estou observando o pequeno menino a minha frente. As roupas rasgadas, as costelas evidentes em sua pele devido a magreza e posso ver o semblante triste em seus olhos, a falta do brilho neles. A falta de esperança que estava o consumindo.Escuto passos e vejo duas crianças passarem por mim, elas não me olharam, era como se eu não pudesse ser visto. Vejo uma pequena tocha na mão do maior e um vidro de álcool na mão do menor. Um sorriso maléfico estava no rosto dos dois.
Não.
- Vamos ver se as suas habilidades de cura illyrianas estão em dia, bastardinho. - Vi o desespero pelos olhos da criança. Comecei a sentir isso novamente.
Eles dois se aproximaram, ele, ou melhor, eu tentei correr. Tentei ao menos me levantar, mas eu estava fraco demais para isso. Eles dois se aproximaram e eu tentei impedi-los .
- NÃO FAÇAM ISSO, É SÓ UMA CRIANÇA! - Eu exclamei com todas as forças existentes em mim. Mas não adiantou, eles não me ouviram.
E eu vi eles atearem fogo em mim novamente, vi as lágrimas me consumirem novamente. Vi o quanto eles se divertem vendo o meu sofrimento. Me encostei na parede e me sento ao lado da criança.
Achei que a tortura tivesse acabado, mas eles apareceram com uma adaga. Eles estão se aproximando mais e mais até que o desespero me consome e eu grito.
Me levanto da cama e apoio com os cotovelos. Passo a mão no rosto para tirar o suor e vejo que está de madrugada. Isso virou normal para mim, os pesadelos são constantes. Não me lembro quando consegui dormi direito pela última vez.
Decido ir na cozinha para beber uma água e me acalmar de vez. Saio do quarto meio desnorteado e desço as escadas tentando não fazer barulho.
Percebo que a luz da cozinha está acesa e mudo o meu modo de andar para um mais leve. Mas isso muda quando eu bato o meu quadril no balcão na cozinha e não tenho tempo nem de reclamar quando sinto algo atingir o meu rosto.
A porra de uma lixeira.
Viro o meu rosto com o impacto e vejo uma cabeleira ruiva. Um sorriso lascivo surge em meus lábios e eu toco o local que fui atingido.
- Puta merda! - A ruiva exclamou pondo as mãos na boca, que por sinal, ela possui belos lábios. - Olha só, não foi de propósito, eu juro!
Virei meu rosto em sua direção e olho nos seus olhos e digo:
- Então é assim que a tão temida dona do caos se defende? Com uma lixeira de metal?
Ela franze o cenho e eu percebo a irritação em seus olhos.
- Para um mestre espião e um guerreiro com mais de quinhentos anos, você foi bem lerdo, não acha? - Senti a provocação em sua frase e um sorriso apareceu nos seus lábios.
Agora foi a minha vez de franzir o cenho em indignação.
- Não sei se viu, ruiva. Mas eu estava meio ocupado batendo na bancada!
Seu sorriso aumentos mais ainda, pela Mãe, como ela fica linda sorrindo. Quase perco o fôlego.
- Que desculpinha esfarrapada, encantadorzinho. - Não percebo quando solto um sorriso pequeno ao ouvir o apelido. - Mas e aí, o apelido é por que você realmente encanta as sombras ou é só de fachada?
Eu sorri lascivamente e dei um comando para as minhas sombras se enroscarem em seu pescoço em forma de mãos. Quando elas estavam em seu pescoço, dei um leve aperto, não para enforcá-la, mas para causar outra sensação.
Em seu rosto se desenhou uma expressão maliciosa e eu estremeci quando ouvi a mesma dizer:
- Não me enforca que eu gosto, Azriel. - Sua voz era pura sedução.
Era a primeira vez que a feérica dizia meu nome de tal forma.
E eu queria isso novamente.
Andei mais um passo em sua direção e ela recuou. Dei mais um e ela recuou novamente, andei até que ela se encostasse na parede. Encurralei a mesma pondo meus braços um de cada lado de sua cabeça. Pude ouvir seus batimentos acelerarem e seu cheiro mudar.
- Mas e aí, você realmente domina o sangue ou é só de fachada? - Minha voz saiu rouca e baixa pela proximidade.
Ela sorriu e a vi fazer um simples movimento com um dedo. Senti minha mão direita formigar, eu não a controlava mais. Mas não me assustei, deixei a fêmea comandar a situação.
Vi minha mão chegar em seu pescoço. Minha mão tomou o lugar que estava vazio.
"Certo."
Não sabia se isso era alguma voz da minha cabeça, se eram as minhas sombras ou até mesmo a própria Mãe. Mas no momento eu não me importava, só estava focando na imensidão que eram os olhos da feérica que estava a minha frente.
Eu olhei em seus olhos e vi puro desejo e luxúria neles. Seu cheiro era pura excitação. Nossos cheiros se misturaram, eu estava excitado como jamais estivera. Desejei a fêmea como jamais desejei nenhuma.
Seu poder conduziu minha mão para baixo de seu pescoço, passou minha mão pelo meio de seu peito. Bem entre os dois. Seus seios eram fartos, redondos e pareciam ser deliciosos. Umedeci os lábios e tentei evitar os pensamentos sujos que rodeavam minha mente.
Aalya mordeu seus lindos e carnudos lábios, como eu queria me deliciar neles.
Minha mão percorreu pela sua barriga, senti o controle das minhas mãos voltarem e levei minhas mãos até a sua cintura extremamente fina. Apertei a mesma com uma certa força e a puxei em minha direção colando nossos corpos, passei minha mão pelos seus quadris e cheguei até sua bunda extremamente farta. Em momento algum desviamos o olhar.
Minha mão apertou sua bunda com força e nossos corpos se colaram mais ainda, senti Aalya arfar com o ato, seu hálito em meu pescoço foi o suficiente para que eu ficasse completamente rendido no momento.
Suas mãos pousaram em meu pescoço e ela arranhou o loca. Aalya ficou na ponta dos pés e cheirou o meu pescoço. A senti grunhir em aprovação. Quando menos espero, sinto sua língua quente em meu pescoço. Ela chupou o local com uma certa agressividade. Deliciosa. Aalya Carter era deliciosa.
Quando ela encontrou os meus olhos novamente, isso não durou muito tempo. Quebrei o contato visual quando afastei seus cabelos ruivos de seu pescoço e me aproximei do mesmo.
Sem mais delongas, me deliciei no local. Mordisquei e chupei sua pele. Ela era deliciosa. Vi que Aalya estava arrepiada e sorri com isso. Chupei seu pescoço com um pouco mais de força e a ouvi soltar um gemido baixo.
Ela me olhou nos olhos e vi a malícia presente neles. Ela puxou meu pescoço e se aproximou da minha boca. Quando nossas bocas se roçaram e eu entreabri meus lábios, ela sorriu e disse bem baixinho:
- Agora sabe que minha dominação não é fachada, encantador. Durma bem, Azriel.
Meta de comentários para o próximo capítulo: 60 comentários!!
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Soltei e saí correndo KKKKKK
Espero que tenham gostado do capítulo de hoje, meus amores! Batam a meta logo para o próximo capítulo!!Beijos,
Autora.
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Corte de Caos e Sangue - Azriel
FantasiaAnos se passaram após a guerra e todos vivem sua vida feliz em Prythian, todos com seus parceiros, todos em paz. Todos menos Azriel. Sua cabeça vem sendo sua maior inimiga constante, todos os dias pede por alguém que possa o salvar desse martírio di...