Capítulo 12.

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Atualmente.
Aalya Carter, herdeira do caos.
Abro meus olhos com Drogon se mexendo novamente na cama, fica difícil dormir desse jeito. Olho pela janela e vejo que está de noite, deve ser madrugada. Me sento na cama e percebo que nem um banho eu tomei. Meu cheiro está péssimo.

- Pela Mãe, eu preciso de um banho. - Levantei e fui em direção ao banheiro que tinha no quarto. Entro no banheiro e coloco a banheira para encher, enquanto isso tiro as roupas que eu estava usando. Me olho no espelho e vejo que estou mais magra que o normal, com olheiras profundas ao redor de meus olhos. Meu cabelo está horrível. Passo a mão pelo pescoço fazendo uma pressão e arfo pela tensão que encontro no local.

Percebo que a banheira já está cheia e entro na mesma. A água está quente, ótimo. Tudo o que eu precisava realmente.

Afundo na banheira e fico por alguns segundos e começo a refletir sobre minha vida e as mudanças que aconteceram repentinamente nela. A fuga de Hybern, a chegada na Corte Noturna, tudo.

Por um momento me pego pensando em meus pais e penso como poderia ter sido se eles ainda estivessem vivos e comigo. Como tudo poderia ter sido diferente, como todo o sofrimento que passei poderia ter sido evitado. Sinto saudades deles, saudades imensas.

Saudades de tocar e dançar com minha mãe, sinto saudades dos abraços do meu pai e da sensação de estar em casa. Sinto saudades de todos as vezes que jantamos juntos, e de todas as vezes que eles me colocaram na cama e contaram histórias para mim. Sinto saudades de ver os olhares apaixonados que eles trocavam e de ver como se amavam, e como amavam a mim. Mas, acima de tudo, sinto saudades dos sorrisos deles, de como era tudo tão lindo e verdadeiro. Sinto saudade de me sentir amada, de me sentir protegida.

Não percebo quando começo a chorar, uma lágrima foi o suficiente para desencadear outras. Eu estava quebrada, já estive quebrada antes, mas acho que desta vez não tem conserto.

Termino meu banho e coloco a camisola de seda rosa clara que estava na cama, olho para Drogon, que estava totalmente espalhado pela cama e dou um sorriso. Me aproximo e dou um beijo em sua testa.

Sinto a sede atingir minha garganta e decido ir até a cozinha pegar um copo de água. Abro minha porta com cuidado para não acordar ninguém e desço as escadas. Como está tudo apagado, acabo batendo em algumas coisas.

Estou andando quando sinto uma pontada forte da minha coxa esquerda, a quina da mesa.

- Mas que merda! - Exclamo e dou um tapa na mesa.

Finalmente, depois de muitas pancadas, chego a cozinha. Decido acender a luz para não ocorrer o risco de quebrar todas as coisas de vidro que estão no lugar. Vou até um armário e pego um copo de madeira mesmo, caso eu o derrube ele não vai quebrar. Sou um pouco desastrada.

Encho o copo de água e o viro na mesma hora, o líquido invade minha garganta e eu quase arfo de prazer devido a sede que eu estava sentindo. Encho o copo mais algumas vezes e na hora que vou apoiá-lo na bancada, ele cai.

Me ajoelho para pegar o copo que caiu na frente de uma lixeira de metal e acabo ouvindo passos atrás de mim, tem alguém vindo, mas os passos são leves demais. Quando sinto a pessoa se aproximar o suficiente, pego a lixeira a minha frente e viro em seu rosto.

Escuto um gemido de dor e vejo que acertei o mestre espião. Merda.

- Puta merda! - Exclamo e o vejo com a mão no rosto com um sorriso irônico em seu lindo, porém machucado rosto.

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Obrigada por terem lido e até o próximo capítulo!

Beijos,

Autora.

Corte de Caos e Sangue - AzrielOnde histórias criam vida. Descubra agora