26 - Aqui se faz, aqui se paga

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Espero que gostem :3
Boa leitura!
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— Uau! Essa sopa kimchi tá muito boa! — sentados ao redor da pequena mesa amadeirada no centro da sala de Vinny, saboreamos a comida que sua mãe preparou para nós, deixando-nos ainda mais contentes após um dia repleto de agonias. Fechei meus lábios e gemi em puro contentamento com o sabor em meu paladar, não deixando de elogiar a senhora por seus dotes culinários. Entretanto, Dom conseguia se destacar quando o quesito era elogiar a mãe do ruivo — Ah... não existe coisa melhor do que omelete com sopa kimchi! — sem contar a enorme fome que lhe incumbia a devorar a comida sem deixar migalhas — Senhora! Eu poderia comer... mais uma tigela de arroz?

— Ah, claro! Que bom que eu fiz bastante arroz. — a mulher se contentou feliz por perceber nosso apreço por sua comida, mais do que faceira em servir o prato do cabeludo. Os olhos de meu amigo brilharam e ele não aguardou nem mais um segundo para atacar seu próprio prato, arrependendo-se amargamente quando se engasgou com um dos vegetais. Eu balancei a cabeça e tapeei sua nuca, odiando ouvi-lo tossir insistentemente.

— Come devagar, seu brutamonte! — repreendi o bigodudo, que resmungou baixinho e massageou o local em que lhe acertei, obedecendo meu comando. Pude ouvir o riso divertido da senhora em nossa frente, que presenciou a cena e não pôde deixar de rir. Eu também não pude deixar de sorrir ao ver a mulher se divertir conosco.

— Comer comida caseira é o céu depois de um século comendo os lâmens do Vinny! — Dom não se calou e comentou sem rodeios, percebendo o olhar raivoso do ruivo, que não gostou de saber que cozinhava para um ingrato.

— Nunca mais venha para a minha casa e me peça lâmen de novo. Eu também odeio preparar 'pra você. — ele retrucou ao comentário do cabeludo, que imediatamente riu e se auto corrigiu.

— Ah, para... seu lâmen ainda é o melhor! — Dom reconfortou o amigo, que pouco se importou. Eu ri e me escondi detrás do meu prato, não deixando-os perceber que eu me divertia às suas custas.

— Obrigado por encontrarem minha bicicleta. — surpreendida pela voz pouco ouvida dentre todos nós, arregalei minimamente meus olhos e observei o moreno ao meu lado, que comia sua sopa em silêncio, até então. Os meninos não tiveram uma reação diferente e não deram a mínima para disfarçar, arregalando seus olhos com as próximas palavras de Jay — Vamos dar um jeito de ganhar a próxima corrida.

Jay transbordava uma aura diferente, agora. Todos nós podíamos ver isso. Ele não tinha a tendência de falar muito sobre a competição, e quando falava, era para avisar que estaria participando daquela corrida, em específico. Ele parece mais motivado agora, também.

— Q-Querem saber? Vamos terminar de comer e sair 'pra uma pedalada! — meus olhos se arregalaram e foram diretamente ao encontro de Dom, que abriu um enorme sorriso e se apressou para comer sua comida. As vezes eu acredito que ele seja uma máquina em potencial.

















— O que você vai fazer, agora? — pedalando sobre sua bicicleta, Dom acompanhava nossa caminhada e vez que outra retirava seus olhos do caminho para observar-nos pelos cantos dos olhos, certificando-se de que estávamos lhe ouvindo. Seus globos oculares foram diretamente a Jay, agora, uma vez que se referia a ele.

— Sobre? — sem ter a certeza de saber do que o amigo falava, Jay permaneceu com seus olhos vidrados na rua deserta e apertou com certa força o guidão da sua bike, deixando-me com a ligeira impressão de que ele evitaria o assunto, se pudesse.

— Não tem problema continuar competindo? Sua mãe é totalmente contra. — Minu não deu tempo para que o cabeludo reformulasse sua pergunta e se direcionou ao moreno ao seu lado, não permitindo que ele fugisse do assunto. No entanto, Jay não cedeu com tanta facilidade — Se ela descobrir que você tá participando de novo, ela provavelmente não vai ficar sentada sem fazer nada.

𝗛𝗢𝗟𝗘 𝗜𝗡 𝗧𝗛𝗘 𝗧𝗥𝗔𝗖𝗞ᅠᵂᴵᴺᴰ ᴮᴿᴱᴬᴷᴱᴿOnde histórias criam vida. Descubra agora