[CONTINUAÇÃO DA FASE 02] AS ESTAÇÕES DE LIZ

|Capítulo 184|

[...]

— Evan? — Kevin diz surpreso. — Que surpresa vê-lo em Los Angeles?! Você odeia esse caos da cidade...

— Realmente não gosto. Fui obrigado a vir até aqui para resolver algumas pendências na Phoenix 's Advocacia já que a Dra. Megan irá vender o iate e não precisará mais dos meus serviços. — Evan respondeu sério.

— Já esperava por isso. — respondeu.

— O que eu não esperava era presenciar uma cena de sexo dela com aquele cara que saiu hoje nos noticiários. E muito menos esperava receber o convite para participar do sexo. Que cilada que o senhor caiu, hein, Dr. Carter? ! — Evan diz sério.

— Pois é, eu estava cego. — Kevin afirmou sério e me abraçou quando meu viu batendo queixo por causa da chuva.

— Cego? Cego é pouco! O senhor estava igual um cavalo que quando colocam o antolho nele e ele tem a visão limitada sendo forçado só olhar para frente. No seu caso, a Dra. Megan era o seu antolho que perdurou por anos até essa moça chegar. — Evan diz e eu contenho um riso quando Kevin apenas solta um resmungo. Que para mim confirmou tudo que o Evan acabara de dizer.

"Realmente o Kevin era como um cavalo indomável! Arisco e desconfiado."

— Vamos, subam! Levo vocês para onde quiserem ir. — Evan diz gentil.

— Obrigado, Evan, mas vamos caminhar um pouco. — Kevin diz orgulhoso.

— Ainda com ciúmes de mim, Dr. Carter? — Evan perguntou. — Naquela manhã, não vou negar, achei e ainda acho a sua mulher muito linda. E é muito bom olhar para o que é bonito. Mas eu mudei, não sou o mesmo homem de antes. Eu aprendi a respeitar uma mulher. Estou mudando aos poucos, mas estou dando um passo a cada dia. — Evan respondeu e Kevin franziu o cenho.

— Aprendeu? Quando? — Kevin perguntou.

— A partir do momento em que eu conheci o amor em uma mulher tão frágil quanto a sua Liz. Tudo na vida muda, Dr. Carter, até mesmo o implacável Evan de Tropoja. Acredita que um de coração de pedra é capaz de amar loucamente? — Evan indagou sério e nesse momento ele abaixou o quebra sol do motorista e nós vimos uma foto de uma moça de cabelos tão ruivos quanto a minha amiga-irmã Gabriela.

— Acredito! Sou a prova disso. — Kevin respondeu e sorriu olhando em meus olhos.

— Sou herdeiro dos terrores da Albânia, toda a maldade que eu já fiz que antes me orgulhava, hoje para mim não faz mais sentido. Apenas sinto vergonha. Safira me cura o tempo todo. Estou me curando. Vamos, subam, levo vocês aonde quiserem. — Evan insistiu já descendo da caminhonete, deu a volta e abriu a porta do passageiro.

— Ela já está com os lábios roxos... — diz Evan e Kevin mais do que depressa me puxou para entrar.

— Estamos indo para Rampart Village. — Kevin diz sentando do lado do motorista, fazendo assim uma divisora entre Evan e eu. E quando fechei a porta, eu sorri, vendo o Kevin espremido feito uma sardinha, já que a caminhonete é uma clássica C10 1978 da Chevrolet e ela tem apenas duas portas.

Evan sorriu e quando soube do lugar, rapidamente deu partida e foi um silêncio mútuo até chegarmos na avenida principal do bairro onde o tio Joshua mora.

— Desde quando está em Los Angeles sempre trabalhou para mim. E agora que está dispensado, o que pretende fazer? — Kevin perguntou.

— Irei voltar para a Albânia e roubar a minha Safira. Irei fugir com ela. — Evan respondeu e eu segurei a mão do Kevin.

— Roubar? — questionei e ele assim que ouviu foi logo dizendo:

— Vivemos um amor impossível, dona Liz. Sou herdeiro da máfia de Tropoja, a maior da Albânia, e Safira é filha de um rival de anos da minha família, que eu abandonei. — Evan respondeu.