|Capítulo 280| O Remorso de Stephanie|

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...

— Sério? — Kate respondeu com uma pergunta.

— Claro. — respondeu minha mãe e a minha irmã correu para abraçá-la.

Kate começou a chorar sem parar e confesso que por ser o irmão mais velho, nunca a vi derramar uma lágrima, nem mesmo quando a sua mãe a humilhava. E vê-la chorando com extremo sentimento, me deu a certeza de que ela chorou tudo que um dia quis chorar para ter apoio da mãe biológica e não pode, porque sabia que não teria apoio.

— E agora eu tenho dois filhos maravilhosos. — mamãe diz me puxando para um forte abraço.

— Eu amo vocês... — diz minha mãe.

— Te amamos! — Kate respondeu, assim desfizemos o nosso abraço.

— Parece que eu vim na hora certa. — diz a minha mãe. — Mas sinto falta da minha flor de Liz.

— Ela não veio hoje, mãe. Precisa descansar e pensei que a senhora também ficaria em casa. —proferi.

— O restaurante não pode parar. E como eu vim trazer o café do pessoal da reforma do restaurante do térreo daqui, passei aqui para deixar as guloseimas para vocês, e trouxe até mesmo o bolo de milho que Alexia adora e o seu pão sem glúten, Kate. — diz Margareth, alisando o rosto da minha irmã.

— Está deixando essas meninas muito mimadas, Margareth. — diz o meu pai entrando na sala.

— Claro, eu não posso deixá-la de mimá-las. Se eu não fizer isso, outra pessoa fará e descobri que sou ciumenta. Aliás, isso me faz lembrar a Elizabeth e quero ir visitá-la no hotel e levar pessoalmente uma cesta para ela. — respondeu minha mãe para o meu pai que abraçou Kate.

— Ótimo, eu te levo até ao hotel e depois retornaremos para o Restaurante. — respondeu meu velho.

— Pai, não se esqueça que após o almoço temos uma sessão de fotos, ok?! É para a campanha de janeiro. Eu irei sair com o Kevin e depois nos encontraremos lá no restaurante. — diz Kate.

— Sair? Não acha que está andando demais, mocinha? — perguntou meu pai e percebi que ela não comentou sobre.

Embora ela saiba que o meu pai jamais negaria ajuda a ela, respeitei a sua decisão e mantive a discrição.

— Não se preocupe, ela estará comigo, teremos alguns momentos de irmãos que deveríamos ter tido há muito tempo. — proferi e para não perder mais tempo, dei uma rápida conferida na agenda e constatando que não teria nenhuma reunião importante para agora, aproveitei o momento para ir com Kate até a clínica e prestar toda assistência que ela precisa para Stephanie.

E a pior loucura que fiz na minha vida foi não ter dirigido o carro verde Kiwi do Carl e ter confiado ao volante a maluca da minha irmã.

— Então, como eu fui? — perguntou Kate praticamente derrapando o carro no estacionamento da clínica. Foi aí que percebi que estava segurando firme no banco.

— Não foi assim que te ensinei, Kate. Você não respeita o sinal vermelho e a buzina serve para alertar algum outro motorista, não para arrumar briga de trânsito. E que porra é essa de zig zag? — falei, abrindo a porta e agradecendo por estar vivo.

— Poxa, Kevin, achei que você não temia a morte. — ela diz, descendo do carro.

— Antes o frio da morte era a minha melhor companhia. Mas eu mudei e eu quero viver ao lado da minha mulher e filho. Eu não ando mais com você e irei alertar ao Carl a não deixar mais você pilotar um carro. Vou falar para o nosso pai até cancelar a compra da sua nova motocicleta. Melhor um patinete ou a moto elétrica do Adrian! — falei sério.

[CONTINUAÇÃO DA FASE 02] AS ESTAÇÕES DE LIZOnde histórias criam vida. Descubra agora