|Capítulo 270|

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[...]

— Liz, antes de sair, vem ver os presentes que a minha bebê ganhou da minha sogra! — Gabriela a chamou, dando uma apaziguada no clima.

— Ai que lindo, Gabi! Eu vou amar ver tudo. — Elizabeth sorriu já do seu jeito meigo. — Mas espera só um pouquinho, porque eu estou com fome. Vou pegar bolo! — diz Elizabeth, já correndo até a cozinha, e todos pararam para olhar quando ela voltou com o prato cheio e com a boca cheia, nem se importou.

— Que foi? — perguntou me encarando dos pés à cabeça, passou por mim, pegou o Sr. Pandinha que o Adrian colocou em cima da mesa do abajur e se juntou às amigas.

— Nada... — respondi, dando de ombros, observando ela subir animadamente as escadas.

— Mulheres... — proferiu meu pai quando o grupo todo se reuniu no andar superior.

— Bem, eu irei terminar de arrumar o quartinho. E a propósito, o Lucky está dormindo no meu quarto e a Fucinho está na biblioteca. Mocinha brava ela. — proferiu Joshua segundos antes de sair.

— Com licença, vocês já são de casa, então, fiquem à vontade. — proferiu Joshua e foi nesse momento que meu pai aproveitou a oportunidade.

— Me diga tudo o que você sabe sobre o passado de Elizabeth. — ele praticamente sussurrou as palavras.

— É uma longa história, mas afirmo que é a mais pura verdade. Ela é a Íris Norton. Ela é a filha do Eduardo. — nessa hora, olhei para os lados e, por precaução, sussurrei em seu ouvido:

— E o acidente da Sara não foi fatalidade. — falei e ele arregalou os olhos.

— Porra! E o que você vai fazer, meu filho? — balbuciou o meu pai.

— Não há mais tempo para ficar parado, porém, com cautela, agirei no momento certo. Não posso deixar o meu emocional falar mais alto.Mas por hora, irei para o hospital antes de Elizabeth, pois se o Norton estiver acordado, preciso ter uma rápida conversa. Se ela perguntar, diga que fui me encontrar com o Carl e de lá segui para o hospital. — informei.

— Fique tranquilo, provavelmente o assunto entre elas irá render e quando ela quiser ir, eu a levo para o hospital. Tenho que levar o carro do Christian e me encontrar com a Kate. Estou com saudades daquela menina. — comentou, e rapidamente fui ver como está a Fucinho e o Lucky.

E sorri ao perceber que o serzinho de menos de vinte centímetros de altura, que está dormindo tranquilamente com a barriguinha bem redonda, dominou a cama do Lucky e provavelmente o expulsou do ambiente.

— Se eu fosse você, não faria isso. Ela é rápida. Ela mordeu cada um de nós. Dentinhos afiados. Essa pequena tem trezentos gramas de puro ódio e olhos. — meu pai disse, mostrando o sinal dos dentes em sua mão.

— Que isso, é apenas uma pirralha encrenqueira. — digo, passando a mão e mesmo com os olhinhos fechados, ela começou a rosnar.

— Calma, sou eu... — sussurrei, e ela, ao ouvir a minha voz, se contorceu.

— Não disse. — proferi, pegando a pequena.

— É verdade, tenho que concordar com as palavras do Johnathan Smith. — proferiu o meu pai.

— Quais?

— Que alguns têm o dom de domar leões, mas você doma Pinschers. — sorriu, quando coloquei a pequena de volta na cama que ela havia tomado.

E quanto ao Lucky, assim que entrei no quarto do Joshua, os olhos dele brilharam para mim, mas agora tenho a mais absoluta certeza de que a revolta dele é por ter perdido a cama onde tira altos cochilos roncando.

[CONTINUAÇÃO DA FASE 02] AS ESTAÇÕES DE LIZOnde histórias criam vida. Descubra agora