|Capítulo 273|

2.6K 485 146
                                    

[

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

[...]

Por alguns minutos, fiquei parado em frente à porta, sentindo meu coração esmurrar meu peito. Sem ar, afrouxei um botão da minha camisa social e algo que raramente acontece começou a ocorrer: minhas mãos começaram a suar. Nesse momento, comecei a movimentar meus dedos e, em seguida, fechei minhas mãos em punhos. Sei que todo esse intenso sentimento que está me invadindo tem a ver com apenas uma pessoa: Elizabeth. Sinto com muita força a necessidade de ser o seu porto seguro. Esse sentimento está tão forte que é como se a alma dela estivesse chamando pela minha. E eu sei que ela precisa de mim.

Sentindo toda a intensidade do nosso elo, abri a porta e deparei-me com ela paralisada no meio do quarto, segurando o urso contra o seu corpo, sem coragem de se aproximar da cama. Ela nem sequer percebeu a minha presença. Ao vê-la assim, lembrei-me imediatamente de um trecho do primeiro livro de Nicholas Sparks, que, quando fiz a leitura, ainda era um simples esboço. Na época, por desconhecer o verdadeiro amor entre um homem e uma mulher, apesar de ter absorvido as palavras poéticas, as ignorei. Mas agora, as palavras que ficaram cravadas no meu subconsciente nunca fizeram tanto sentido.

Aproximando-me lentamente da minha mulher, comecei a recitá-lo em um baixo tom de voz:

— Nas horas de luto e sofrimento, vou abraçar e embalar você, e farei da sua tristeza a minha tristeza. — sussurro, indo ao seu encontro.

— Quando você chorar, eu vou chorar, e quando você sofrer, eu vou sofrer. Juntos, tentaremos estancar a maré de lágrimas e desespero, e juntos vamos superar os obstáculos das esburacadas ruas da vida. — nesse momento, a abracei e sussurrei em seu ouvido

— Porque somos um só, eu por você e você por mim. Estou aqui, meu amor. Coragem. Ouça o seu coração. Eu serei tua âncora... — proferi e ela deu um passo à frente.

Respeitei o momento e fiquei observando ela se aproximar da cama; nessa hora, olhei para os seus pés. Sorri, pois seus passos não mudaram e me fizeram lembrar da mesma garotinha tímida que brincava comigo no jardim quando éramos crianças. E quando ela já estava ao lado da cama, abraçando fortemente o seu urso, em silêncio, começou a olhar atentamente o seu amigo. Eu sei que todo esse sentimento que está faltando dilacerar o peito dela é apenas o amor de filha, que ainda não foi compreendido por ela.

— Por alguns instantes, você me fez experimentar a sensação mais dolorosa que um humano pode sentir: a dor de perder um grande amigo sem ter dito o quanto ele era especial. — diz ela, dando um profundo suspiro, entrelaçando seus pequenos e delicados dedos na mão do seu pai amigo.

— Sei que está dormindo e talvez nem esteja me ouvindo, mas eu preciso que lute, preciso que fique comigo até o fim dos meus dias. Eu nunca te quis longe, nunca te odiei; estranhamente, eu te amo tanto que não consigo imaginar a minha vida sem você. — sussurrou, apoiando o seu rosto junto ao rosto de Eduardo.

— E para garantir que lute e fique, lhe darei uma missão: deixarei contigo o meu Sr. Pandinha. Ele esteve comigo em todas as estações, é um bom guardião. E quando acordar, visite-me e devolva-o. — ela sorriu, colocando o urso debaixo do braço de Eduardo, fazendo-o abraçar a pelúcia.

[CONTINUAÇÃO DA FASE 02] AS ESTAÇÕES DE LIZOnde histórias criam vida. Descubra agora