|Capítulo 233|

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[...]

— Que assim seja! Mas cuidado com os desafios que lança para o destino, eu aprendi que ele nos surpreende da forma que menos esperamos e muito mais do jeito que pedimos. E eu não entendo muito sobre o mundo espiritual, mas eu acredito que o amor e cuidado de uma mãe vai além dessa vida. E a borboleta azul sempre cuidou da Liz. — falei descendo do carro quando meus amigos estacionaram do lado.

— A coisa mais certa que eu vou lhe dizer esta noite, meu amigo, é que eu me casei com a primeira garota que sempre foi o meu primeiro amor. — proferi indo ao encontro dos meus amigos que quando desceram do carro, assim como eu, olharam ao redor.

— Achei que deveria ter mais pessoas. Por via das dúvidas irei voltar para o carro, para não correr o risco de ninguém dar no pé e me deixar, caso houver um tiroteio surpresa. E... — ele parou de falar quando desviou a sua atenção de nós.

— Se tivesse acontecido alguma coisa, o Dr. Ross teria avisado. — alertou Trevor.

— Acho que não, porque estamos sem sinal desde o momento em que entramos na região das torres. — diz Christian olhando o celular.

— Espere aí, aquele gato ali é o Cookie, o gato da Matilde? — ele diz já fazendo o sinal da cruz. E quando olhamos vimos que o gato estava sentado debaixo da luz amarela de um poste e quando ouviu a nossa voz, nos encarou e sorrateiro veio andando ao lado da cerca que fica ao redor das torres.

E quando passou por nós, como se quisesse que o seguisse, nos encarou, deu um miado e continuou a andar. Sem hesitar, dei o primeiro passo para segui-lo.

— Onde você vai, Carter? — perguntou Christian.

— Atrás do gato, obviamente ele sabe onde a dona está.— respondi e John começou a fazer o sinal da cruz sem parar e sem contentar, além de fazer para si, começou a fazer no Christian também.

— Deixa de bobagem... — Trevor diz freando John quando ele se aproximou para benzê-lo.

Seguimos para o portão das torres e com baixa iluminação continuamos a seguir o gato. Neste momento, apenas se ouve o som dos nossos passos nas pedras britas e o som de alguma folha de lata zincada que se movimenta com o vento.

— Que sinistro, estou todo arrepiado! — John sussurrou para Christian e agora além de fazer o sinal da cruz, começou a rezar.

Rezou até o momento em que perdi o gato do alcance da minha visão, quando rapidamente entrou em um corredor de colunas de ferro. Continuei a andar e quando entre duas torres comecei a ver uma fraca luz, que logo deduzi ser de um pequeno e fraco refletor, eu sabia que ela era onde poderíamos encontrar o Dr. Ross e dona Matilde.

Fui no caminho certo e quando já estava bem próximo, ventou forte e por coincidência alguém chamou pelo John.

— Johnn! — ouvimos e ele grudou no braço do Christian.

— Eu estou ouvindo a voz do filho da dona Matilde. — choramingou John.

— John Smith, sou eu... —ouvimos e John caiu de joelhos.

— Ave Maria! Eu não quero ver e nem ouvir, se tem alguém com mais pecado e digno de ser levado, este alguém é o Christian, que por noites me afrontou e me atormentou me impedindo de dormir com a mulher da minha vida. Eu vou ser pai de duas meninas e se chamou meu nome pra pedir pra escolher quem levar, eu já digo: arraste o meu cunhado Christian, ele é um bom criminalista e vai sempre arrumar uma brecha pra sobressair das profundezas do inferno! — exclamou John e por um momento, nos pegamos em pé, observando ele ajoelhado fazendo a sua prece de traição.

— Cara, você ainda é um zé bundão de carteirinha! — Charlie saiu entre as colunas de ferro.

— Christian, eu jamais desejaria que você fosse arrastado no meu lugar. Porque eu vou livrar a nossa culpa com um murro e chute ungido no Charlie. — John diz e a maturidade passou longe do policial quando ao ver que Trevor e Chris segurou o nosso amigo, deu as costas e empinou a bunda para ele chutar.

[CONTINUAÇÃO DA FASE 02] AS ESTAÇÕES DE LIZOnde histórias criam vida. Descubra agora