|Capítulo 231|

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[...]

— Tirem ele daqui, ele é um monstro! — gritou Megan e Edward ao ouvir, Megan o trair ainda mais, mesmo algemado, com as mãos para trás, tentou fugir. E quando se desvencilhou dos policiais para correr, recebeu a rasteira de um homem e para o azar dele, caiu nos pés da dona Matilde, que sorriu para o Edward e olhou para o delegado Ross que sorriu para ela.

— Só dez minutos. — com clareza, pude ler os lábios da dona Matilde, que nesta noite não está com o seu vestido de estampa de biscoitos, bolinhas ou ursos, ela está a caráter de um baile à fantasia estilo veneziano.

— Admirável... — falei quando me aproximei da Megan que ainda está ajoelhada.

Ela limpou o seu rosto e olhou para mim, com o olhar bem diferente que sempre manteve. Ela é uma boa atriz, ela precisa fazer a cena dela de mocinha arrependida.

— Se um dia você não me perdoar, eu entendo. Edward me fez agir como um monstro, porque é isso que ele é. — exclamou Megan, ainda ajoelhada.

— Confesso que, por um momento, até pensei que você realmente amava o Edward. Mas foi no momento em que esqueci que pessoas como você, não ama ninguém além de você mesma e de dinheiro, que já não tem mais. — falei alisando o dedo nas asas da sua fantasia enquanto continuei caminhando ao seu redor.

— Eu sei que não mereço o seu perdão. — balbuciou.

— Não, não merece. Mas vou te perdoar, não por você, mas por mim. Porque agora estou me libertando de todo o rancor, sentimento de raiva, tristeza e todos os sentimentos que não foram agradáveis para mim nesse período que tive que lidar com as suas mentiras. E neste momento, eu estou me libertando de todas as amarras negativas que você teve na minha vida. — neste momento, ela me encarou.

— Você não merece ter espaço em meus pensamentos, Megan. Porque a partir do momento em que as portas desse salão fecharem, você será um nada para mim, uma página virada de um livro de terror. — parei de caminhar quando fiquei bem próximo as suas asas.

— Cuidado, o outono ainda não acabou. Não é assim que você sempre diz.— Megan falou entre os dentes, baixo o suficiente para eu ouvir.

— Está pensando que a última folha vai cair e voar nos meus ventos? Não, minha querida.Você não merece nem mesmo essas asas, porque pessoas como você merecem rastejar. É isso que você vai fazer até o outono acabar. — falei arrancando as suas duas asas.

— Rasteje, Megan, rasteje para o seu Karma! — falei jogando as asas arrancadas para longe.

— Algeme-a! — ouvi o delegado informando para o policial.

E quando o policial se aproximou da Megan para algemá-la, não foi surpresa para mim quando ela olhou para todos do salão procurando Ruppert, e quando ela o encontrou, começou a gritar por ele.

— Papai, me ajuda! — Megan gritou pelo Ruppert, que ela tanto humilhou.

Ao ouvi-la, o Sr. Ruppert discretamente direcionou o seu olhar para mim e eu apenas fiz um aceno de cabeça, que ele entendeu muito bem quando alçou a voz:

— Não levem a minha filha, por favor! — Sr. Ruppert intercedeu e o juiz me encarou desconfiado enquanto o Sr. Norton sorriu.

— Com todo respeito, senhor, para a sua filha conseguir se livrar dessa, só com um bom advogado de defesa e isso ela não tem.— respondeu o Dr. Ross, que sabe muito bem que a partir de agora a Megan pisara aonde eu mandar.

— Ela não tem, mas eu tenho! — respondeu o Sr. Ruppert e quando vi Christian do lado dele, apenas deixei o destino da Megan acontecer, porque é isso que eu quero.

[CONTINUAÇÃO DA FASE 02] AS ESTAÇÕES DE LIZOnde histórias criam vida. Descubra agora