05 de dezembro
Dezesseis dias para o inverno
Diferente da primeira vez que viemos à Londres, Elizabeth não adormeceu. Se bem que nesse voo noturno que tivemos, adormecer seria uma causa impossível de ganhar, já que o pavor do nosso amigo John e os atritos dele com o Christian, a cada turbulência que passamos durante o voo, tiraram grandes gargalhadas não somente da minha fada, mas sim de todos que se divertiram, mas que também não deixaram de dar apoio moral nos momentos de pavor aéreo do nosso amigo dramático.
E quanto a mim?
Apesar de eu estar intrigado desde o momento em que chegamos e saímos da casa do Sr. Joshua, por causa do comportamento do Julius, não vou negar em dizer que estou fascinado porque a todo o momento em que olho para a Liz, eu vivo o passado e o presente ao mesmo tempo. E mal sabe ela que essas terras com grandes campos de lavandas com moinhos antigos, que ela ficou fascinada desde a nossa saída do aeroporto, e que essa casa que mais parece um castelo é o lar que ela nunca deveria ter saído.
"E se ela soubesse que esse jardim que está a nossa frente foi onde ela me deu o primeiro beijo, ela se lembraria que sempre foi o meu primeiro amor. Que ela foi a primeira e única menina que me encantou."
- É estranho não acha? - os meus pensamentos cessaram de uma só vez quando Christian parou ao meu lado.
- O que seria estranho para você? - pergunto, observando-o levar a xícara de café a sua boca.
- Tudo isso que nos envolve, - respondeu em baixo tom de voz aproveitando o momento em que o John, Trevor e o Sr. Buck, o mordomo da casa, está em um papo bom - esse momento em que estamos vivendo se torna único, estranho e ao mesmo tempo sensacional.
- Realmente. - confirmo.
- Carter, não desmerecendo todo o esforço da Liz e nem o seu passado, a sua dor. A causa do seu passado para todos, para o mundo e até mesmo para você, era uma causa impossível e a nossa mascote se tornou isso tão claro como água. Querendo ou não, meu amigo, a nossa fada de luz, o destino foi trágico e cruel com ela. Já parou para pensar que essa menina sofre desde os quatros anos de idade? - perguntou olhando para os lados e eu nada respondi.
- Tudo que estamos vivendo agora só se tornou possível através do sofrimento dela, vai saber lá o que aconteceu com essa menina antes de ser adotada?! Você está prestes a solucionar a causa mais difícil da sua vida e querendo ou não isso me envolve, porque tenho certeza que o acidente realmente não foi fatalidade, foi... - neste momento, o interrompi.
- Foi assassinato. - afirmei sem medo de errar.
- E através desse assassinato houve o sequestro da menina. - afirmou meu amigo. - Já imaginou o barulho que isso vai dar? Porque a Liz por diversas vezes já deixou bem claro que não quer que mexa no passado que ela não se lembra.
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[CONTINUAÇÃO DA FASE 02] AS ESTAÇÕES DE LIZ
RomansaPOR MOTIVO DO OUTRO LIVRO TER ATINGIDO A CAPACIDADE MÁXIMA DE CAPÍTULOS, AQUI IREMOS DAR CONTINUIDADE NOS CAPÍTULOS DA FASE 02 DA AS ESTAÇÕES DE LIZ. AQUI SERÁ POSTADOS DO CAPÍTULO 182 EM DIANTE.