|Capítulo 239|

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E sem mais delongas o Sr. Phoenix, sem enrolação, começou a falar do sonho dele de ser pai e do amor que ele tinha por Megan e de tudo que sentiu quando a pegou no colo pela primeira vez. Fiquei emocionada ao vê-lo contando as memórias com os olhos cheios de lágrimas, mas fiquei com raiva da Megan ao vê-la com um sorriso vitorioso até o momento em que o Sr. Harrison, após raspar a garganta, começou a dizer olhando nos olhos dela:

— Foi por causa do amor que senti pela minha filha desde o momento em que a vi pela primeira vez, que aumentei a minha fortuna dez vezes mais. E foi o amor que sinto por ela, que me fez vencer a falência e reerguer a minha fortuna. E foi por causa do amor que sinto por você, Megan, que me fez errar várias vezes para te proteger e é por causa do amor que sinto por você, que estou disposto a fazer o certo e fazer uma divisão prévia do meu patrimônio. — informou o Sr. Harrison.

— Não é por causa do amor que sente por mim, pai. Você só está fazendo isso porque sabe que é um direito meu. Que, mais cedo ou mais tarde, eu iria recorrer de qualquer forma. — avisou Megan.

— Por saber que mais cedo ou mais tarde você usaria da sua astúcia para recorrer, eu adiantei o seu trabalho. — respondeu o Sr. Harrison, que aproveitou da oportunidade e passou a palavra para o seu advogado representante.

E sem pensar duas vezes, o Dr. Clinton abriu uma pasta de couro e ao pegar vários papéis, começou a dizer:

— Já que todos os interessados estão presentes, irei proceder a leitura do testamento do Sr. Harrison Phoenix. E já que todos estão aparentemente apreensivos, irei dispensar os termos legais e irei direto para o interesse do meu cliente, ou seja, direto para o que contém o testamento. — enfatizou o advogado.

— Ande logo, diga tudo que é meu porque estou louca para sair do meio dessa gentinha. Esse prazer de ser herdeira, minha querida, você nunca terá. Porque você não basta de uma indigente encontrada no lixo. — Megan diz olhando para mim e nem respondi, porque é só isso que ela sabe fazer.

Dr. Clinton ao ouvir, raspou a garganta e aumentou a voz para iniciar a leitura.

— Eu, Harrison Phoenix, estando em perfeito juízo e em pleno gozo das minhas faculdades intelectuais, sem nenhuma interdição, livre de qualquer induzimento ou coação, resolvo lavrar o presente testamento, no qual exaro a minha última vontade a dispor dos meus bens na seguinte forma: não podendo dispor de todo o meu patrimônio por ter herdeiros necessários, por ocasião da minha morte, deixo para a minha governanta, a Srta. Julienne Motta, dois apartamentos e uma casa na praia de Malibu. Deixo também um pecúlio na forma de investimento bancário para que ela viva confortavelmente até o fim dos seus dias... — nesse momento o Dr. Clinton parou de falar, pois a senhora que está do lado do Sr. Harrison, ficou surpresa com a leitura.

— Sr. Harrison, eu não mereço tanto. Sempre foi um prazer servir a sua família. E eu já tenho o meu pé de meia. — a mulher diz na simplicidade.

— É até compreensível dividir uma porcentagem do que é meu com a governanta. Afinal, trabalha com o meu pai mesmo antes do meu nascimento e desconfio que em algum momento da vida dela quis até ocupar o lugar da minha mãe... — Megan tinha que se humilhar.

— Cala essa boca, Megan! Aqui nesta sala só você não conhece a palavra empatia e gratidão. E como você é uma interesseira, acha que todo mundo é igual a você. — falei sem paciência e com muita fome. Como se eu não me alimentasse a dias.

— Por favor, Dra. Megan, se quer sair daqui o mais rápido possível, mantenha a boca fechada. — Visivelmente sem paciência, um dos advogados, que por sinal é o mais velho de todos, chamou atenção da Megan.

[CONTINUAÇÃO DA FASE 02] AS ESTAÇÕES DE LIZOnde histórias criam vida. Descubra agora