...
— Sim. Mas eu não sinto mais saudades! — respondi, olhando nela que nem sequer piscou ao me encarar.
— Por quê?
— Porque eu tenho você! E ter você é a mesma coisa de estar com todas as estrelas do universo.
— Ai que lindo! Que menino romântico! — ela sorriu doce, alisando o meu rosto.
— Oitenta e uma vezes é um número alto, hein? — me perguntou. — E suas mãos não tem sequer um calo...
— 40,5... — ela diz dando um passo para o lado e se desviando do telescópio.
— O que têm? — perguntei.
— É o resultado da divisão de 81 para 2. E 40,5 é numero de vezes que você terá que usar as suas duas mãos para aliviar manualmente o seu vicio por sexo. — diz me dando as costas e saindo da ponte.
— E sugiro que comece agora. Aproveite que o céu não tem nuvens e faça olhando para a constelação de Órion. — diz calma e eu já joguei tudo para o alto.
— Aliás, sabia que na constelação de Cepheus, há 1.400 anos luz, existe uma nebulosa de reflexão única com pétalas brilhantes, conhecida como a flor do universo, chamada Íris?! — falei, e quando ela ouviu, parou próxima a margem, e me encarou.
— Ela é uma nebulosa de reflexão porque ela espalha luz! É ou não é coisa do destino? — perguntei e ela apenas fez um gesto obsceno como resposta.
— Bobinha! Até as estrelas contam a história do nosso destino. — sussurrei para mim mesmo, indo atrás dela.
— Não tem como negar o destino, Liz. Você será sempre o meu amor! — falei, contendo o riso com o ciúmes bobo dela.
— A é? E quanto aos oitenta e um sussurros? — foi direta na pergunta.
— Eu faria tudo novamente. Mas agora não é mais preciso, eu tenho você. — respondi diretamente e ela bateu a porta na minha cara.
— Eu sou um louco apaixonado que simplesmente desafia o perigo de diversas formas! — falei para mim mesmo, ao me sentar no gramado próximo a entrada lateral.
— Em breve ela irá ver que sentiu ciúmes dela mesmo, mas terá a plena absoluta certeza que ela sempre foi o motivo dos meus sussurros para as estrelas... — falei em baixo tom de voz e sentindo vontade de fumar, levei a mão no bolso em busca do cigarro. Mas como há semanas que não dou um trago, nada encontrei.
— Com certeza ela trancou até a porta do quarto. É, Carter, será só você e as estrelas! — falei, me deitando no gramado e observando-as.
Fiquei por algumas horas observando as estrelas e quando por um breve momento fechei os meus olhos, ouvi passos próximo a mim. E quando abri, dei-me de encontro com o olhar de Elizabeth.
— Está tudo bem? — perguntei, ainda sentado e olhando para ela.
— Está... — diz sem jeito.
— É... é que mesmo estando morrendo de sono, não estou conseguindo dormir. — diz com tom de voz mais baixo do que o normal.
— Está preocupada com o Eduardo? Trevor? — perguntei, sabendo que ela não irá dar o braço a torcer.
— Não.
— Então, o que há?
— Fica comigo? De conchinha? — perguntou baixinho, desviando o seu olhar do meu.
— Claro. — falei, me levantando e a envolvendo em meus braços a levei para nossa cama.
— Eu não esqueci dos oitenta e um sussurros... — resmungou já com olhos fechados se aconchegando ainda mais nos meu braços.
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[CONTINUAÇÃO DA FASE 02] AS ESTAÇÕES DE LIZ
RomansaPOR MOTIVO DO OUTRO LIVRO TER ATINGIDO A CAPACIDADE MÁXIMA DE CAPÍTULOS, AQUI IREMOS DAR CONTINUIDADE NOS CAPÍTULOS DA FASE 02 DA AS ESTAÇÕES DE LIZ. AQUI SERÁ POSTADOS DO CAPÍTULO 182 EM DIANTE.