Bruninho

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Ora ora, o início do fim do drama... Escrevi esse ouvindo Over do Lucky Daye.

Para quem chegou até aqui, agradeço! A história começa a caminhar para seu arco final a partir desse capítulo! Apertem os cintos, muitos POVs esse capítulo UHU.

Com carinho,

-V.

[ATENÇÃO ALERTA DE GATILHO: ASSÉDIO]


POV CAROL

Me virei na cama e encarei a tela do celular de cabeça vazia. Era uma hora da tarde e eu estava faminta, mas pedir algo para comer sairia mais caro do que eu simplesmente ir ao mercado e comprar uma marmita pronta. Suspirei e me virei de barriga para cima. Eu me sentia vazia e não era só a fome.

Já fazia um ano desde que Day havia ido para a Alemanha. Fazia também 7 meses que não nos falávamos.

Sendo honesta eu nunca entendi o que aconteceu. Eu só recebi aquelas mensagens e os dias após aqueles foram repletos de confusão e dor.

Mas o tempo passou e agora tudo o que eu sinto é vazio.

Suspirei e me levantei da cama, me olhei no espelho e analisei. Estava apresentável o suficiente para não passar vergonha caso encontrasse algum colega de sala. Meu celular vibrou em cima da cama e eu vi a tela acender.

Uma (1) nova mensagem de Bruninho atentado.
Duas (2) novas mensagens de Bruninho atentado.
Três (3) novas mensagens de Bruninho atentado.

Revirei os olhos, não tinha paciência para ele agora. Coloquei o celular no silencioso e o enfiei no bolso antes de pegar a carteira e chaves e saí do apartamento. Eu poderia chamar um uber, mas não tinha pressa e eu estava tentando economizar. Faltava apenas um ano e alguns meses para eu me formar e eu queria começar a economizar o dinheiro que estava ganhando com as peças e estágio para comprar meu próprio apartamento ou pelo menos conseguir dar de caução para um alugado.

Quando me dei conta, já estava na frente do mercado. Passei pouco tempo escolhendo uma marmita e me lembrei que as frutas que eu comia antes de ir para a academia tinham acabado. Coloquei a comida no carrinho e fui até as frutas e verduras. Comprei cenouras, beterraba, algumas bananas, maçãs e como sempre, paralisei em frente às uvas verdes. Eram as favoritas de Day. Ela era muito chata para comer frutas e seus gostos eram bem específicos, mas uma fruta que ela nunca enjoava era uva verde. Suspirei e balancei a cabeça.

Nada de pensar nela, Carol. Você já caiu nessa espiral antes.

Decidi então, que aquele encontro desconfortável com a fruta favorita de Day, tinha marcado o final das minhas compras para a semana, então fui até o caixa pagar. Tinha uma moça que sempre flertava comigo, mas eu nunca conseguia me trazer a flertar de volta. Ela parecia demais com Dayane, e isso doía. Coloquei minhas compras em sacolas e fiz meu caminho de volta.

Senti meu celular vibrar anunciando uma ligação e revirei os olhos, eu esqueci de colocá-lo no silencioso para ligações também. Provavelmente era o Bruno. Ele começou a andar muito comigo desde que toda a situação da Day aconteceu. Embora ele me irritasse muito as vezes, ele foi o primeiro a me acolher e estender a mão. Lógico, com o toque casual de "eu te avisei que ter aquela menina como amiga iria causar ciúmes." com uma delicadeza que só um bom escorpiano conseguiria adicionar.

Eu estava subindo as escadas com quatro sacolas nas mãos, Bruno esperaria até eu entrar no apartamento. Parei em frente a minha porta e me desdobrei em duas para conseguir pegar as chaves que estavam no meu bolso de trás. O que infelizmente, fez a sacola de maçã rasgar e elas saíram rolando pelo corredor. Xinguei baixinho e abri a porta, colocando as sacolas do lado de dentro, mas ao olhar para trás eu poderia jurar que tudo aconteceu em câmera lenta.

1460 dias de você (DAYROL)Onde histórias criam vida. Descubra agora