Muito mais que 1460 dias.

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Oi gente! Espero que estejam bem.
Eu ja estava com dificuldade pra escrever esse capítulo e bom... Aí elas terminaram né. Não vou mentir que fiquei meio sem rumo, mas independente de tudo eu ainda vou terminar essa história, só precisava de tempo. Peço desculpas pelos 2 meses sem atualizar, mas também tem acontecido muita coisa. Quem quiser ir me encontrar no twitter é @sourashoneyy.
Esse é o capítulo de encerramento da história. Eu queria escrever algo que transparecesse o compromisso e amor que eu sempre tive por essa fanfic e espero que gostem. Agradeço a todo mundo que leu, comentou, me mandou mensagem e conversou comigo. Vocês não fazem ideia de como essa história foi especial pra mim e o quanto esse contato significou.
Sem mais delongas, aproveitem o último capítulo da história.

Música do Capítulo: Anti-Hero - Taylor Swift

POV DAY

Eu nunca me importei com a passagem do tempo.

Sempre vi as pessoas reclamando de ficarem mais velhas, de não estarem prontas para a nova idade, de não conseguirem se adaptar às novas situações e mudanças.

Mas eu nunca me incomodei com a passagem do tempo.

Muito pelo contrário, o passar dos anos me ensinou resiliência, paciência e me indicava que tudo bem se as coisas estivessem ruins, o tempo levaria embora.

Então quando eu me dei conta, faziam quatro meses desde a noite incrível que tive com Carol após finalmente nos acertarmos 100%.

Entretanto, não entendo porque me incomoda a passagem do tempo.

Lógico, o tempo havia passado. Ambas estávamos para terminar a faculdade, faltava pouco menos de cinco meses e havia começado a busca incessante por um apartamento decente. Eu havia conseguido um estágio dois meses atrás no Museu de Arte de São Paulo, foi fácil após o tempo que passei na Alemanha. Carol ainda dava aulas de teatro para um projeto, mas agora ela conciliava seu tempo com uma última peça com sua turma, para a qual estava ensaiando. Ela parecia feliz apesar de cansada e eu me sentia nas nuvens mesmo que ela tivesse pouco tempo para passar comigo.

Tempo.

Tempo.

Tempo.

O dono de todas as coisas.

Eu não me importava com a passagem de tempo, não.

Carol tinha pouco tempo para nós, mas ela tinha muito tempo para seu futuro, sua carreira e felicidade. Vê-la feliz me aquecia o coração. Logo, o problema não era esse. 

-Onde você foi agora? -A voz suave de Carol me tirou de meus pensamentos e eu a encarei.

Estávamos assistindo alguns vídeos na TV da sala dela, abraçadas sob uma coberta aproveitando o fim de um dia frio de julho. Carol havia levantado há o que parecia ter sido minutos atrás para fazer pipoca para nós e eu fiquei no sofá, com a promessa de sair do YouTube e encontrar algo interessante para assistirmos. Claramente fiquei presa em meus próprios pensamentos por tempo suficiente para que ela fizesse uma quantidade absurda de pipoca, se o pote em sua mão dizia alguma coisa. Ou seria um balde?

-Você me conhece, sempre sonhando em plena luz do dia. -Disse e sorri enquanto Carol caminhava até o sofá, deixou o balde/pote gigante de pipoca sobre a mesa de centro.

-Minha sonhadora favorita. -Ela murmurou e me beijou delicadamente antes de colocar uma mecha de cabelo atrás de minha orelha e sorrir. -O que te frustra agora? 

-Como você sabe que tem algo me frustrando? -Murmurei e senti seu polegar esfregar entre minhas sobrancelhas.

-Você sempre franze o cenho quando tá pensando em algo importante ou em um debate interior e não consegue respostas internas. -Carol se inclinou e beijou minha testa. -Então você pode me falar o que te incomoda e a gente fala sobre, ou você vai falar que tá tudo bem e eu vou assistir o filme sozinha porque você vai ficar perdida nos pensamentos.

1460 dias de você (DAYROL)Onde histórias criam vida. Descubra agora