Luto

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Uau. 8K de leituras. Nunca imaginei que teria tanta gente que leria a história e ainda mais tantas vezes. Muito obrigada! De coração!

Minhas queridas leitoras, queria dizer escrevi esse capítulo ouvindo Pray You Catch me da Beyoncé e Valentine's Day e Grieving ambas da Kehlani, quem quiser ouvir fique a vontade. Ai ai, lembrete: Vai dar tudo certo, confia. Por motivos de que nem todo mundo gosta de ler isso, na terceira parte desse capítulo:

[SPOILER]

Day fica com outras pessoas. Não é explicito, a única que é mais detalhada é curta e tem um propósito, também não é explicito.

Quem quiser pode pular, mas faz parte do desenvolvimento da história.

Beijinhos, boa leitura.

-V.



POV DAY

Há quem diga que não dói tanto perder um amor. Principalmente um que nunca foi seu para começar. Mas eu, Dayane de Lima estou aqui em toda a minha humildade para declarar que essas pessoas certamente são estúpidas e nunca acreditaram que alguém era o amor da sua vida e a sua pessoa predestinada.

Chega a ser engraçado dizer assim quando eu mesma nunca tive coragem para me declarar.

Carol nem sabia o que eu sentia.

Eu não poderia culpá-la por achar não que éramos exclusivas, não foi esse o problema. O problema foi atestar com meus próprios olhos e ouvidos que, após me garantir que Mariana não era alguém importante ou até mesmo que ela nunca se atrairia por ela, que era tudo mentira.

Me permiti sentir então, o arrependimento de ter confiado e defendido Carol com todo o meu ser. 

Pelos meses subsequentes, eu vivi nada mais do que os cinco estágios do luto.


1° ESTÁGIO - NEGAÇÃO E ISOLAMENTO.

Por sete dias eu não saí da cama. 

Por seis noites não consegui dormir. 

Por cinco dias não parei de chorar.

Por quatro noites não tomei banho. 

Por três dias não comi. 

Por dois dias me questionei. 

No último dia, não contente, continuei meu questionamento:

-Como ela teve a coragem de fazer isso comigo?

Mia, - que apesar de eu a ignorar completamente, continuou presente e me fazendo companhia desde o que aconteceu - pulou na cadeira que estava sentada e se virou para me encarar surpresa.

-Ela fala! Oh, ela fala! - Mia dramatizou com humor, mas no fundo de seus olhos eu consegui ver a preocupação genuína.

-Desculpa. -Murmurei. Depois de tanto tempo me recusando a falar eu não sabia nem por onde começar.

Eu não sabia como pensar, quem dirá colocar palavras para fora da minha boca. 

Mia franziu o cenho e se levantou e veio se sentar na minha cama, me sentei também e abracei minhas pernas. Ela fez menção de me tocar mas desacelerou suas ações, quase como se me desse tempo para recuar, o que eu não fiz. Ela colocou sua mão em meu rosto e o polegar acariciou minha bochecha.

1460 dias de você (DAYROL)Onde histórias criam vida. Descubra agora