Resetar

351 39 46
                                    

Oooi gente! Esse capítulo é mais curtinho, mas espero que vocês gostem mesmo assim! Fiquem tranquilas que daqui pra frente é só sucesso. 

Beijinhos astrais,

-V.



POV CAROL


Sabe aquela sensação de quando você precisa falar pra sua mãe que tem que levar cartolina na escola amanhã mas já são dez horas da noite?

E aí você conta e ela te olha tipo "Eu não acredito que você me falou isso só agora."

É. Era essa cara com que Dayane estava me encarando quando eu terminei de contar o que tinha feito.

Eu estava sentada no sofá do dormitório dela e ela tinha me feito um chá de maçã verde e cranberry para acalmar -o que aliás, é muito bom- e me sentou no sofá para que eu começasse a contar minha história.

-Carol, pelo amor de Deus. -Day se sentou atônita. -Meu Deus, eu me sinto como a Elana hoje de manhã.  

Franzi o cenho, não entendendo bem o que isso queria dizer.

-Day, vai ficar tudo bem, sei lá. O pior que pode acontecer é ela me denunciar e eu ser presa. -Falei e Dayane piscou.

Silêncio.

Dayane piscou de novo.



Se passou um minuto.




-Day?

-Carol, acho que você tem algum problema.  -Franzi o cenho ofendida. -Você colocou fogo no colchão de uma pessoa que você não tem provas que te assediou. Você ficou louca?

-E o que mais eu podia fazer, Dayane? -Me levantei. -Deixar ela ficar com um vídeo dela fazendo só Deus sabe o que com o meu corpo e esperar ela usar contra mim pra acabar com a minha vida? Eu sou atriz, Day. Eu vou ser uma pessoa pública! -Coloquei a mão no peito e me levantei, quase implorando que Dayane me entendesse.

-Eu sei Carol!

-Se você sabe, como pode falar que eu não devia ter feito nada? -Day se levantou, nossas vozes aumentando o volume.

-Você podia ter me chamado!

-Eu não quis chamar você!

-Não sei por qual motivo. -Ela disse e deu de ombros.

-Eu não sou uma princesinha perdida, Dayane. Eu não preciso de um príncipe ou princesa pra me salvar. Eu posso me virar sozinha. -Cruzei os braços.

-É, deu pra ver mesmo. -Ela disse e pela sua expressão consegui ver imediatamente que ela se arrependeu. -Desculpa.

Respirei fundo.

-Olha, eu sei que não foi a melhor das maneiras...

-Tá mais pra uma das piores.

-...Mas ...Eu lidei com isso. Tá feito. Não tem mais o que fazer agora. -Dei de ombros e Day me encarou parecendo pensar. Os olhos castanhos me medindo de baixo a cima.

-Foi bom, pelo menos? -Ela perguntou e eu sorri.

-Foi bom pra caralho. Não que eu vá realmente fazer isso, mas talvez eu comece a ameaçar tacar fogo nas coisas quando me tirarem do sério. -Falei e Day riu. -E também... Eu sinto que encontrei uma parte muito importante minha. -Me sentei e Day se moveu para se sentar ao meu lado. -É como eu falei para Mariana, as vezes você só precisa de um filho da puta pra testar o demoniozinho dentro de você.

1460 dias de você (DAYROL)Onde histórias criam vida. Descubra agora