𝐃𝐎𝐂𝐄, au pejão

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JOÃO VITOR point of view
São Paulo - Brasil.

— Mas vocês são chatas, hein? Desiste, eu não vou nessa festa. – falei pegando Chicória nos braços e me deitando em minha cama.

— Qual foi, Jão? Já fizeram seis festas e você nunca foi em uma sequer. Para de se isolar! - Malu disse, pegando uma almofada e batendo nas minhas pernas.

- Já parou pra pensar que eu não conheço aquele povo, e que talvez seja por isso que eu nunca fui em "uma sequer"?

- E é exatamente por isso que você deve ir. Como que você pretende conhecer as pessoas sem interagir? Sabe que essas festas são para isso, né?! - Camilla diz. ótimo, ela sabe como me deixar sem argumento.

Eu encarava o teto enquanto acariciava os pelos macios da Chicória. Sabia que Malu e Camilla me encaravam, sabia também que elas estavam certas, mas eu queria descansar. Aqueles professores, por mais incríveis que fossem, passam atividades e trabalhos pesados. Isso me desgastou, sendo que nem completamos 5 meses na faculdade.

- Vão conhecer as pessoas e me deixem em paz. - resmunguei.

- Vamos vai, Jão. Prometo que faço o que você quiser. - Malu pediu.

- Que tal respeitar a minha escolha de não ir?

- Eu faço isso se você for.

Respirei fundo tentando não surtar, até porque sabia que elas apenas me queriam bem. As vezes me sentia um peso, pois sabia que minhas amigas queriam se divertir, mas se preocupavam comigo.

- Tudo bem, eu vou. - disse, já arrependido.

Camilla e Malu comemoraram, batendo palminhas e soltando um "finalmente!" alto. Fui obrigado a rir daquele escândalo.

(...)

Bem, pelo o que Malu me contou, a festa é de uma menina riquinha da nossa sala chamada Ana. Assim que estacionamos em frente a "casa" nada humilde da garota, já conseguíamos ouvir uma música bem alta. Era um pop internacional que provavelmente ninguém sabia o nome, só estava naquelas playlists aleatórias da internet.