dezoito

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PEDRO TÓFANI point of viewSão Paulo - Brasil

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PEDRO TÓFANI point of view
São Paulo - Brasil

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Abro a porta de casa exausto. Amo fazer viagens, mas essa me desgastou como nunca antes, eu só precisava de um banho quente.

Deixo minhas malas de qualquer jeito na sala e vou em direção ao quarto. Ouço alguns murmuros e uma voz feminina familiar, só não conseguia lembrar de quem era. Sabia que João estava em casa e sabia bem reconhecer a voz de minhas amigas, e ali claramente não eram elas, isso me deixou receoso.

Largo minha bolsa na mesinha de centro e me dirijo até o cômodo, mas quando abro a porta de madeira branca, eu sinto meu coração parar por alguns segundos com a cena que vi: As mãos de João estavam na cintura de Sofia, esta que segurava uma de suas mãos ali e outra usava em sua nuca.

Eles estavam próximos, tão próximos...

— João... O que é isso? – falo quase sem forças, minha voz sai baixa, mas alta o suficiente para que ambos escutassem. Ele soltou a cintura da garota e tirou as mãos dela de si.

Ele estava perdido, não sabia o que fazer.

— Pedro, amor... não é isso. – minha visão começou a fica embaçada por conta das lágrimas, nem vi quando Sofia saiu do quarto, apenas escutei a porta da sala sendo fechada.

— Então eu te imploro João, por favor, me diz o que é. – eu me esforçava para não chorar, não quero, não na frente dele.

— Ah, é.. me desculpa, por favor, Pedro. – ele fala com a cabeça baixa. Vejo Vicente se aproximar dele, enquanto Chicória se aninha em minhas pernas.

— Desculpa, desculpa, desculpa... isso é tudo o que você consegue fazer? Você só consegue pedir desculpas?! Assume os seus erros e muda, João. Você não é criança! – digo um pouco alto, mas logo respiro fundo, voltando a falar num tom aceitável. — Você me traiu, não foi? Assume isso e eu vou embora. — falo e ele me olha rapidamente.

Talvez realmente nada tenha acontecido, mas ia acontecer caso eu não aparecesse.

— Pedro... – ele se aproxima e tenta tocar em meu braço, eu me apresso a recuar.

— Não me encosta, eu estou com nojo de você. — falo e sinto uma lágrima cair, queimando minha bochecha. — Como você pôde? Como você conseguiu? Caramba, João Vitor! – em todo momento eu estava calmo ali, tentando espairecer. Mas quando minha ficha realmente caiu, eu não consegui

Eu explodi.

— Eu não fiz nada, Pedro! Fiz uma noite com os nossos amigos ontem e decidi chamá-la. Eram quatro da manhã quando nos tocamos que ela precisava ir embora, então deixei que ela dormisse aqui... – João diz — Mas eu te juro, nada aconteceu, nada! – ele diz rápido, mas eu não consigo acreditar em uma palavra que ele diz.

— Não aconteceu porque eu cheguei antes, João. Iria acontecer se eu não tivesse atrapalhado! – ele tenta dizer alguma coisa, mas acaba se perdendo. — Não era você que tinha responsabilidade afetiva?! Você só aceitou as vontades dela! Tudo bem ela dormir aqui, estava tarde, mas como você quer que eu acredite que nada aconteceu se, além de você ter a chamado enquanto eu estava fora, eu chegar em casa e ver vocês quase se beijando?! Quer saber... – retiro o anel prata com uma pedra de diamante de meu dedo. Era lindo, mas eu o odiava naquele momento. — Toma essa droga, espero não te ver tão cedo.

— Como assim? Não faz isso, por favor. Pedro, pensa na gente, estamos quase encerrando a segunda temporada da turnê, e.. – eu o corto.

— Pensar na gente? João, você por um acaso pensou em mim? Você pensou que tinha um cara doido pra chegar em casa, só pra te ver? Você pensou no quanto eu te amo? Não, você não pensou, você só pensou em si. Então não me peça para pensar em nós, não me taxe de egoísta quando quem fez a merda aqui foi você. – respiro fundo. — Vê se vira homem, assim você talvez consiga assumir suas merdas e deixa de ser um moleque com suas atitudes! – iria andar para fora do quarto, mas sinto sua mão segurando meu pulso.

— Não faz isso, Pedro. Vamos conversar, me deixe explicar, por favor... – minha pele se arrepia quando sinto seu toque, tiro sua mão.

— Eu te amo demais, João. Mas não dá.

— Eu te amo também, te amo mais que tudo! Por favor, vamos conversar... – agora ele também chorava.

— Não, você não me ama. Você não trai quem ama! – digo por fim. Saio do cômodo, pego minhas coisas e saio daquela casa.

Entrei no elevador e finalmente me permiti chorar, mas chorar mesmo. Apoio minhas mãos fortemente entre meu peito, apertando meu coração que estava extremamente acelerado, tentando fazer com que ele não partisse. Não literalmente, até porque já o sentia em milhares de pedacinhos.

 Não literalmente, até porque já o sentia em milhares de pedacinhos

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𝐃𝐎𝐂𝐄, au pejãoOnde histórias criam vida. Descubra agora