vinte e nove

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NARRADORA point of view São Paulo - Brasil

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NARRADORA point of view
São Paulo - Brasil

Gargalhadas escandalosas ecoavam pelo apartamento de Romania

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Gargalhadas escandalosas ecoavam pelo apartamento de Romania. Estavam Malu, Camilla e Renan ali, era como um deja vu, pois os quatro amigos estavam sentados na sala comendo pizza e conversando sobre tudo. Com exceção de bebidas alcoólicas, é claro.

Chamou os amigos para uma noite de conversas, Pedro não estava lá pois teve que fazer uma reunião de última hora do clipe que havia gravado. Então, na ausência do amigo, tornaram aquilo uma sessão de terapia para João.

O bom é que o humor caótico do grupo tornou tudo mais leve.

Passaram-se duas semanas desde o ocorrido com Pedro. As coisas entre o ex casal estava indo melhor do que possam imaginar. Saíam a sós todos os fins de semana, sem exceção. No último encontro, Pedro deixou um beijinho na bochecha de João, fazendo-o o cara mais feliz do mundo.

— Alguém cala a boca do Renan, antes que eu espanque ele?! – João disse após conseguir parar de rir da idiotice que o amigo havia falado. Malu pegou uma fita adesiva que estava na gaveta e jogou em Romania. — Obrigado, Malu. Ajudou muito! – ironizou, causando mais risadas.

Camilla se levanta e vai em direção a geladeira, pegando um suco e colocando-o na mesinha de centro. Assim que se senta novamente, o celular de João começa a tocar e logo vê que Pedro estava ligando para si, não conseguindo conter um sorriso bobo.

— Iiih! – os amigos murmuram em uníssono, causando gargalhadas pela sincronia não combinada.

— Parem! – João diz envergonhado, ainda com o sorriso. Atende a ligação e sai da sala, indo para a varanda.

— Vocês acham que eles ainda se gostam? – Malu diz após esticar a vista, tendo a certeza que João não escutaria. Os amigos a olham incrédulos, como se perguntassem "sério mesmo que precisa responder?" — Não assim, tipo, se existe alguma chance de eles voltarem...

— Espero que sim, não suporto mais ver João sofrendo, deve ser cansativo para Pedro também. Eles se gostam muito mais além do que amigos se gostam, mas não estão prontos o suficiente para reatarem... – Camilla diz.

— Pode ser medo, uma insegurança talvez? – Renan rebate.

— Não sei, mas parece que sim. – a morena responde. João volta para a sala, ainda na ligação.

— Eu também amo você, tchau. – responde a ligação, desligando-a.

Os amigos se entreolharam com um sorrisinho bobo com a fala de João, eles havia dito que se amam? Tudo bem, amigos também se amam, mas quando se tratava de Vitor e Pedro era totalmente diferente.

— Quando vai pedir o Pedro em namoro de novo? – Malu pergunta, vendo Camilla batendo em sua própria testa.

João franziu o rosto.

— Quê?

— Não se faz de sonso, vai dizer que você não está apaixonadinho no Pedro? – Malu diz. João olha para Camilla em uma tentativa da morena usar seu modo psicóloga e parar a loira.

— Ah João, você sabe que é verdade. – Camilla diz, tomando um gole do suco.

— É que – disse em meio a um suspiro, sentando no tapete junto dos amigos. Vicente sai do colo de Renan, dando espaço para Chicória, e vai para o de João. — é tão estranho, entende? O Pedro é incrível, eu sei que não trai o menino e ele também sabe, mas eu realmente deveria ter escutado tanto a Malu, quanto ele. – a loira assente, como se dissesse "pois é, eu avisei".

— Eu te disse que se você o machucasse, eu acabaria com a sua raça, mas eu estou aqui, bancando a psicóloga pra você. – Malu diz. — E porquê você está desanimado, amigo? Vocês sabem que se querem.

— Eu sinto falta do meu caos com Pedro, de como era. – ele responde. — Não é como se nos odiassemos, tanto que saimos juntos e... caralho, é uma relação muito estranha! – João parece notar pela primeira vez. — Eu sinto falta de brigar com ele, dos nossos beijos na chuva. – solta um suspiro. – Ele é sensível, se importa comigo e com o que eu sinto. Ele me fez sentir coisas que eu não sabia que eu conseguia sentir, foi intenso. Tínhamos um jeito peculiar de amar, mas era tão nosso... – os amigos permaneceram em silêncio, dando o espaço para João desabafar. – Mas agora o que fazemos é no máximo confortável, mas é um confortável ruim. Claro, eu adoro ouvir os "eu te amo" envergonhado que ele diz quando estamos nos despedindo, ou o beijo que ele sela em minha bochecha.

— Quer dizer que é entediante? – Malu pergunta, deixando o amigo pensativo.

— Acho que sim. – suspira. — Eu sinto saudades de brigar com ele e logo depois, às duas da manhã, estarmos nos amando. – soltou uma risada fraca. — Hoje, o máximo que brigamos é por conta de trabalho, quando discordamos de algo na composição e tudo mais. Éramos uma coisa muito estranha, mas era tão bom, porra...

— Eu não fazia ideia disso. – Malu diz, os outros dois amigos apenas observavam, sem saber o que falar. — Não chora, amigo.

Malu se aproximou do amigo, abraçando-o enquanto João tentava segurar seu choro.

— Você já duvidou se era ele? – Renan perguntou após alguns segundos de silêncio, fazendo João franzir o rosto, confuso. — Se Pedro era a pessoa certa para você.

— Não, eu sempre tive a certeza. – fungou, se encolhendo mais no abraço. Malu apenas o apertou mais. — Nunca duvidei do amor de Pedro, era explícito, ele nunca escondeu. – riu fraco. — A última vez que nos encontramos, ele deu um beijinho na minha bochecha, quase um meia lua. – ele diz. — foi bom, foi gostoso. Eu senti tanta saudades daquilo, quase surtei!

— Vocês são tão boiolas, nunca imaginei isso. – Malu diz, fazendo todos ali rirem.

 – Malu diz, fazendo todos ali rirem

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𝐃𝐎𝐂𝐄, au pejãoOnde histórias criam vida. Descubra agora