três

3.1K 255 760
                                    

JOÃO VITOR point of viewSão Paulo - Brasil

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

JOÃO VITOR point of view
São Paulo - Brasil.

Estacionei um pouco distante da casa dos pais de Pedro

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Estacionei um pouco distante da casa dos pais de Pedro. O mesmo havia pedido isso para que seu pai não o enchesse de perguntas. Mando uma mensagem dizendo onde estava, então não demora muito para que ele apareça.

- Oi! - Pedro exclama ao entrar no carro, me dando um sorriso. - Me desculpa a demora.

- Tudo bem. - sorrio de volta, dando partida no carro. - Como você tá? - pergunto.

- To bem, valeu. - ele responde.

- Bem, nós vamos para Avenida São João, certo? - ele assentiu.

- Certo, eu preciso caminhar um pouco mesmo. - Pedro brincou.

- Somos dois. - respondo. - Você deve estar estranhando eu ter te chamado do nada, não é? - pergunto nervoso.

- Definitivamente! - ele solta uma risada anasalada. - Mas, eu até que agradeço por você ter me tirado de casa... - Pedro diz, e já percebo que tem algo a ver com seu pai.

Decido não aprofundar muito no assunto e ligo a rádio, que logo começa a tocar uma canção desconhecida por mim: Faz Parte Do Meu Show. Olho a tela e vejo que é uma canção do tal Cazuza, vejo Pedro animadinho cantarolando algumas partes.

- Você gosta do Cazuza? - pergunto.

- Bem, eu cresci ouvindo as músicas dele, então posso dizer que sim? - ele diz. - Eu realmente admiro ele.

- E qual é a sua música favorita?

- Ah, são tantas... - ele parece pensar. - Mas Exagerado está no topo, acho que é a canção mais bonita dele.

(...)

Depois de algumas boas conversas, finalmente chegamos na Avenida SJ - que por obra divina, não estava lotada - e então saímos do carro e começamos a caminhar para um banco vago. Me sentia nervoso e ansioso, mas a voz doce de Pedro me acalmava de uma forma inexplicável, poderia escutá-lo falar por horas e horas.

- E então, qual é o proposito desse encontro? - ele me pergunta quando nos sentamos.

- Eu preciso conversar com você.

- Sobre?

Respiro fundo.

- Nós.

- Nós? Uh, ok. Pode falar, então. - Pedro fala.

- Bem, desde aquela festa, eu senti coisas em você além do que deveria. A gente dançando naquela festa de gente rica, juntos, tri bêbados. O nosso "quase beijo", nossa aproximação em tão pouco tempo... Sei lá, acho que não estou sabendo separar as coisas.

- Onde você quer chegar com isso?

- Pedro, eu estou gostando de você. - solto de uma vez, vendo-o fazer uma expressão de surpresa - Sabe... eu me acomodei tanto ao fato dos nosso amigos brincarem conosco com aquelas piadas de nos apoiar, e logo eu percebi que era realmente isso que eu queria, que eu quero... Eu não dei a devida importância sobre aquilo - respirei fundo. - eu sei que nós nos conhecemos a pouquíssimo tempo, mas eu realmente preciso saber o que você acha sobre, porque isso já está me consumindo de um jeito intenso, e eu sei que não existe chance de ser reciproco e...

- É reciproco.

- Oi?

- Eu sinto o mesmo, Jão. - ele diz e eu sinto minha respiração cortar - Eu também gosto de você, em tão pouco tempo você conseguiu fazer com que eu me sentisse especial e ignorar todo o preconceito e ódio que meu pai depositou em mim esse tempo. - suspira.

- Você... está falando sério? - minha voz saiu baixa.

- Eu nunca falei tão sério em toda minha vida. - ele me responde.

- Eu.. nem sei o que dizer... - falo realmente a verdade.

Foi quando me pegando de surpresa, Pedro selou os nossos lábios de maneira carinhosa e suave, para conseguirmos captar todas as sensações possíveis, inclusive a felicidade de sentirmos a mesma coisa. Acaricio o cabelo de sua nuca enquanto Pedro segura em meu rosto e faz um carinho em meu braço. Até que eu rompo o beijo, dando um último selinho.

- Tá, mas... - falo com dúvidas - O que vamos fazer em relação a isso? - aponto para nós.

- Eu não sei, mas quero dar uma chance pra gente. Você quer?

- Eu quero!

E assim a noite chegou, com abraços, beijos e caricias. Estava ficando tarde, então decidi levá-lo para casa. Nos despedimos com um selinho e logo fui para casa, eu estava realizado, mal acreditava que ele sentia o mesmo que eu.

O relógio marcava meia noite e cinquenta, eu tinha aula as dez da manhã, mas estava em êxtase e ansioso, então decidi cantar. Peguei meu celular, comecei a grava minha voz e toquei os acordes de New Rules.

Terminei de gravar uma e pouco da manhã, e decidi ir dormir, pois teria aula cedo. Deitei na cama totalmente realizado e agradecido por tudo o que aconteceu.

 Deitei na cama totalmente realizado e agradecido por tudo o que aconteceu

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
𝐃𝐎𝐂𝐄, au pejãoOnde histórias criam vida. Descubra agora