dois

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JOÃO VITOR point of viewSão Paulo - Brasil

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JOÃO VITOR point of view
São Paulo - Brasil.

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Já fazia algum tempo desde a festa. Por incrível que pareça, eu me aproximei bastante do Pedro, mas não com segundas intenções, como amigos mesmo. Alguns dos nossos amigos soltam umas piadinhas do tipo "apoio vocês, hein", e nós levamos na brincadeira

Alias, ele leva.

Eu não consigo. Claro que não brigo com eles, mas não posso evitar meus pensamentos caso eu e Pedro tivéssemos algo além de amizade, se déssemos um próximo passo. Eu o conheço a apenas três meses, mas essa proximidade intensa que tivemos só fez meus sentimentos ficarem ainda mais fortes.

Camilla e Malu, obviamente, perceberam isso. Vez e outra elas me perguntam sobre meus sentimentos pelo garoto, e é muito constrangedor.

Será que eu realmente estou apaixonado por ele?

- Eu acho que sim, você deveria fazer exatamente isso. - ouço a voz de Camilla.

- O que?

- Ah caralho, você não ouviu nada do que falamos? - Malu diz.

Estávamos em um banco em baixo de uma árvore comendo e conversando, mas eu acabei me perdendo nos meus pensamentos.

Soltei um suspiro, e logo Camilla voltou a falar.

- Nós falamos que você deveria chamar o Pedro para um encontro.

- O quê?! Pra que isso? Nem fodendo, vai que ele me evite? - digo.

- Vocês são amigos, acho que ele não te evitaria. - Malu rebate.

Olho para um outro banco um pouco distante de onde estamos e o vejo lá: Pedro estava conversando com Renan e outros amigos dele, ele parecia feliz.

- Olha, nós vamos sair mais cedo de qualquer forma, e não teremos nada pra fazer, provavelmente o Pedro não tem nenhum compromisso. Tenta falar com ele e... - Camilla foi interrompida por Malu.

- Amigo, o "não" você já tem, vai lá e conquista o seu sim! - Malu diz.

- Malu! - Camilla dá um empurrão na loira.

- Nossa, me motivou muito! - ironizo.

- Ué, mas é a verdade. - Camilla tampa a boca de Malu com a mão, forçando a cabeça da loira em seu ombro.

- O que queremos dizer é... - Camilla diz - Você pode receber um não? Claro que pode, mas também tem a chance de ouvir um "sim", e você nunca vai saber se não arriscar! Chame-o para um encontro e coloque tudo na mesa, todos os seus sentimentos, seus pensamentos... tudo! Por mais que a resposta seja negativa, você vai tirar um peso enorme das costas. Faça isso enquanto dá tempo, porque você pode perdê-lo para outros braços, além de viver com a decepção de nunca saber o que Pedro sente por você. Não precisa ser hoje ou agora, mas saiba que ele não te esperará para sempre. - ela respira fundo. - Só... pense nisso, ok?

Assinto com a cabeça e elas saem, pego o meu celular e cogito se chamo ou não ele para um encontro.

Saber o que ele sente por mim, saber se é reciproco... Eu preciso ter uma resposta.

Mandei uma mensagem para ele e marcamos de sairmos as 17h, olho as horas e vejo que ainda são 15:30h, então ouço o sinal soar, indicado o fim do horário. Vou para a sala de aula, pego minha mochila, vou para o meu carro e dirijo até o prédio.

(...)

Abro meu apartamento e ouço os felinos miarem com minha chegada. Coloco comida para eles e faço meu almoço. Decido chamar Malu para conversar sobre o tão temido encontro, ela chega rapidamente.

- Oi migo! - ela diz entrando no apê. Estava terminando minha macarronada.

- Oi loirinha, chega ai. - digo sem encará-la.

- O que aconteceu? Tá com uma carinha...

- Bem, eu chamei o Pedro para sair e tals...

- Ele te evitou? Ah não, sério? Nossa, mas eu vou matá-lo com a minha mão! - Malu esbraveja.

- Não, não é isso - solto uma risada fraca. - Ele super aceitou, mas eu não sei o que fazer direito lá...

Ela me dá um sorrisinho bobo.

- Ai amigo, é uma gracinha ver você apaixonado! - ela diz e eu sinto meu rosto queimar. - Mas, relaxa, eu te dou umas aulas.

- Ótimo, começa me dizendo os gostos dele.

- Como se você não soubesse, conversaram sobre tudo naquela festa. - Malu diz.

- Mas você deve saber mais coisas, além de que ele não tem uma relação boa com o pai dele e é apaixonado nos animais. - falo colocando uma porção do macarrão para nós.

- Sério que vocês conversaram só sobre isso? - ela ri.

- Ah, não zoa, vai... - rio junto. Malu e eu vamos para a mesa e começamos a almoçar. - Mas e aí, me fala do que ele gosta!

- O Pedro é apaixonado em desenhar, ele faz diversos doodles nas aulas da Sra.Kael - assinto com a cabeça, a aula daquela professora é insuportável mesmo. - Ele ama músicas, assim como você. Ele curte Cazuza, acho que é o maior dos maiores pra ele.

- E quem seria Cazuza? - pergunto.

- Você não conhece?

- Não?

- Pesquisa ai. - ela me joga meu telefone.

- Meu Deus, ele tem muitas músicas... - falo.

- E? Por que a preocupação? - Malu pergunta.

- Nada! - desligo o celular, o colocando em meu colo e dando um sorriso amarelo.

Conversamos bastante sobre "como eu deveria agir". Malu dizia que eu deveria ser eu mesmo, e eu tentava não me moldar, mesmo sendo uma tarefa difícil. Malu foi embora e eu decidi assistir Peaky Blinders enquanto não dava o tempo.

Olhei as horas e já eram 16:24, corri para me arrumar. Tomei um banho e coloquei um moletom de pano fino, uma touca amarela, uma calça jeans e um tênis all star. Pedro estava passando um tempo na casa de seus pais, e era um pouco distante do meu prédio, então saí correndo pra não me atrasar.

 Pedro estava passando um tempo na casa de seus pais, e era um pouco distante do meu prédio, então saí correndo pra não me atrasar

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𝐃𝐎𝐂𝐄, au pejãoOnde histórias criam vida. Descubra agora