Meu Secreto Amor (Michaeng)

A Certeza

*Não deixem de comentar, ajuda muito S2*

Son Chaeyoung

Havia combinado com Mina dela vir aqui em casa me ajudar com a matéria. Eu definitivamente estava quase infartando, meu coração batia mais rápido a cada minuto que se passava no relógio. Eu tentei evitar ela hoje na faculdade, não quis ir para a lanchonete pra não ter que vê-la, porque a cada encontro que eu tinha com ela, eu me apaixonava mais ainda. Eu e Mina somos tão diferentes e ao mesmo tempo tão iguais, isso me deixava confusa e assustada. Mas eu queria sim poder saber como é ama-la. Mina é alguém especial, ela chegou sem avisar e se fez morada no meu coração.

Eu nunca me apaixonei tão profundamente assim, já tive vários paqueras, mas nunca namorei, nunca me entreguei inteiramente a alguém. Dahyun sempre me disse que o amor não é para os fracos e sim para os fortes, somente eles podem sobreviver. Confesso que me assustei ao ouvir isso, essa história de sobreviver é algo não tão comum assim. Minha irmã namora Kang Daniel a 2 anos, eles se conheceram no trabalho, eles dois são um casal bem cúmplices em tudo. Muitas vezes Daniel cobre o plantão dela pra ela ficar dormindo quando está muito cansada, as vezes que ela está estressada e ele nem aparece na sua frente pra não ter que cometer nada que a deixe mais irritada. Quando meus pais morreram Daniel se fez mais presente ainda em nossas vidas, ele faz Jihyo muito feliz, assim como ela também se doa e se dedica muito em ama-lo e agrada-lo.

Outro exemplo de amor também vem dos meus pais. Minha mãe conheceu meu pai quando tinha 12 anos de idade e meu pai tinha 15, quando eles se apaixonaram rolou toda aquela história de ele ser 3 anos mais velho que ela, das famílias não ter um bom recurso pra fazer um casamento. Meu avô, o pai da minha mãe quando descobriu que minha mãe era apaixonada por um garoto de uma família rival, ele mandou ela pra província de Gangwon, minha mãe então foi levada a força pra morar com minha tia, eles então não se viram e nem se falaram mais, meu pai procurou minha mãe mas não encontrou. Seis anos depois ele foi trabalhar em uma mineira próxima a Gangwon, e lá eles se encontraram, meu pai então pediu minha mãe em casamento e eles se casaram escondidos dos familiares.

No começo foi bem difícil, eles tiverem que se mudar pra Seoul e passaram algumas dificuldades, mas logo eles se ergueram, começaram a trabalhar juntos e depois veio a Jihyo, eu e Luhan. Eles diziam que nós éramos as melhores coisas que aconteceram e que não iríamos existir se eles não tivessem se reencontrado novamente, já que fomos feitos somente e unicamente por eles e para eles. Meus pais se amaram tanto que creio que até mesmo a morte foi cúmplice desse amor, fazendo assim o seu trabalho de levar os dois juntos, já que com certeza eles não iriam sobreviver um sem o outro. Se isso for o significado do amor, que por favor ele chegue para mim.

Olhei no relógio novamente e agora só faltava 15min para o horário combinado, olhei pro sofá e Luhan estava calminho concentrado no seu desenho preferido, como ele ainda não estava na sua hora de dormir, já o deixei preparado caso ele sinta sono é só eu levá-lo para o quarto. Sentei então ao seu lado no sofá e fiquei uns minutos com ele, as unhas que eu havia deixado crescer já estavam desaparecendo de tanto eu roer por conta do nervosismo. Assim que sentei alguém bateu na porta, levantei rápido e corri já sabendo quem era, antes que eu abrisse a porta fiz um exercício de respiração pra poder me controlar. Finalmente abri a porta e estava lá a pessoa que tanto me atormentava, Mina estava vestida com um short jeans preto desfiado, uma regata longa branca com detalhes americanos, seu cabelo estava solto e estava...vermelho?

– Olá Chae. - Mina falou comigo mas eu estava totalmente perdida nela. Fiquei tão paralisada, seu cabelo era lindo no tom claro, mas agora vermelho com mechas escuras estava mais que perfeito. – Chae?

– Ow, ah é... me des-desculpa, e-entra. - Ela sorriu sem mostrar os dentes e dei espaço pra que ela entrasse. Fechei a porta logo em seguida e respirei fundo tentando novamente me acalmar, já que agora eu estava mais nervosa ainda. Ela parou e ficou olhando pra frente como se esperasse algo, eu estava parada logo atrás infartando. – Va-vamos sentar a-aqui. - Apontei para a mesa onde tinha deixado meus livros já esperando por ela. Ela assentiu e me seguiu até o local indicado, sentamos a mesa e começamos o que tínhamos combinado de fazer.