Bem vindo ao fim do mundo

Capítulo 24

AVISO, AGORA É NA LINHA DE TEMPO DE ONDE A NAT FOI DEIXADA PARA TRÁS.

POV NATASHA ROMANOV GRIMES

Ignoro a dor nos meus pulmões e continuo correndo, outro zumbi se aproxima de mais de mim e eu enfio a minha faca na cabeça dele.
Quando seu corpo caí sem vida,quase caio junto.Meus braços estavam doendo de tanto esforço que eu  estava fazendo,para matar os zumbis.Não sei quantos eu já tinha matado,tinha perdido a conta.
Minhas coxas estavam queimando,de tanto correr.Minha garganta estava seca e arranhando.Estava com fome e muita sede, mas precisava continuar.
Eu tinha que achar a estrada,estava na floresta por muito tempo.Eu precisava achar meu grupo,sabia que eles estariam na rodovia,onde a Sofia se perdeu.Tenho certeza que eles estavam me esperando, provavelmente meu pai,Marcel e Daryl estavam já acaminho para me achar.
Sabia que Daryl não pararia de  me procurar.Ou não, já que provavelmente Carol achava que eu estava morta, não a culpo disso já que por um breve momento achei o mesmo.
Me escondo atrás de uma árvore,para respirar um pouco.Eu fiquei a noite toda correndo e me escondendo de zumbis.
Daqui conseguia ver a  estrada, não era muito boa em me mover na floresta.Mas se eu chegar na cidade ,sei como chegar na rodovia.
Deus sabia, que se eu não acha-se logo um lugar para descansar eu não iria sobreviver.
Correr pela floresta a noite foi assustador, não sei como a Sofia conseguiu e ela era só uma criança.Quando o sol começou a nascer eu quase chorei de alívio.Só não fiz isso, porque já não tinha muita água no meu corpo para gastar com lágrimas.
Respiro fundo,e volto a correr quando escuto os zumbis se aproximando.

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Ninguém, não tinha ninguém me esperando.
Entro dentro de uma casa, que estava localizada na cidade deserta.
Verifico se a casa está limpa,e logo me tranco num quarto.Empurro uma cômoda para a frente da porta do quarto,para manter ela bem trancada.
Então me jogo de costas na cama.
-Eles foram embora-penso alto, não conseguindo acreditar.-Ou será que estão mortos?
Balanço a cabeça e espanto esse pensamento,eu estava de a pé e estava viva,eles estavam de carro e não fugiram sozinhos eles estavam bem.
Mas a Carol estava sozinha com Sofia,meu deus faça com que elas fiquem vivas.
Meus olhos começam a se fechar,mas eu não poderia dormir.Sabia que a casa estava protegida de zumbis,mas não de humanos.
Me levanto e sento na frente da janela na poltrona.
Olho para fora e tudo oque vejo é escuridão, não tinha lanterna, não tinha comida e nem água,estava com muita dor no tornozelo.Tudo oque eu tinha,era uma faca, uma arma sem nenhuma bala e muito sangue podre nas minhas roupas.
Fecho os olhos,e decido ignorar a completa solidão que estava ao meu redor,mas não dá certo começo a chorar.
O desespero me tomando completamente,eu tava sozinha,num mundo que os mortos são perigosos,mas que os vivos são cruéis.Eu nunca fui uma garota forte,eu fingia ser para o meu irmão,na verdade eu até pensei que era,mas agora sozinha, percebo que provavelmente vou morrer muito em breve e o pior é que não vou ver o rosto do Daryl de novo.
-Meu Deus,Daryl eu preciso de você, preciso de você meu amor-digo para a escuridão.
Me abraço e tento controlar a respiração,se eu continuar assim vou acabar tendo um ataque de pânico.
Ok,se Daryl não veio atrás de mim é porque acha que estou morta mas eu sei que ele está vivo,eu vou achar ele assim como vou achar todos que eu amo.
Eu sou inteligente,vou ser invisível e lutar o máximo que eu puder.
-Vou ser forte por você Daryl,por você e por todos os outros.

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NARRADOR.....

A quilômetros de distância,o grupo de Rick estava  agrupado numa pequena cabana.
Merle, T-Dog,Marcel e Rick faziam a guarda o resto estava descansando.
Era para eles dormirem um pouco,mas ninguém conseguia, só fazia dois dias desde a fazenda,tinham perdido muitos lá.
Jimmy,Patrícia,Shane,Andreia e Natasha.Todos estavam esperando o Rick pirar,mas ele estava se segurando mesmo que a dor e a vontade de desistir fossem muito forte.Lori soluçava o tempo todo,e quando dormia chamava o nome da filha.Carl se fechou completamente,o brilho dos seus olhos sumiu,ele não falava, não chorava ele não era mas uma criança,na sua cabeça ele não poderia baixar a guarda se não perderia as outras pessoas que amava.O garoto de olhos azul achava que era sua culpa,se em vez de ter ido atrás de seu pai igual um teimoso, se ele tivesse obedecido e ficado na casa,ele poderia ter protegido a sua irmã.
Merle não se importava muito com o sofrimento dos outros,mas estava de olho no seu irmão, não deixava ele sozinho.
Ele sabia que seu irmão iria desabar uma hora, Merle sabia oque a garota Grimes significava para o seu irmão.
Merle era acostumado a olhar nos olhos do irmão e ver raiva,selvageria, rebeldia, decepção e indiferença.Mas agora a tristeza,esse sofrimento o olhar de quem só queria desistir realmente estava assustando Merle.
Ele nunca foi um homem que sentia medo, até mesmo quando ainda era só um muleque sujo que apanhava constante do pai,ou dos outros drogados que frequentava a sua casa ele sempre foi bem corajoso e sempre reagia, teve paciência e depois de um tempo se vingou de todos.Ele aprendeu cedo que o medo era uma fraqueza,e decidiu que não seria fraco.
Quando Merle foi para o exército,e participou de missões no campo de batalha,ele não teve medo, quando os mortos se levantaram ele não teve medo ou quando o xerife o algemou no telhado,cercado de comedores de carne ele não teve medo, só raiva.Mas o olhar no rosto do seu irmão,esse olhar lhe deu medo,medo de perde a pessoa que ele mais amava.

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POV NATASHA ROMANOV GRIMES

Acordo num pulo,merda eu tinha caído no sono não poderia me dá ao luxo de ficar dormindo por ai,eu estava sozinha um passo em falso e eu já era.
Me levanto a poltrona e pego minha faca do cinto,tiro a cômoda da frente da porta e saio do quarto,estava amanhecendo e eu precisava revistar a casa.Precisava de comida, água, remédios e se eu tivesse sorte até acharia um carro.
Desço as escadas e começo a revistar os armários, faço o mínimo de barulho possível não queria chamar a atenção.
Quase caio de joelhos quando acho uma lata de feijão e uma de milho,com desespero abro as duas com minha faca e me sento no chão e começo a comer com uma colher que estava na mesa.
Assim que termino de comer as duas latas me arrependo,eu deveria ter guardado uma para mais tarde.
Subo as escadas e revisto os quartos,acho uma mochila e umas meias novas, infelizmente as roupas que tinham na casa não cabiam em mim,pego uma agenda que tinha um calendário e uma caneta,pego um relógio e coloca no meu pulso, gostaria de saber os dias e as horas.
Respiro fundo,aperto a faca na minha mão e saio da casa.
Vejo um zumbi de longe e vou até ele,o mato facilmente apesar de ainda está toda dolorida.
Meu plano era me afastar o máximo da fazenda,e assim me afastar do bando de zumbis que estava por perto,e assim tomar um banho e colocar outra roupa eu ainda estava cheia de areia e sangue podre, torço o nariz e tento não pensar nisso.
Começo a caminhar,sigo as placas que indicavam onde era a saída da cidade,eu precisava de um mapa santo Deus eu precisava de muitas coisas para não acabar morta até o fim da semana.

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  POV MERLE DIXON

Tomo um gole de whisky para enganar a minha fome, puta merda era noite de novo e eu não pude sair para caçar,esse grupo chamava muita atenção e os zumbis não paravam de aparecer.
Como eu suspeitava,ficar num grupo era uma merda,era pedir para morrer.Quando eu estava sozinho ou com Sofia,eu não tinha nenhuma necessidade eu caçava e era fácil me mover,mas agora estava preso num grupo onde tinha um velho babão e uma grávida inútil e um bando de bebês chorões.
Reviro os olhos e tomo mas um gole,a cabana que agente estava era no meio da mata e entrava a luz da lua nas rachaduras.
Hoje eu não estava de vigia,mas não iria dormir e confiar minha vida e da do meu irmão nas mãos desses tapados.
Olho para a Sofia dormindo ao lado da Lori,eu manti aquela garotinha viva por tanto tempo, não iria deixar ela morrer por causa desse grupo,eu deveria ter pegado meu irmão e ela,e ter dado o fora quando ainda tive tempo.
Vejo meu irmão falar algo para Hershel e sair da cabana,me levanto e vou até o velho que estava na janela de vigia.
-Onde ele foi?-Pergunto curto e grosso.
-Ele disse que foi se aliviar.
Saio da cabana e vejo Daryl entrando mas fundo na floresta.
Escuto alguém atrás de mim e viro com a faca na mão, Carol dá um pulo para trás.
-Oque está fazendo sua idiota?
-Oque você está fazendo?-Pergunta ela, levanto uma sombrancelha.
-Volta para a cabana Carol -me viro para sair,mas Carol agarra meu braço sinto um arrepio esquisito com seu toque e me afasto bruscamente dela.
-Oque você quer porra?-me esforço o máximo para não berrar.
-Quero que você de espaço para o seu irmão.
-Como é?-Pergunto
-Você está seguindo ele,deixe ele em paz-diz ela.
-Não,ele não está bem agora vou garantir que fique a salvo.
-Você não entende
-Você que não entende,meu irmão acabou de perder a mulher que ele ama, não vou deixar ele sozinho.
-Ele está triste Merle,ele está segurando toda a tristeza dentro de si.Ele precisa se permitir chorar,precisa passar pelo luto para seguir em frente-diz ela dando um passo para perto de mim-Ele não é o tipo de cara de chora na frente dos outros, então deixa ele sozinho por um tempo,deixa ele chorar quando ele quiser seu apoio ele vai se aproximar de você.
-E se ele fizer alguma loucura?-Pergunto
-Ele não é do tipo que comete suicídio-diz ela firme.
-Eu nunca vi ele assim antes, talvez porque ele nunca tenha se apaixonado -não sei porque disse isso para ela,acho que era efeito do whisky mesmo que eu não tenha bebido muito.
-Ele vai continuar por causa dela,assim como Rick não se permitiu cair Daryl vai continuar.Nat daria a vida para manter a mãe e o irmão a salvos,e sempre protegeu todos do grupo e Daryl e Rick sabem disso.-Carol se aproxima mas um passo e pega minha mão-Ele só precisa de um tempo sozinho.
-É melhor que você estaja certa-digo indo até a cabana.

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POV DARYL DIXON

Continuo socando a árvore até que sinto o sangue escorrendo, então caio de joelhos e choro, começo a soluçar como um bebê mas não ligo.
Porque ela? Porque teve que ser ela?Seria tão mais fácil se tivesse sido eu.
Ninguém sentiria a minha falta, já ela faz falta para todos ela deixou uma família.
Mordo meu lábio para me impedir de gritar,a vida poderia ser cruel.Mas porque Deus me mostrou oque era felicidade só para depois me tirar?
-Se você me amava, porque me deixou Nat?