POV NATASHA ROMANOV GRIMES
*DOIS MESES DEPOIS*
Afundo a faca na cabeça de um zumbi,e a raiva me toma quando sujo minha blusa.
-Maldição!Eu tinha acabado de colocar essa roupa limpa!-digo irritada.
Guardo a faca e continuo andando, tava sendo difícil esses últimos dias,mas difícil que o normal.
A única coisa boa,era que meu corte do rosto estava finalmente completamente curado.
Minha "eu" do passado,estaria preza no quarto chorando por ter seu rosto desfigurado.Mas a "eu" do presente, só podia agradecer a Deus por eu ter conseguido conter a infecção.
Eu não sabia onde estava, não tinha pista nenhuma do Daryl e o grupo.No começo eu achava que iria mesmo conseguir achar eles.Mas quem eu queria enganar? Depois de oito meses,as vezes vinha na minha cabeça que talvez eu nunca mais os veja.
O mundo era muito grande, as chances de eu achar eles eram pequenas.
Pego o mapa do bolso da minha calça e verifico se estava muito longe da estrada,percebo que não.
Suspiro aliviada e ando mais rápido.Queria chegar logo em alguma cidade,queria achar um carro estava cansada de andar e dormir em árvores.
Acabo saindo numa estrada de terra vejo mais na frente uma ambulância.
Estranho,mas podia significar sorte,poderia ter remédios e ela poderia estar funcionando.
Tiro minha faca do cinto e me aproximo de vagar,rodeio a ambulância e não percebo nada que indica que a pessoas por perto.
Volto para a parte de trás da ambulância,e quando penso em abrir a porta escuto um gemido.Dou um passo para trás e troco a faca pela arma.
-Tem alguém aí?-Escuto um choro baixinho, percebo que é feminino.
-Saia de vagar e não tente nada,eu estou armada.E não é querendo me gabar,mas sou muito boa atirando.
-Por favor,eu não quero problemas.
-É pedir de mais,nos dia de hoje.-digo seca-Não vou repetir,sai dessa porra!
-Não,eu imploro vá embora.
Me irrito e dou um tiro na porta da ambulância,ela grita.
-Tudo bem,eu vou sair
Depois de um tempo a porta da ambulância é aberta de vagar,uma mulher loira e muito magra desce da ambulância muito devagar.
Abaixo a arma e fico paralisada por uns segundos.
-Você está grávida?
A mulher desconhecida se encolhe e abraça sua barriga de maneira protetora,vejo o medo nos seus olhos.
Guardo a minha arma e lhe dou um sorriso, que considerei amigável.
-Tudo bem, não vou te machucar.Minha mãe também está grávida-digo.
-Você tem um grupo,ou um acampamento?-Pergunta ela esperançosa
-Eu tinha um acampamento,mas foi tomado pelos mortos.E eu tenho um grupo, só que me perdi deles.-digo, pensando em como minha família poderia estar,ou se minha irmãzinha poderia já ter nascido.-Você tem um grupo?
-Não,era só eu e meu irmão.Mas ele não voltou mas, depois de uma busca.
-E o pai dessa criança?-Pergunto
-Foi um cara qualquer, que decidiu que se eu não tinha comida para dar a ele,poderia dar outra coisa.
Sinto o nojo em suas palavras,e tudo oque consigo pensar é que eu entendia ela.
-Deve estar com fome-digo,seus olhos brilham-Tenho um enlatado.
-Não precisa
-Que bobagem,e antes de tudo.Meu nome é Natasha.
-Verônica._________--------------__________----------__________
Continuo dirigindo a ambulância,perdida em pensamentos.
Olho para Verônica que estava dormindo do meu lado.
Pensei que eu era uma sobrevivente, depois de tanto tempo me virando sozinha.Mas eu não chegava nem perto dela, sozinha e grávida,tendo que lutar e proteger seu bebê, só consigo pensar na minha mãe.
Graças a Deus ela tinha achado essa ambulância, que estava cheia de gasolina.
Não sabia bem aonde estávamos indo,mas só sabia que agora eu tinha que encontrar um lugar seguro.Não poderia procurar minha família por um tempo, já que Verônica poderia ganhar o bebê a qualquer momento.Ela não sabia de quanto tempo estava,para mim estava de seis meses mas poderia estar enganada.
Depois de meses,eu não estava sozinha.E eu iria proteger ela,iria proteger o seu bebê quando nascesse.Porque ela não tinha um grupo do seu lado,como minha mãe.
E um bebê nesse mundo onde agora só tinha morte,seria um milagre.
Seria a minha esperança.
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Bem vindo ao fim do mundo
AventuraNatasha Grimes, não esperava que com 20 anos teria que sobreviver a um apocalipse zumbi.Não imaginava que teria que se preocupar, com algo que não fosse suas notas perfeitas na faculdade ou com uma roupa que não estava mais na moda. Não imaginava q...