MAJUOuvi de longe a porta do carro bater e um braço forte me tirando do lugar, me levantando e me levando no colo por onde eu imaginei que era minha casa pelo barulho das ondas.
- Maju, onde ficou a chave?? - perguntou me sacudindo pra eu acordar
- No bolso de traz - ele exitou em pegar - Pode pegar...
Ele é meu amigo não ligo se ele tiver que encostar na minha bunda pra botar a mão no meu bolso, me mexi abraçando o pescoço dele enquanto ele pegava a chave e abria a porta enquanto me segurava com um braço só, bateu a porta com o pé e trancou.
A cena dele fazendo isso tudo comigo no colo foi muito engraçada na minha mente que estava entupida de maconha e whisky me levando a uma crise de riso.
- Tá rindo de que porra?
- Tu tá tomando bomba kkkk?? - eu disse rindo muito, abri os olhos e vi ele rindo no meio da escada - Tá subindo escada - ri ainda mais - Cuidado heim, quem toma bomba fica óh - fiz um sinal de pequeno com os dedos gargalhando o mais alto que eu conseguia.
- Sai fora Maria Júlia, tá bêbada e me tirando de piada agora?? - ele fingiu que tava bravo mas riu também - Vou largar você no chão heim.
- Aí, eu tava brincando, grosso.
Me jogou na cama de qualquer jeito e eu acabei batendo a nuca na cabeceira.
- Foi mal kkkkkkk
- Tira meu sapato pra eu dormir, por favor...
- Dormir?? Você tem que toma banho - ele tirou meu tênis jogando pro lado.
Ele estava completamente chapado, não conseguia nem ficar em pé parado mas tava me ajudando a tirar a roupa e entrar no chuveiro, eu acho que não percebi o que tava acontecendo até realmente acontecer.
As gotas de água gelada na minha pele me acordaram um pouco e eu pude ver ele ainda vestido desviando o olhar de mim no box só de calcinha e segurando os peitos pensando que assim ele não estava me vendo.
- Quando acabar me avisa, seu pijama tá na pia - ele falou tentando se endireitar.
Ele saiu e eu fiquei sozinha no chuveiro frio pensando que ele tinha acabado de me ver pelada, a merda já tava feia na minha mente, não tem como piorar né??
Tem sim, e piorou ... Eu tive a ideia brilhante de lavar o cabelo e estiquei a mão pra pegar o frasco de shampoo, me desequilibrei e cai fazendo um barulho horrível.
A porta do banheiro foi aberta e um Filipe bêbado e desequilibrado acabou caindo com tudo no chão do box por cima de mim enquanto tentava me ajudar a levantar.
Sabe cena de filme, onde essas coisas acontecem e fica aquele clima? Eu já tava sentindo até a água esquentar quando ele ainda rindo olhou direto nos meus olhos.
Ele levantou o rosto e encostou a ponta do nariz no meu, eu encurtei a distância aproximando meus lábios do dele selando um beijo calmo enquanto ele levava um braço por baixo do meu corpo pra aproximar ainda mais nós dois, nos afastamos e ele me ajudou a levantar.
- Desculpa, eu não ... - ele tentou falar mas os olhos dele não saiam do meu corpo.
- Eu também não ... - eu disse e vi ele rindo - que foi?
- Você tem... - ele disse e apontou pro meu peito passando a mão no cabelo e olhando pro teto - você tem piercing e eu tenho certeza que isso nunca mais vai sair da minha mente.
Eu não disse nada, observei ele sentar na privada e tentar mudar a linha de raciocínio mas falhou quando ele olhou pra mim e me viu abaixando a calcinha. Eu não sei por que eu fiz aquilo, mas quando dei por mim já tinha feito.
- Pela nossa amizade, não faz isso - ele segurou a porta do box rindo e negando com a cabeça.
- Se a gente é amigo, não se incomode em fazer alguma coisa ...
Ele levantou e quando eu pensei que ele ia sair do banheiro ele entrou no box me puxando pela cintura e me arrastando pra fora do chuveiro enquanto eu fechava perna ao redor da cintura dele.
Senti a cama nas minas costas e a boca dele direto brincar com um dos meus piercings e não consegui segurar um gemido de surpresa.
- Não acredito que você tem a porra de um piercing no peito - ele disse suspirando pesado.
Ele me beijou com mais urgência enquanto eu puxava a camisa ( molhada ) pela cabeça dele. Senti seus lábios se fechando em direção ao meu pescoço e subindo pros meus lábios de novo. Não eram beijos comuns, eram desajeitados e molhados bem típico de quem está desesperado.
Seus braços tiravam meu cabelo de onde ele queria beijar enquanto eu tentava assumir qualquer controle pra aliviar a pressão entre minhas pernas. Segurei seu cabelo com uma mão e com a outra segurei seu pescoço pra levantar ele de cima de mim. Ele entendeu o que eu queria e se afastou pra tirar o sapato e soltar o sinto abaixando e tirando a calça e a cueca pelos tornozelos.
- Ainda acha que eu tomo bomba é? - ele perguntou com aquele olhar perverso quando viu meu rosto vermelho olhando ele.
Com ele me observando de longe deitei de barriga pra cima de frente pra ele enquanto sentia ele se aproximar, Filipe deitou por cima de mim forçando seu quadril no meu esfregando seu membro em mim. Subi meu corpo pra tentar mais contato, forcei o quadril pra cima sentindo ele entrar de vagar e sua língua abrindo passagem na minha boca pra calar meus gemidos.
Definitivamente nós dois ainda estávamos bêbados, isso nunca teria acontecido se a gente não tivesse bebido e fumado a noite toda.
Em algum momento da madrugada eu estava suada, tremendo, de quatro segurando na cabeceira da cama ouvindo Filipe respirando pesado e pela terceira vez estava lá de novo a sensação de aperto, os gemidos estranhos, a visão turva.
- Vai, goza comigo Maju - ele pedia falando arrastado - Caralho - sua mão seguiu até meu cabelo me puxado pra trás - ca-ra - lho , puta que pariu - ele disse alto e gozando junto comigo.
Eu estava tremendo quando ele saiu de dentro de mim e caiu deitado do meu lado, eu nao tinha forças pra mais nada só puxei a o edredom em cima de nós dois e virei de lado apagando a luz, depois de tudo escuro consegui ouvir a respiração dele se regulando, mas minas penas ainda eram feitas de gelatina.
- Maju? - ele me chamou com o tom de voz preocupado.
- Ret, cala a boca - eu soltei uma risada - Vai dormir, amanhã a gente resolve essa merda.
- Boa noite - ele disse e depois de um tempo em silêncio virou de barriga pra cima rindo - Puta que pariu, que doidera.