NOBRE AMOR ll

Capítulo 17

Agatha

A minha cabaça, os meus pensamentos estavam tão confusos. Eu não tava conseguindo diferenciar o que era real ou não. Tava tudo uma bagunça.

- Agatha, o que aconteceu? - Elijah pergunta.

- Tá tudo confuso. O que aconteceu comigo? - Pergunto.

- Você quase morreu. - Ele fala de forma triste.

- Sybil? - Pergunto me lembrando que o último rosto que eu vi enquanto estava consciente foi o dela.

- Ela fugiu. Não conseguimos encontrá-la.

Fico em silêncio.

- Acho melhor você descansar um pouco mais, pra garantir que vai ficar tudo bem. - Ele diz preocupado.

Ele sai do quarto. E eu deito novamente na cama. Tento dormir mais os pensamentos estavam girando na minha cabeça.

Eu consegui dormir por um algumas horas. Acordei antes do sol nascer.

Levantei, tomei um banho, vesti uma roupa confortável. Eu desci pra tomar um copo de água. Eu estava me sentindo melhor.

Enquanto eu descia as escalas, senti uma leve fraqueza e por um breve momento achei que fosse desmaiar. E quando eu quase caí no chão senti braços me segurando por trás.

Olho pra trás e vejo o rosto de Klaus.

- Você tá bem? - Ele pergunta preocupado.

- Estou sim. Só... Senti uma fraqueza repentina.

- Acho que você deveria descansar mais.

- Com certeza não! Passei muito tempo deitada, preciso me mover um pouco.

Ele fica em silêncio.

- Vamo caminhar um pouco comigo? - Pergunto dando um sorriso simpático pra ele.

Ele confirmar com a cabaça.

Nós saímos de casa e fomos andando pelas as ruas de Nova Orleans. Agora já estava quase amanhecendo.

Ficamos em silêncio por um longo período. Até que eu comecei...

- Quando eu estava inconsciente, Sybil entrou na minha mente, e disse que ia me mostrar como seria minha vida se eu e você ficarmos juntos... - Começo.

Ele olha pra mim com atenção.

- E de repente estávamos em Paris, foi um momento mágico. Nós ficamos juntos, e foi tão real. Até que... - Minha voz falha.

- Até que? - Ele pergunta.

- Estávamos deitados na cama, eu estava dormindo, e você não conseguia segurar sua sede de sangue. Então sugou cada gota do meu sangue. E depois eu só via escuridão, e dor.

Ele tira os olhos dos meus e começa a olhar pro nada.

- Me desculpa pelo o ataque quando eu acordei. É que naquele momento eu não conseguia distinguir o que era real e o que não... - Falo com os olhos cheios de lágrimas.

- Não precisa se desculpar. Você passou por um momento de tortura psicológica muito grande. Não consigo imaginar como deve ter sido difícil pra você.

Paramos em uma praça, e sentamos em um banco.

De novo ficamos em silêncio, e o sol foi nascendo.

- Quando você quase morreu nos meus braços... - Ele quebra o silêncio.

Olho pra ele com atenção.

- Senti como se uma parte de mim tivesse morrido também, e eu percebi que não poderia mas viver sem você. E foi naquele exata momento que eu te amei. - Ele olha nos meus olhos.

Eu fico em silêncio, com o rosto molhado de lágrimas.

- E foi também exatamente naquele momento que Eliajh se lembrou de você. - Ele desvia o olhar do meu.

- Ele recuperou as memórias? - Eu consigo dizer.

- Não totalmente. Foram mais flexes de memória. Mas sim, ele se lembrou...

Eu não sabia o que responder.

- Ele te ama, Agatha. E você também o ama. E não vai ser que vai ficar entre vocês dois. Eu não quero te machucar. Não poderia presenciar novamente o seu olhar medo que eu vi quando você acordou naquele quarto.

- Ele tem Victoria...

- Eu não tenho dúvidas que ele gosta dela. Mas o que eu mais tenho certeza, é que ele te ama mais do que tudo. E assim como eu quero que você fique bem, eu também quero que o meu irmão seja feliz. Então, eu vou ficar um tempo fora, vou procurar Sybil.

- Pra onde você vai? - Pergunto confusa.

- É melhor que você não saiba. Eu só voltei pra casa hoje pra me despedir de você. - Ele diz indiferente.

- Klaus, por favor... Não vai - Falo aos prantos.

Ele segura o meu rosto, e limpa minhas lágrimas.

- Ah meu bem... A gente poderia ter tudo. E eu te daria o mundo. Mas você merece mais do que isso. Você e Elijah merecem seguir com a história de vocês.

Ele dá um beijo na minha testa, e some antes que pudessem falar qualquer coisa.