CAPÍTULO 17

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Porsche estava enrolado em torno do corpo de Kinn, com muita força, com os dedos agarrados aos músculos corados e exatamente dois centímetros de distância entre as bocas.

O beijei muito forte, pensou.

O homem estava basicamente com os lábios machucados, ligeiramente vermelhos e inchados, com alguns pequenos hematomas na parte inferior.

No entanto, as mãos de Porsche ainda estavam enroladas no pescoço do primeiro mafioso, ele alinhou o peito com o dele e tinha as pernas enroladas em volta como uma serpente.

Queria que Kinn visse os chupões vermelhos por sua pele brilhante, queria que Kinn soubesse que se ele fosse interromper qualquer tipo de relacionamento que eles tivessem juntos de novo, Porsche faria exatamente isso para prová-lo ser dele.

O ex-guarda não conseguia se esquecer de Kinn, e da maneira como sua voz fazia seus joelhos ficarem fracos, ou de quando seus dedos envolviam sua cintura, sentia que poderia morrer feliz.

— Porsche? — O sussurro rouco lhe tomou a atenção.

Ele apenas balançou a cabeça, pensando que tinha vindo do primeiro mafioso que estava deixando seus dedos arrastarem por sua nuca.

— Porsche?! — Ele insistiu mais uma vez.

E lá estava o seu grande ponto fraco selando seus lábios sensíveis. Antes que pudesse deixar seus lábios se desconectarem dos de Kinn, ele foi puxado com uma mão áspera, arrastando-o para o peito firme.

— Hey, o que está fazendo? — O repreendeu repentinamente, não poderia se deixar levar logo tão cedo. — De o fora, Kinn. — Aquilo foi quase um insulto de palavras irritadas saindo dos lábios arredios de Porsche.

Mas Kinn não queria perder a coragem que havia juntado durante toda a noite. A coragem que mal o fez dormir por martelar tantos pensamentos inoportunos. — Você pode ser meu irmão.

Aquela brincadeira estava indo longe de mais e só conseguiu deixar Porsche arrepiado. O ex-guarda imediatamente ameaçou se levantar, mas o mafioso o impediu logo que segurou em seu pulso.

— Não vá embora. — A voz de Kinn estava lutando para evitar que tremesse, para que parecesse séria.

Porsche estava com raiva, com as bochechas vermelhas coradas e o fato de seu amor ter tido a audácia de vir lhe disparar palavras tão absurdas o deixou furioso.

— Você só pode estar brincando. Que tipo de joguinho maluco é esse? — Porsche o cortou, olhou nos olhos de Kinn e balançou a cabeça. Ele não queria ouvi-lo.

Foi Kinn quem acabou com tudo e agora parecia querer acabar de novo.

Foi Kinn quem disse que estava muito fodido para eles ficarem juntos.

— Não estou zombando de você. — Kinn arfou pesadamente, mas Porsche parecia estar atordoado e com os olhos cheios de lágrimas.

— Cale a boca, Kinn. Você acha que eu acabaria com as coisas? — Porsche o olhou irritado. Por mais estúpido que parecesse aquela conversa, não conseguia pensar em uma dor maior do que a separação.

Porsche estava tremendo, por raiva e por medo. Ele era tão bonito que às vezes Kinn não podia acreditar. Ele era melhor do que todas as revistas de pele, e todos os garotos com quem já esteve, cem vezes melhor do que as fodas rápidas com os homens ocasionais.

Red Lights [KinnPorsche Vol1]Onde histórias criam vida. Descubra agora