CAPITULO 23

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A luz solar implacável brilhava através das cortinas brancas daquele quarto. Porsche mexeu até acordar primeiro. Quase um ano depois de estarem separados o calor não desapareceu, um simples toque físico e Porsche nem conseguia imaginar uma vida sem Kinn.

Porsche sorriu, se deslocando entre os braços de Kinn e se empurrando contra seu peito firme. Todo seu movimento acordou o adormecido, que beijou o topo de sua cabeça ao acordar.

— Hoje é o grande dia, certo? — Kinn murmurou contra o cabelo de Porsche.

— Sim. — Porsche movimentou-se, desembaraçando as pernas de Kinn e jogando o edredom longe para deitar em cima do corpo do primeiro mafioso.

Kinn pressionou os lábios nos de Porsche, com o nariz batendo suavemente pela proximidade de seus rostos. Porsche abriu a boca e lambeu o lábio inferior de Kinn, ao qual afastou os lábios, concedendo a Porsche acesso à sua boca.

Porsche moveu as mãos para cima e as guiou atrás do pescoço de Kinn, esfregando a parte de trás próxima ao cabelo antes de movê-las para baixo só para segurar a bunda do primeiro mafioso nas palmas das mãos.

Kinn suspirou ao toque, desconectando os lábios dos de Porsche para pressionar beijos na mandíbula marcada. — Eu estarei bem aqui. — Kinn falou ao abraçar Porsche com carinho.

Assentindo suavemente para o primeiro mafioso, Porsche tomou o celular em mãos e o encarou com um suspirar longo.

[...]

E o seu telefone tocou, não alto o suficiente para que precisasse silenciar o barulho ou atender, mas não sutil o suficiente para fingir ignorância. Bem, Vegas poderia, mas seria preciso esforço, muito esforço.

Vegas começou a contar mentalmente, mas parou quando chegou a dez. Pete acabaria acordando com tamanho barulho. Ele lentamente se sentou e olhou para a tela brilhante.

Tocou mais uma, duas, três vezes até que Vegas decidiu pegar o telefone.

Engoliu em seco quando viu o nome. Talvez pudesse abrir a janela e jogá-la o mais longe possível para parar o barulho, estava sonolento.

Por mais cuidadoso que quisesse ser com os sonhos de seu amado, ainda assim havia ficado curioso, tão curioso que ficou banhado em silêncio por longos minutos, até que segurou o telefone perto dos ouvidos.

— Olá? — Estava errado, tudo errado, não deveria ser assim. Porsche quase nunca o ligava e mesmo que ligasse, era sempre algo relacionado aos negócios da segunda família ou Pete.

— Vegas... — Essa resposta imediata quase o fez pular, não pelo simples fato de ter seu nome falado, mas por ser um tom estranhamente incomum.

— Sim. — Murmurou cuidadoso com o excesso de barulho, mas infelizmente não o suficiente para manter Pete dormindo.

— Ah... — Seus dedos apertaram a mão que estava longe do telefone, mas Pete não dizia nada, ele só o observava silenciosamente.

— Eu... ah, te acordei? — Que pergunta boba de se fazer. Mas Porsche parecia preocupado do outro lado da linha.

Sequer tinha se dado conta do horário, foi só aí que encarou o relógio na tela do celular. Muito cedo.

Red Lights [KinnPorsche Vol1]Onde histórias criam vida. Descubra agora